Claudio Dantas
Randolfe Rodrigues, que até hoje não explicou a seu eleitor por que mudou radicalmente de opinião sobre Alexandre de Moraes, protagoniza novo espetáculo de mau-caratismo com a proposta para mudar a eleição para o Senado em 2026, quando termina seu próprio mandato. O eleitor do Amapá tem a obrigação moral de garantir que o senador não seja reconduzido, ou melhor, que seja expelido da política de uma vez por todas.
Explico: se o STF hoje
massacra as prerrogativas do Legislativo, Randolfe tem grande responsabilidade
nisso ao recorrer constantemente à Corte, sempre que lhe é útil politicamente,
seja para inviabilizar um ato executivo de um governo rival ou para cancelar
uma lei aprovada pela maioria do Congresso e sancionada pelo presidente, dentre
outras demandas jurídicas. Ou seja, atua contra a independência e a harmonia
dos poderes.
Se o faz sem consciência do
efeito deletério de suas ações, ainda pior. Por essas e outras que ganhou a
alcunha de senador do tapetão, aquele que não admite derrota.
No caso de sua mais recente
proposta, apresentada e retirada após ampla repercussão negativa, Randolfe
propõe impedir que os eleitores possam votar separadamente em 2 senadores em
2026, alegando que o ideal seria a escolha de apenas 1 senador, com a segunda
vaga sendo preenchida pelo segundo mais votado, ou seja, por quem foi
derrotado. Exposto pelas críticas, tentará esconder a artimanha dentro da
reforma eleitoral relatada por Marcelo Castro, numa espécie de barriga de
aluguel.
Eu poderia até chamar isso de
tentativa de golpe. O que acham?
Título, Imagem e Texto: Claudio Dantas, 10-12-2024
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