domingo, 16 de novembro de 2025

[As danações de Carina] Carta de amor ao meu cão

Carina Bratt

O TÍTULO ACIMA, faz referência ao livro de François Schuiten, em matéria publicada aqui na nossa magnânima ‘Cão que Fuma’ em data de 11 de novembro de 2025, na coluna [Livros & Leituras]. 

Na verdade, se trata de uma tocante e justa homenagem ao vínculo entre o ser humano e o ser animal, marcada pelo mais alto grau de afeto, bem ainda luto e memória. Neste tom, antes de entrar no assunto, gostaria que as minhas amigas e leitoras da ‘Grande Família Cão que Fuma’ assistissem aos vídeos abaixo:

Como podem perceber, faço referência ao livro ‘Jim’, do renomado ilustrador belga François Schuiten, que, sem medo de errar, pode se dizer foi descrito como “uma verdadeira carta de amor ao seu cão ‘Jim’, companheiro fiel por mais de uma década”, foi recentemente publicado no Brasil pela editora ‘Livros da Raposa Vermelha’. A obra combina textos e ilustrações para narrar a relação profunda entre o autor e seu cachorro que infelizmente faleceu em 2023.

Fica no ar a pergunta: o que torna essa obra especial? Muitas coisas, entre elas, a narrativa íntima e sensível. Schuiten compartilha as suas emoções com delicadeza, transformando a dor da perda em pura arte. O livro é tanto um tributo quanto um processo de luto. Se juntarmos os dois, teremos uma raridade.

Na sequência, chamo a atenção para a estética visual que se faz marcante: Como ilustrador consagrado, Schuiten utiliza imagens para complementar e intensificar o texto, criando uma experiência sensorial e emocional. Temos, ainda, a Universalidade do tema: Embora profundamente pessoal, o trabalho ressoa com qualquer pessoa que já tenha amado um animal. É uma reflexão profunda e marcante sobre o amor incondicional, a presença silenciosa e o vazio imenso deixado pela ausência.

Na verdade, euzinha diria, sem medo de errar, todo o conteúdo, de capa a capa, se transforma numa leitura que toca o coração. Por ser assim, o livro não é apenas sobre um cão, mas, sobretudo, bailando o que significa viver com alguém que nos entende sem dizer palavras. ‘Jim’ representa todos os animais que nos acompanham, silenciosos e leais, e que deixam marcas profundas e indeléveis em nossas vidas.

Passemos agora a apresentação do livro: ‘Jim – Carta de amor ao meu cão’, de François Schuiten.

Introdução: 

Título: ‘Jim – Carta de amor ao meu cão’.
Autor: François Schuiten
Gênero: Narrativa ilustrada, Memórias e Homenagem
Publicação: ‘Editora Livros da Raposa Vermelha’

Sobre o autor:
François Schuiten é um renomado ilustrador e quadrinista belga.
Conhecido mundo afora, pela não menos famosa obra ‘As Cidades Obscuras’, em parceria com Benoît Peeters.
Em ‘Jim’, ele se afasta um pouquinho da ficção para explorar uma experiência pessoal e emocional.

Contexto da obra. Um pequeno resumo: 
O livro é uma homenagem ao cão ‘Jim, companheiro’ de Schuiten por mais de dez anos.
Após a morte, o autor transforma brilhantemente o luto em arte, criando uma narrativa visual e textual que celebra a vida do animal.

Estrutura e estilo: 
Combinação de texto poético e ilustrações delicadas. Impecáveis.
Estilo introspectivo, com reflexões sobre o amor, a convivência e a perda. Sobretudo, a perda.
O livro funciona para nós, diria, obviamente sem medo de errar, como uma carta aberta, uma missiva íntima e universal ao mesmo tempo.

Temas principais:
Amor incondicional: A relação perfeita e sem máculas entre humano e animal como fonte do mais puro e majestoso afeto.
Luto e memória: A dor da perda e a tentativa de manter viva ad aeternun a presença do outro.
Companheirismo silencioso: A presença constante de ‘Jim’, mesmo sem palavras.

Impacto emocional:
A obra toca leitores que já viveram a experiência de amar um animal.
É também uma reflexão sem precedentes e acima de quaisquer suspeitas, sobre o valor das pequenas presenças e dos gestos cotidianos.

Trouxe um trecho que considero por demais marcante:
‘Jim’ não falava, mas dizia tudo com os olhos. E eu aprendi a escutar com o coração’’.

Conclusão:
‘Jim’ é mais do que um livro sobre um cão: é em verdade, uma celebração do vínculo entre seres vivos.

François Schuiten conseguiu transformar a dor em beleza, e convida o leitor a revisitar suas próprias histórias de afeto. O que muitos seres humanos que vivem no cotidiano do nosso dia a dia, por vezes, não têm a mesma profundidade.

O texto, se me permitem observar, me tocou profundamente pela forma delicada com que o autor transforma a dor da perda em uma homenagem comovente. A relação entre Schuiten e seu cão ‘Jim’ é retratada com tanta ternura que ultrapassa a experiência individual e nos faz refletir de coração aberto sobre o amor incondicional que os animais nos oferecem.

A escolha de narrar essa despedida como uma carta torna tudo ainda mais íntimo, como se estivéssemos lendo um diário de saudade e gratidão. É um lembrete de que os vínculos mais silenciosos muitas vezes são os mais profundos.

Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 16-11-2025

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