Fausto Zamboni
(…)
Os filósofos gregos e os
profetas hebreus constituem modelos de ensino como um apostolado. Poderíamos
perguntar: com quem se parecem os melhores e mais honestos professores do
ensino institucionalizado? Com Sócrates ou com os sofistas? E o professor
preocupado constantemente com as lutas salariai e a ampliação da máquina do
ensino?
Não há nada de anormal que os
professores não sejam todos Sócrates, pelo contrário. O mais preocupante é que
não se lembrem dele como modelo, e se contentem, na maior parte dos casos, em
agir como um burocrata (cumpridor de uma obrigação imposta e regulamentada pelo
Estado), como um técnico (que prepara mão-de-obra para o mercado de trabalho)
ou como um militante político (que usa o ensino para difundir a sua causa). Não
raro, o professor desempenhas esses três papéis ao mesmo tempo.
Numa sociedade que pouco
valoriza os professores, mas os produz em abundância, o objetivo da maioria é o
salário e o emprego estável. A alternativa mais comum a esse destino não é mais
nobre: os professores de instituições particulares são empregados de um negócio
cuja finalidade é o lucro; devem ser, sobretudo, comunicadores, animadores de
auditório, procurando cativar os clientes para não perder o emprego.
Digitação: JP, 19-6-2023
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