segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Megyn Kelly denuncia encobrimento do FBI sobre a tentativa de assassinato de Trump: "Tudo isto fede."

Paulo Hasse Paixão

A tentativa de assassinato do presidente Trump pelo jovem de 20 anos Thomas Matthew Crooks, no ano passado em Butler, Pensilvânia, foi inicialmente descartada como um ato de um perigoso solitário radicalizado. No entanto, um ano e meio depois, a narrativa está a desmoronar sob evidências crescentes de um encobrimento do FBI.

Do FBI do regime Biden. E do FBI do regime Trump.

É uma história que o Contra tem vindo a seguir desde o momento em que Trump foi atingido e que Tucker Carlson expôs recente e detalhadamente, revelando o extenso rasto de apelos à violência de Crooks na Internet, a cremação rápida do seu corpo, entre outras enigmáticas circunstâncias e as repetidas mentiras do FBI, tanto sobre o perfil digital do atirador como sobre as suas convicções ideológicas.

Agora, Megyn Kelly [foto], num podcast com Glenn Greenwald, levou as revelações ainda mais longe, declarando que as últimas notícias “apontam para que Thomas Crooks tenha sido recrutado para assassinar o presidente Trump”.

Kelly analisou as descobertas bombásticas de Carlson e combinou-as com novas reportagens de Miranda Devine, do New York Post, para concluir:

“Na minha opinião, a implicação clara do trabalho de Tucker é que o indivíduo foi recrutado por alguém para cometer esse ato horrível. E talvez tudo tenha começado com esse personagem chamado Willy Tepes… Tucker relatou que o FBI não fez nenhuma menção pública a esse tal de Tepes, embora certamente saiba que ele existe”.

A jornalista destacou que Crooks vinha a expressar online a sua raiva sobre democratas como Ilhan Omar, Rashida Tlaib e também contra os imigrantes — e então mudou abruptamente para argumentos anti-Trump sobre a COVID. Dias depois, interagiu com ‘Willy_Tepes’, o nome de um utilizador ligado ao ‘Movimento de Resistência Nórdica’, classificado pelo governo federal americano como um grupo terrorista, e que agora aparece em sites estrangeiros da Antifa.

A este propósito, Kelly observou:

“A presença online de Thomas Crooks termina abruptamente após o seu encontro com esta figura misteriosa, Willy_Tepes. Então, para mim, ele parece estar a insinuar claramente que talvez Willy Tepes tenha recrutado Crooks, e alertado alguém que este é um exaltado que tem alguns problemas mentais e é propenso à violência.”

Kelly também revisitou a questão da cremação que Carlson levantou pela primeira vez, observando que

“uma das coisas que Tucker apontou é que eles cremaram o corpo dele 10 dias após a sua morte… eliminando qualquer chance de fazer testes de acompanhamento sobre drogas no organismo, etc. E ele está a sugerir que isso parece muito rápido para um tipo que tinha tentado assassinar o provável próximo presidente dos Estados Unidos”.

Greenwald pressionou o ângulo do sigilo institucional, perguntando:

“Por que não nos contaram sobre Thomas Crooks? Não há julgamento. Ele está morto. Eles negaram que haja qualquer conspiração… Portanto, não há nenhum processo legal que impeça [a divulgação da verdade]. Por que estão a manter tudo isso em segredo?”

Kelly apontou para uma nova confirmação de que, um ano após o tiroteio em Butler, o FBI ainda está a contrariar os esforços no sentido da transparência dos senadores republicanos Ron Johnson e Rand Paul, observando que

“o FBI estava a obstruir dois gabinetes do Senado… Um desses gabinetes disse que o FBI de Trump estava inicialmente a cooperar nesta Primavera… mas depois parou abruptamente de o fazer.»

Concluindo, Kelly advertiu:

“Não sei, Glenn. Toda esta situação fede… Algo se passa aqui.”

De facto, a história do “atirador solitário” já não convence ninguém e toda a circunstância do atentado de Butler parece derivar menos de incompetência e mais de obstrução. Resta saber por que raio é que o próprio regime Trump está a encobrir uma tentativa de assassinato sobre o seu próprio líder.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 24-11-2025

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