Paulo Marcelo
O Bloco de Esquerda anda
desesperado. Depois de somar derrotas eleitorais - na última perdeu metade dos
deputados - em vez de incentivar o debate interno e questionar a liderança do
camarada Kim-il-Louçã, que se eterniza no poder (primeiro no PSR e agora no
Bloco) prefere recorrer a uma retórica demagógica para tentar ganhar (ou não
perder) votos. No cartaz de cima, sob uma capa de verdade, apela-se aos
sentimentos mais básicos, como inveja e o ressabiamento, contra os exploradores
mascarados de troika e de banqueiros. Não me oponho, antes pelo contrário, a um
discurso político exigente e reivindicativo, como vemos muitas vezes nos
sindicatos. Mas chamo a atenção para que a linguagem deste e doutros cartazes
do Bloco nada propõe, nada exige, nada reivindica; apenas destrói e manda a
baixo, ajudando a corroer a ténue confiança social que ainda existe nestes
tempos difíceis, que vão continuar a exigir sacrifícios. Atenção camaradas. Em
democracia as alternativas constroem-se com ideias e propostas, não com demagogia
e populismo. Lenine talvez, mas duvido que Trotzky gostasse disto.
Título, Imagem e Texto: Paulo
Marcelo, no blogue “O cachimbo de Magritte”, 02-01-2012
Eu chamo de injeção de rancor, nada a ver com contestação, muito menos oposição. Não foi à toa que os eleitores portugueses castigaram este agrupamento nas últimas eleições legislativas. E na Madeira perdeu o único representante. Tampouco é à toa que 200 (duzentos) militantes deste agrupamento se mandaram... Mas Kim-il-Louçã (e outros Kims) continua a ser ouvido como se se tratasse de um grande vencedor... Coisas da política lusitana que eu ainda não captei.
O PCP também utiliza a mesma linguagem rancorosa:
"Roubam o povo", "afundam o país", "pacto de agressão"... o veneno que o PCP e CGTP instilam nos bem-intencionados que, claro, saem "ventriloquando" estas expressões ofensivas e insultuosas. Não há debate de ideias, não se apresentam alternativas, realizáveis, não as francamente irrealizáveis que só servem para abastecer a peçonha desses partidos, e eles sabem muito bem disso. Então, dizia eu, os bem-intencionados saem repetindo o veneno: são uns ladrões, mentirosos, corruptos, enfim, para eles a revolução se faz insultando.
Eu fico super irritado, confesso, com essa tática da desqualificação, do insulto, da tentativa desses partidos se colocarem acima do bem e do mal, só eles são bons, só com eles haverá "salvação".
Que alguém me exemplifique um país governado por esta malta que esteja proporcionando prosperidade aos seus cidadãos!!
Inté!
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