Oswaldo Colombo Filho
No Brasil temos o RGPS que possui o subsistema urbano e o rural. O primeiro é caracterizado pelo nexo contributivo, é a
verdadeira previdência ao que se convenciona nos moldes internacionais.
Possui aproximadamente 16 milhões de
segurados, o que significa dizer que não são meros
beneficiários, pois contribuíram para obter aposentadorias e /ou pensões na
vida pós-laboral, aqui existem (dezembro de 2011), tão apenas entre
aposentados e pensionistas por morte (titular) 14,8 milhões de cidadãos.
Fora estes, outros atendidos são por Auxílios, e Benefícios
acidentários que se caracterizam basicamente por doenças laborais,
acidentes e demais infausto que um trabalhador (segurado do INSS), possa
incorrer, são 2,0 milhões de segurados,
e cujo valor médio supera em pouco mais de 20% o salário mínimo. Há ainda os
chamados Benefícios diversos, cuja mais expressiva contagem e que varia de mês
para mês é o de 80 mil aproximadamente. Portanto o RGPS URBANO (nexo contributivo)
possui 16,8 milhões de segurados, cujo valor médio em dezembro era de R$
908,35.Fechou com R$ 20 bilhões positivo, 135% mais que o saldo positivo
do ano anterior, tendência que vem ocorrendo desde 2002.
Destes , e conforme a previdência, 9 milhões recebem acima de um salário
mínimo e 7 milhões até um salário mínimo. O valor médio das aposentadorias por
tempo de contribuição (mínimo 35 anos aos homens e 30 às mulheres), no URBANO
era em dezembro de R$ 1270,00 aproximadamente e cujo acréscimo em janeiro foi
de 6,08% (correção INPC).300 mil cidadãos, somente em 2012 caíram para a “vala
comum”, um salário mínimo, pois como amargam reajustes menores do
que o dado ao piso salarial (por força de lei) caso único no planeta já
perderam 47% desde o Plano Real, em relação aos reajustes concedidos ao salário
mínimo e vão se achatando ano a ano na “vala comum”.
O RURAL, sem caráter contributivo direto, bastando ao homem com 60 anos
e a mulher com 55 anos, declararem que atuaram pelo menos 15 anos na área
rural, e passam a receber um salário mínimo por mês. Este é assistencial, e é
de fato o maior programa distribuidor de renda e limitador da pobreza do mundo,
os resultados são incomparavelmente melhores a que todos demais programas
assistências do país. Este ao contrário do
URBANO é deficitário (R$ 57 bilhões), basicamente porque as contribuições da
área rural (agronegócios) são vergonhosas e se reduzem a cada ano.
São 8,5 milhões de assistidos,
que tratam como aposentadorias ou pensões da área RURAL. E desse resultado
tiram-se presunções que o governo investe mais na 3ªidade do que em jovens, um
erro crasso pois investe-se contra a pobreza na terceira idade no campo em
especial e reduz-se o fluxo migratório para os grandes centros.
Além destes a Previdência cita para fazer confusão, como ligados ao
RGPS, que são os benefícios assistências LOAS, Lei Orgânica de Assistência
Social – Renda continuada que chegam a mais de 3,8 milhões de assistidos.
Assim diz-se comumente que o RGPS atende a 26 milhões de pessoas (URBANO
e RURAL) ou ainda 29 milhões considerando-se os benefícios assistenciais.
Verdade seria, este último número com a incorporação de todas as receitas que
fazem parte do art. 195 da CF.
Já o RPPS federal possui cerca de 980 mil ex-servidores inativos
e produziram um déficit de R$ 57
bilhões em 2011, e ainda temos os demais (quase 2000 RPPS) e que cuja
estimativa é de cerca de 2,2 milhões de
inativos.
Quando até o Banco Mundial afirma o tamanho descalabro de que apenas 4%
dos aposentados do Brasil serem responsáveis por 50% do déficit, é por que são
estes 980 mil do total de geral de aposentados / pensionistas /assistidos por
todos subsistemas e Regimes que representarem. Vejamos :- aproximadamente 16
milhões do URBANO + 8,5 do RURAL + 1 milhão do RPPS federal, e + 2,2 milhões
dos demais RPPS = Total 26,5% ; onde o RPPS federal representa 3,8% do
total, e carrega consigo, e como pode ver pelos dados acima, perto de 50% do
déficit global de todos regimes brasileiros juntos Os demais RPPS sequer dão
resultado tão desastroso. (ainda não divulgado). Nem a Grécia conseguia tamanha
proeza. O Tesouro cobre à razão de R$ 57 mil /ano para cada ex-servidor – somente em déficit (ou seja, sem
contar as o contribuições patronais; ou seja, do próprio governo , dos ativos e
dos inativos que querem abolir).
Texto (formatação original): Oswaldo Colombo Filho, 08-02-2012
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