Reinaldo Azevedo
Já que a
Dilma Rousseff, a Maria do Rosário, o José Eduardo Cardozo e o Gilberto
Carvalho — aquele que lida com os “movimentos sociais” — não vão mesmo
dar a menor pelota para o que se passa no Acre, resta a mim tirar a
notícia do âmbito apenas regional. Tivesse acontecido a coisa num estado
administrado por algum adversário do PT, é claro que estaria na chamada
“mídia nacional”, né? Qualquer provocação de um bando de maconheiros do
miolo mole em São Paulo merece mais destaque nos noticiosos nacionais
do que balas de borracha nos pobres do Acre.
Faz sentido. Raciossimeiem comigo… Ah, em tempo: o verbo “raciossimear” deriva do substantivo “raciossímio”,
que consiste em pensar com o apuro e a delicadeza de um macaco —
progressista é lógico. Fica a um percentual mínimo de um pensamento
humano, se é que me entendem. A diferença entre um macaco e um petralha
está apenas na inabilidade de um deles para subir em árvores.
Raciossimeemos,
pois, com eles, os petralhas. Se um estado é governado por um partido
reacionário, conservador, de direita, porco e capitalista, então é claro
que todo confronto com a polícia será protagonizado por
revolucionários, progressistas, de esquerda, decentes e socialistas.
Assim, estando o PT no poder, é evidente que toda revolta de pobre é,
antes de mais nada, expressão da reação. Caramba! Não é assim desde
Antônio Conselheiro? Ou vocês não sabem que aqueles analfabetos de
Canudos eram monarquistas sabotando os progressistas da República???
Quem governa
o Acre? É o companheiro Tião Viana, do PT, com o apoio da companheira
ex-verde (hoje “nova política”) Marina Silva. No dia 14 de julho do ano
passado, para comemorar os 221 anos da Queda da Bastilha, marco oficial
da Revolução Francesa e do fim do despotismo, a polícia do Acre desceu o
porrete em alguns invasores de terra, numa operação de reintegração de
posse. Um índio ficou cego de um olho, atingido por um bala de borracha.
Dilma, Maria do Rosário, José Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho não
quiseram nem saber. Contei o caso aqui.
Pobre
reacionário tem mais é de tomar chicote no lombo e bala de borracha no
olho para aprender a distinguir a história de um trocadilho. Os “petês”
só saem gritando “Fogo na floresta!”, como no filme Bambi, quando é a polícia de São Paulo a restabelecer a ordem, geralmente conturbada por ação da companheirada.
Pois bem. Reproduzo abaixo um post de hoje do site Acre 24 Horas.
Mais uma vez, fica claro que pobre reacionário não se cria com Tião
Viana, não! Ele manda é descer a borracha. E nada de Dilma, Maria do
Rosáro, José Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho… Leiam. Volto em
seguida:
Por
ordem de Tião Viana, Policia Militar dispersa manifestação de
desabrigados que fechou a quarta ponte na base da bala, gás de pimenta e
bombas de efeito moral
Por Ray Melo:
Desabrigados do Bairro Seis de Agosto, que fecharam a quarta ponte na noite desta terça-feira, 21, em protesto pelo corte no fornecimento de energia em áreas atingida pela água do Rio Acre, foram dispersados pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) em uma operação que deixou mulheres e crianças feridas pelos disparos de balas de borracha.
Desabrigados do Bairro Seis de Agosto, que fecharam a quarta ponte na noite desta terça-feira, 21, em protesto pelo corte no fornecimento de energia em áreas atingida pela água do Rio Acre, foram dispersados pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) em uma operação que deixou mulheres e crianças feridas pelos disparos de balas de borracha.
Os
manifestantes fecharam o acesso à ponte que liga a Avenida Amadeo
Barbosa ao bairro Habitasa. Um assessor do Governo do Estado esteve no
local para negociar com os manifestantes, afirmando que o fornecimento
de energia seria restabelecido na quarta-feira, 22, após as 12h, mas os
desabrigados não aceitaram a proposta e mantiveram o bloqueio.
Os militares
do BOPE chegaram ao local e iniciaram as negociações, que terminou com
disparos de balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral.
Os manifestantes fizeram um cordão de isolamento com crianças e
mulheres, mas não foi suficiente para conter os militares que
dispersaram a multidão com o uso da força.
Segundo
informações de moradores, os policiais agiram precipitadamente. “Nós
estávamos nos dirigindo aos objetos usados no bloqueio para fazer a
retirada, mas os policiais entenderam que nós estávamos querendo pegar
os objetos para agredi-los. Nunca vi nada parecido. Os policiais
trataram civis, como verdadeiros bandidos nem as crianças escaparam”,
diz o morador João Silva.
O comando da
Polícia Militar se justificou afirmando que os policiais foram
obrigados a agir. Um militar que não quis se identificar, afirmou que a
ordem “partiu de cima”. Uma pessoa ligada à administração de Tião Viana
(PT) esteve no local para tentar impedir o trabalho de jornalistas que
faziam a cobertura da ação policial.
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Foto: Ray Melo |
Os pobres do Acre precisam achar o seu gigolô. Só os cafetões da pobreza, que se dizem representantes de “movimentos sociais”, conseguem dialogar com governos petistas. Sem eles, é gás de pimenta no olho! E sem esquerdista para sair gritando “Fogo, fogo na floresta!”
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 22-02-2012
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