Paulo Hasse Paixão
A tentativa de assassinato do
presidente Trump pelo jovem de 20 anos Thomas Matthew Crooks, no ano passado em
Butler, Pensilvânia, foi inicialmente descartada como um ato de um perigoso
solitário radicalizado. No entanto, um ano e meio depois, a narrativa está a
desmoronar sob evidências crescentes de um encobrimento do FBI.
Do FBI do regime Biden. E do
FBI do regime Trump.
É uma história que o Contra
tem vindo a seguir desde
o momento em que Trump foi atingido e que Tucker Carlson expôs recente
e detalhadamente, revelando o extenso rasto de apelos à violência de Crooks na
Internet, a cremação rápida do seu corpo, entre outras enigmáticas
circunstâncias e as repetidas mentiras do FBI, tanto sobre o perfil digital do
atirador como sobre as suas convicções ideológicas.
Agora, Megyn Kelly [foto], num podcast com Glenn Greenwald, levou as revelações ainda mais longe, declarando que as últimas notícias “apontam para que Thomas Crooks tenha sido recrutado para assassinar o presidente Trump”.
Kelly analisou as descobertas
bombásticas de Carlson e combinou-as com novas reportagens de Miranda Devine,
do New York Post, para concluir:
“Na minha opinião, a
implicação clara do trabalho de Tucker é que o indivíduo foi recrutado por
alguém para cometer esse ato horrível. E talvez tudo tenha começado com esse
personagem chamado Willy Tepes… Tucker relatou que o FBI não fez nenhuma menção
pública a esse tal de Tepes, embora certamente saiba que ele existe”.
A jornalista destacou que Crooks vinha a expressar online a sua raiva sobre democratas como Ilhan Omar, Rashida Tlaib e também contra os imigrantes — e então mudou abruptamente para argumentos anti-Trump sobre a COVID. Dias depois, interagiu com ‘Willy_Tepes’, o nome de um utilizador ligado ao ‘Movimento de Resistência Nórdica’, classificado pelo governo federal americano como um grupo terrorista, e que agora aparece em sites estrangeiros da Antifa.
A este propósito, Kelly
observou:
“A presença online de
Thomas Crooks termina abruptamente após o seu encontro com esta figura
misteriosa, Willy_Tepes. Então, para mim, ele parece estar a insinuar
claramente que talvez Willy Tepes tenha recrutado Crooks, e alertado alguém que
este é um exaltado que tem alguns problemas mentais e é propenso à violência.”
Kelly também revisitou a
questão da cremação que Carlson levantou pela primeira vez, observando que
“uma das coisas que Tucker
apontou é que eles cremaram o corpo dele 10 dias após a sua morte… eliminando
qualquer chance de fazer testes de acompanhamento sobre drogas no organismo,
etc. E ele está a sugerir que isso parece muito rápido para um tipo que tinha
tentado assassinar o provável próximo presidente dos Estados Unidos”.
Greenwald pressionou o ângulo
do sigilo institucional, perguntando:
“Por que não nos contaram
sobre Thomas Crooks? Não há julgamento. Ele está morto. Eles negaram que haja
qualquer conspiração… Portanto, não há nenhum processo legal que impeça [a
divulgação da verdade]. Por que estão a manter tudo isso em segredo?”
Kelly apontou para uma nova
confirmação de que, um ano após o tiroteio em Butler, o FBI ainda está a
contrariar os esforços no sentido da transparência dos senadores republicanos
Ron Johnson e Rand Paul, observando que
“o FBI estava a obstruir
dois gabinetes do Senado… Um desses gabinetes disse que o FBI de Trump estava
inicialmente a cooperar nesta Primavera… mas depois parou abruptamente de o
fazer.»
Concluindo, Kelly advertiu:
“Não sei, Glenn. Toda esta
situação fede… Algo se passa aqui.”
De facto, a história do
“atirador solitário” já não convence ninguém e toda a circunstância do atentado
de Butler parece derivar menos de incompetência e mais de obstrução. Resta
saber por que raio é que o próprio regime Trump está a encobrir uma tentativa
de assassinato sobre o seu próprio líder.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
24-11-2025

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