quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Operação em Manguinhos provoca terror na Fundação Oswaldo Cruz

Tiro atingiu vidro de sala da Bio-Manguinhos e deixou trabalhadora ferida por estilhaços. Funcionário foi preso por supostamente ajudar fuga de criminosos

O Dia

Uma operação da Polícia Civil no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte, levou terror a trabalhadores, alunos e frequentadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta terça-feira (8). De acordo com a instituição, agentes entraram sem autorização e descaracterizados no campus Manguinhos-Maré e chegaram a prender um funcionário por, supostamente, ter ajudado na fuga de criminosos.


A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam uma ação na comunidade contra roubos e receptação de cargas, em mais uma etapa da Operação Torniquete. O objetivo é enfraquecer a facção criminosa que controla a região, já que o dinheiro desses crimes financia as atividades das organizações, disputas territoriais e garantem pagamentos a familiares de faccionados, detidos ou em liberdade.

De acordo com a Polícia Civil, ao chegarem na região, os agentes foram atacados a tiros e houve confronto. Segundo relatos, os disparos ocorreram nas favelas do Mandela 1, 2, Varginha e na Rua Leopoldo Bulhões. Os bandidos também incendiaram barricadas para atrapalhar as equipes. Confira abaixo. Durante a ação, criminosos teriam fugido em direção à Fiocruz. Até o momento, houve apreensão de armas e drogas.

Criminosos incendeiam barricadas para atrapalhar a operação da Polícia Civil, que acontece na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. Houve tiroteio na região durante a manhã desta quarta-feira (8).

Uma janela do prédio da Fiocruz chegou a ser atingida. pic.twitter.com/8r8dq7xUcb

— (@AlertaRio24Hrs_) January 8, 2025

A Fundação informou que um tiro atingiu o vidro da sala de Automação de Bio-Manguinhos - fábrica de vacinas - e uma trabalhadora precisou receber atendimento médico, por conta dos estilhaços. A Fiocruz disse ainda que os agentes entraram sem autorização e descaracterizados, para o que seria uma incursão na comunidade da Varginha.

Ainda segundo a instituição, um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial foi levado pelos policiais "de forma arbitrária para a delegacia, algemado", quando fazia a desocupação e interdição da área, como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores. Ele foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga.

"Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco. A Polícia permanece, até o momento desta publicação, no campus da Fiocruz", completou a nota.

Procurada, a Polícia Civil disse que um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante, porque "estava auxiliando na fuga de traficantes da comunidade". 

O Centro de Operações Rio (COR) informou que a Rua Leopoldo Bulhões está temporariamente fechada, na altura de Manguinhos, nos dois sentidos, por motivos de segurança. As Polícias Civil e Militar atuam no local. 

Título e Texto: Redação, O Dia, 8-1-2025, 12h31 

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