Geraldo Almendra
Mesmo considerando-se a precipitação das Forças Armadas em devolver
o país ao controle dos civis, nossa sociedade, se tivesse mínimos princípios de
patriotismo, dignidade, honra e reconhecimento pelo fato de que nossos
militares evitaram que, em 1964, o país caísse nas mãos de uma canalha
comunista da pior espécie – a pedido da
própria sociedade organizada –, não teria e não estaria permitindo que uma
corja de “senhores e senhoras” de espírito e posturas lesa-pátria, durante os
desgovernos civis, desenvolvessem instrumentos para desqualificar, depauperar,
desrespeitar e criminalizar os combatentes militares que evitaram que hoje
nosso país estivesse vivendo no mesmo nível da destruída e decadente sociedade
de Cuba ou até bem pior.
Então outro grave erro foi e
continua sendo cometido pelas Forças Armadas, sistematicamente ofendidas e
agredidas por todos os presidentes civis, seus cúmplices, e pelos canalhas do
comuno-sindicalismo que ocupavam e ocupam os espaços de influência na sociedade
junto com a manipulação de movimentos sociais: os erros do silêncio, da
omissão, da covardia e do comodismo, que transformam heróis em culpados e
terroristas em heróis agraciados com indenizações milionárias e pensões
vitalícias tecnicamente inexplicáveis.
2º. Ditame do Decálogo de Lênin: “Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa” –
um “novo” sistema de comunicação de
massas foi lentamente reestruturado permitindo que o jornalismo marrom
controlador de fortes grupos de comunicação, se despusesse a influenciar a
classe média que estava em cima do muro, a academia já amplamente infiltrada de
socialistas decadentes, e médios e grandes empresários, todos formadores de
opinião e pertencentes às oligarquias e burguesias lacaios dos desgovernos
civis que estavam plantando as sementes do futuro Paraíso dos Patifes.
Tendo esse ditame leninista em mente os canalhas fraudadores da Abertura Democrática deram um grande passo na direção da formação de um canal viciado de comunicação entre os desgovernos civis e a sociedade: linhas editoriais que, sem separar suas posições próprias da realidade dos fatos, incentivavam a distorção entre uma compulsória honestidade de informar e a edição de notícias, levando, progressivamente, uma massa de leitores, vítimas da falência cultural e educacional, propositalmente provocada pelos desgovernos civis, a fazerem sistemáticos erros de avaliação da realidade do Regime Militar.
A estratégia foi utilizar e
continuar utilizando os recursos jornalísticos disponibilizados pela imprensa
marrom para criar uma idéia de quase absoluta desconexão entre as virtudes
econômicas e sociais – frutos diretos do Regime Militar – e suas
potencialidades, com a administração pública militar.
Como pano de fundo da ocupação
do meio jornalístico, cada vez mais marrom, devem ser citados os instrumentos
da disputa por verbas de propaganda dos podres Poderes da República e os
financiamentos tipo “cala a boca”, feitos por meio de bancos estatais em
condições de negociação ou renovação fora dos padrões do mercado financeiro
formal e, evidentemente, o risco de não renovação das concessões de
funcionamento dos mais influentes grupos de comunicação.
Geraldo Almendra, 25-02-2012
A foto foi retirada do "diário liberdade" - Portal anticapitalista da Galiza e os países lusófonos
Edição: JP
A foto foi retirada do "diário liberdade" - Portal anticapitalista da Galiza e os países lusófonos
Edição: JP
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