O Aeroporto de Manguinhos foi inaugurado em 1936 e ficava ao lado da Avenida Brasil, em frente à Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz
Felipe Lucena
Nem só de Galeão e Santos
Dumont voou o Rio de Janeiro. Por um período, a cidade teve outro aeroporto,
que ficava perto da Fiocruz, na Maré.
O Aeroporto de Manguinhos foi inaugurado em 1936 e ficava ao lado da Avenida Brasil, em frente à Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Criado com o apoio do governo de Getúlio Vargas (grande incentivador da aviação brasileira), o Aeródromo de Manguinhos, oficialmente Aeroclube do Brasil, formou as primeiras gerações de pilotos do Brasil.
Por sua vez, o Aeroclube do
Brasil foi o Fundado em 1911 e teve como primeiro presidente de honra e
sócio-fundador Alberto Santos Dumont.
A primeira sede desta instituição foi o Campo dos Afonsos, passando depois para o Aeroporto de Manguinhos, que, por conta disso, também era chamado de Aeroclube do Brasil.
Desde os anos 1930 até o final
dos anos 1960, o campo de pouso do Aeroporto de Manguinhos foi usado como um
aeroporto comum. Entretanto, uma tragédia mudou o norte das coisas.
“Tudo começou com um
desastre envolvendo uma aeronave da Vasp, um Vicker Viscount 827 matriculado
PP-SRG, e um pequeno Fokker S-11 militar da Escola de Aviação Militar dos
Afonsos. O Fokker era pilotado por um cadete da FAB, em 22 de dezembro de 1959,
que fazia rasantes e evoluções sobre a casa da namorada no Bairro de Ramos, bem
próximo a Manguinhos, e chocou-se com o Viscount. A aeronave da Vasp, que fazia
aproximação para pouso no Galeão, caiu em Ramos e matou seus 32 ocupantes e
mais 10 pessoas no solo. O imprudente cadete saltou de paraquedas e sobreviveu”,
publicou Jonas Liasch no blog Cultura Aeronáutica.
Na década de 1960, sob
argumento que os voos atrapalhavam os aeroportos do Galeão e Santos Dumont –
tendo o acidente como exemplo -, o Aeroporto de Manguinhos foi fechado. A sede
do Aeroclube do Brasil foi transferida, em 1972, para o aeródromo de Jacarepaguá.
Onde era o Aeroporto de
Manguinhos hoje fica a Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré.
Título e Texto: Felipe
Lucena, Diário
do Rio, 27-11-2025



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