Cotado no Vasco da Gama, o técnico Rogério
Ceni é conhecido por não ter papas na língua e reclamar publicamente
Willams Meneses
É certo que o Vasco terá um novo
técnico para a sequência da temporada. A grande questão é quem será esse
profissional e, no momento, há questões que pesam contra cada nome avaliado
pelo departamento de futebol. Até o trabalho feito por Maurício Barbieri
influencia nos bastidores.
Segundo apurou a ESPN, há um
consenso que o treinador demitido após a derrota para o Goiás tinha uma rotina
de trabalho satisfatória. Uma pessoa ouvida pela reportagem chegou a dizer que
“será muito difícil alguém chegar e treinar como Barbieri treinava”.
Essa percepção pesa para a
escolha do substituto, e a diretoria do Vasco também sabe que não tem margem de
erro, tanto pela situação financeira do clube, quanto pelo momento em campo,
lutando contra a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
No momento, o comando cruzmaltino avalia prós e contras de nomes do mercado nacional. Uma das possibilidades mais fortes no momento, Rogério Ceni é visto como qualificado e vitorioso. Mas pesa contra ele o temperamento, de quem já reclamou publicamente no São Paulo, seu último trabalho, sobre estrutura, por exemplo.
Outro nome ventilado, Roger
Machado também não traz segurança na direção, já que não teve sucesso em seus
últimos trabalhos em clubes de maior expressão. Jair Ventura, técnico que
dirigiu Pedro Raul em 2022, melhor ano da carreira do atacante, também foi lembrado.
Contra ele, pesa o conceito de jogo, visto como reativo. O diagnóstico interno
é que o Vasco tem time para propor.
Mais ou menos na mesma linha
encontra-se o nome de Zé Ricardo. Por mais que a memória afetiva do torcedor
remeta a um bom trabalho ano passado, sabe-se que o sarrafo da Série B é menor
– e que o Vasco vinha tendo uma campanha boa com um futebol de poucas ideias.
Além dessas questões, há o
lado financeiro, que não permite o investimento no momento em um técnico
estrangeiro. O clube também entende que profissionais do mercado externo, em
especial europeus, não topariam também assumir um time lutando contra o
rebaixamento.
Enquanto não encontra a
solução, o Vasco segue com William Batista, treinador do sub-20, em cenário
avaliado a cada resultado. Após a vitória sobre o Cuiabá, um novo resultado
positivo no clássico contra o Botafogo, ou mesmo uma atuação convincente, dará
ao jovem técnico sobrevida até o jogo contra o Cruzeiro – e, por consequência,
mais tempo para a direção buscar o nome “ideal” para o comando.
Fonte: ESPN
Título e Texto: Willams Meneses, Vasco Notícias, 29-6-2023, 17h02
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