Walter Biancardine
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, não é e nem jamais foi flor que se cheirasse. Desnecessário explicar que não foram ventos ideológicos ou quaisquer sentimentos de profundo arrependimento que levaram o big boss do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads a divulgar publicamente a declaração de ontem, que não apenas explicitou intenções de salvar seu império – aderindo a Trump e lendo o que ele mandou – como, também, terminou por afigurar-se bela carapuça, a ajustar-se com perfeição em inúmeras cabeças coroadas ao redor do planeta.
No Brasil – onde a
inteligência desclassifica candidatos a quaisquer cargos, por temor da
concorrência – a notória escassez de neurônios impeliu os acólitos da atual
ditadura comuno-globalista-judiciária a saltarem, afoitos, em defesa de seu
feudo: advogados da União (Ministério Público Federal) já declararam que irão
oficiar à Meta para que “explique” as decisões de seu chefe – esclarecendo, na
mesma matéria, que “contam com o apoio do STF (Supremo Tribunal Federal)” –
ainda que a empresa sequer tenha sido indiciada por quaisquer e eventuais
crimes.
Enquanto o alcoólatra senil
Luís Inácio Lula da Silva perde-se em absurdos dizendo-se “um amante da
democracia, porque os amantes amam mais suas amantes que suas mulheres”, o
Supremo Ditador-em-Chefe Alexandre de Moraes à custo contém-se, limitando-se a murmurar,
ameaçadoramente, que “defenderá a democracia, custe o que custar”.
A carapuça de Zuckerberg
serviu, pois o mesmo limitou-se a citar “tribunais secretos latino-americanos”
que “forçaram” suas empresas a censurar, remover ou impor Shadow Ban em
postagens dissidentes. O pobre rapaz, em nenhum momento, citou a Suprema Corte
brasileira, mas pica-se quem sente.
E o chapéu mágico do big boss da Meta ajustou-se à cabeça de muito mais gente, como a de alguns no Velho Continente, por exemplo.
“A Europa tem um número cada
vez maior de leis que institucionalizam a censura”, disse Zuckerberg em seu
discurso. Seria cabível que a União Europeia, que não foi citada tal qual o STF
brasileiro, invadisse as soberanias de seus integrantes a ponto de imiscuir-se
em decisões peculiares a cada povo? Ou – novamente à imagem e semelhança dos
Deuses Togados brasileiros – a mesma pouco se incomoda em explicitar seu mando
ditatorial sobre todos os países que, incautos, deixaram-se encantar pela
flauta mágica de Hamelin?
Vamos às notícias: “A UE rejeitou nesta quarta (08) a acusação feita por Mark Zuckerberg de que o bloco se envolveu em ‘censura’ com suas regulamentações tecnológicas: ‘Refutamos totalmente quaisquer alegações de censura da nossa parte’, disse a porta-voz chefe da Comissão Europeia, Paula Pinho, aos repórteres em Bruxelas”.
Quais as razões desta defesa, se a mesma não foi citada? Quais os motivos de
preocupação, se sua autoridade legislativa (teoricamente) não atinge decisões
assim, particularmente peculiares e inerentes aos legisladores locais? Ou
arroga-se, a União Europeia, o total e absoluto controle e jurisdição sobre
todos os aspectos, leis, regulamentos, hábitos, decisões e tudo o mais, dos
países que a compõem?
Por outro lado, sou apenas um
brasileiro que – conforme já confessado acima – vive em um país não muito
conhecido pela inteligência de seu povo e, portanto, pode não saber que os
nativos do Velho Continente abriram mão por completo de suas soberanias, seduzidos
pela tentação do Euro.
Se tal for o caso, peço desde
já as humildes e necessárias desculpas, apenas lamentando notar nenhuma
diferença entre os neurônios d’além mar e os de cá, destes tristes trópicos.
E que Deus ajude o mundo.
Título e Texto: Walter Biancardine, ContraCultura, 9-1-2025
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