quinta-feira, 15 de junho de 2023

Governo vai restringir voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio

A mudança é uma tentativa para enfrentar o esvaziamento do Galeão

Aeroporto Santos Dumont [foto], no centro do Rio de Janeiro, passará a ser de ponte aérea com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os demais voos para destinos domésticos serão operados no Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador.

Foto: Agência Brasil

A medida foi anunciada pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), na quarta-feira 14, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Inicialmente, o governo federal havia acenado com uma redução no volume de passageiros, mas agora aceitou restringir destinos.

A mudança não terá efeito imediato. Paes estimou que a restrição poderá entrar em vigor em meados de janeiro.

O argumento do prefeito é que, ao atrair mais voos domésticos, o Galeão passará a ter mais rotas internacionais. Isso porque o passageiro chega no Rio, que é considerado no setor de turismo como a porta de entrada do país, e pode se deslocar para outras cidades.

Mudança

A mudança, segundo o governo do Rio, é uma solução para enfrentar o esvaziamento do Galeão, A proposta havia sido apresentada no fim de abril por Paes e pelo governador Cláudio Castro em um encontro com Marcio França, ministro de Portos e Aeroportos.

A lógica por trás dessa alteração é que a cidade precisa de um aeroporto internacional forte, capaz de atrair voos internacionais e transporte de carga.

O desequilíbrio entre os dois maiores aeroportos do Rio vem trazendo prejuízo. Enquanto o Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, vem perdendo um número grande de passageiros a cada ano, o Aeroporto Santos Dumont, no centro, está operando no limite de sua capacidade e provocando atrasos e filas enormes.

Em 2014, o Galeão chegou a contar com 17 milhões de passageiros, mas terminou o ano passado com quase 6 milhões. Já o Santos Dumont teve fluxo de pouco mais de 10 milhões de passageiros no ano passado.

Concessão

Desde 2014, o Galeão é operado pela concessionária RIOgaleão, controlada pela Changi, de Cingapura.

Diante do valor elevado da outorga prevista no contrato, com premissas que não foram alcançadas, e de problemas que se agravaram durante a pandemia, a concessionária decidiu devolver o aeroporto à União. Com a chegada do atual governo, porém, decidiu retomar conversas com o intuito de permanecer na gestão, desde que fossem feitas alterações no contrato.

Paes afirmou ainda que não debateu a possibilidade de uma gestão compartilhada dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, citada pelo governador do Rio, Cláudio Castro nesta semana. O prefeito considera que é um caminho possível, porém, entende que é mais urgente resolver a situação dos voos recebidos pelos dois aeroportos.

Título e Texto: Redação, Revista Oeste,15-6-2023, 7h30

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