sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

[Varig/Aerus] Apelo à Imprensa/Mídia Brasileira

Elizabeth F. de Oliveira
O meu nome é Elizabeth.
Não voltei do Canadá. Faço quimioterapia, meu pai, de 83 anos, toma Zoladex. Minha mãe, sob intenso sofrimento, há um ano, já não se encontra entre nós.
No anonimato, ajudei o Brasil a crescer, tonar-se conhecido e respeitado no mundo inteiro pelas asas da antiga VARIG S/A, que, nos últimos anos, mal administrada, chegou às portas da falência e o nosso governo, intencionalmente, contribuiu para que esta ocorresse.

Boeing 767.341ER (PP-VOI), no aeroporto de Barajas (Madri), em 08 de setembro de 1995. Foto: Fernando Toscano/Portal Brasil
Paguei altos impostos ao governo brasileiro para ter segurança, escolas públicas de qualidade, (educação) para todos os cidadãos brasileiros; assistência médica de qualidade, (SUS); estradas bem conservadas, moradias, IPVA, IPTU, IOF, ISS, e tantos outros Is… e, por longos anos, contribuí pra o AERUS, plano de previdência complementar, que o Governo Brasileiro garantiu fiscalizar para que na velhice pudesse viver com dignidade, pois  aposentado brasileiro vale menos que  alguns centavos para os governantes e demais autoridades deste país. Estes têm altos salários e várias mordomias sustentadas à custa da vida miserável de milhares de trabalhadores e aposentados brasileiros.
Continuo no anonimato, tendo os meus direitos adquiridos  ignorados pela Justiça e Governo brasileiro, que brinca com a vida de 15 mil de seus cidadãos, ex-trabalhadores e aposentados da antiga VARIG/AERUS, responsáveis pelo sustento de mais 60 mil brasileiros, nossos familiares, que dependemos do pagamento integral dos nossos benefícios administrados pelos AERUS, para podermos viver com a dignidade que conquistamos, pois o governo brasileiro desrespeita a sua própria Constituição, à partir de seu Preâmbulo. Este mesmo governo até já contribuiu para que seiscentos de meus pares tivessem suas vidas encurtadas. Já não podem mais lutar por seus direitos. Partiram na pior das angústias que é a de deixar a família desamparada.

Será que terei (teremos) que pedir asilo político ao Governo Canadense, (considero perseguição política a falta de interesse de governantes e justiça brasileiros  em solucionar o  problema AERUS) para que a imprensa nos dê atenção e nos ajude a cobrar do Governo e da Justiça deste país uma posição diante deste "holocausto", deste crime praticado contra aproximadamente 75 mil brasileiros, ex-trabalhadores e aposentados da antiga VARIG, assistidos, pensionistas e participantes  do fundo de previdência complementar AERUS e nossos familiares?
Inúmeros e-mails já enviei ao Governo, a Parlamentares, a membros da Suprema Corte Brasileira, a Tribunais, Ministros, Desembargadores e Juízes, mas no anonimato e sem solução permanecem.
Aí fica, então, o  meu apelo à imprensa brasileira, à mídia de forma geral. Cumpram também com a parte que não apenas a de informar ou fazer sensacionalismo, mas a de denunciar abusos aos direitos do povo brasileiro, principalmente em se tratando de pessoas indefesas, crianças e idosos, doentes, sem condições de defesa, de recomeçar.
A VARIG que tanto os serviu já não existe e quando precisou não recebeu apoio de que tanto necesitava. Não façam o mesmo comigo e com os mais de 70 mil seres humanos, idosos, doentes, sujeitos também de direitos e ao maior deles: A VIDA!
Já recebemos o apoio de alguns jornalistas, mas precisamos de apoio de todos, de toda a mídia brasileira, para que assim, a Justiça e o Governo brasileiros, através dos Senhores, nos ouçam e nos devolvam os nossos direitos.
Parabéns à moça que foi e já voltou do CANADÁ, escolheu um belíssimo país, em todos os sentidos, para visitar.
Elizabeth Ferreira de Oliveira.
Brasileira, comissária de bordo aposentada da VARIG, assistida AERUS plano I, do qual recebo apenas 15% do que tenho direito a receber – atualmente sendo torturada pela justiça e pelo governo brasileiro pela falta de vontade política e jurídica em solucionar o problema do fundo de pensão AERUS, sob intervenção e liquidação extrajudicial.
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