quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aldeia global

Luisa Castel-Branco
O mundo como o conhecíamos terminou. Podem bem os melhores economistas do mundo dissertar sobre o futuro e fazer projecções sobre projecções. A verdade é que as noticias que nos chegam, as imagens que nos entram em casa dão-nos conta dessa transformação total e, principalmente, desta noção de que todos os países se encontram à deriva, de uma forma ou de outra.
Getty Images
Nunca a Aldeia Global foi tão real. Tudo está interligado e as nações deixaram de ser detentoras do seu próprio destino para dependerem do que se passa para além fronteiras.
É evidente que existe uma crise de liderança a nível europeu, mas não vale a pena chorar sobre leite derramado. É bem mais importante perceber como chegámos aqui.
E principalmente como vamos sair desta crise a maior deste o fim da segunda guerra mundial.
Muitos parecem desejar que os portugueses tomem as ruas como os gregos o fizeram novamente nos últimos dias. Destruição de edifícios históricos e insubstituíveis, e lojas, armazéns e habitações. Para quê? E principalmente porque é que alguém deseja isto para Portugal?
Temos um governo que está a cumprir um acordo assinado por outro primeiro-ministro, por outro governo e outro partido.

Este primeiro-ministro afirmou publicamente quando estava na oposição que o estado do país era tão grave que devíamos pedir ajuda financeira.
Foi crucificado e afinal, Sócrates acabou por o fazer tarde e a más horas e depois… foi de férias e nós cá ficámos com a batata quente nas mãos!
Os mesmos que apelam a que o povo venha para a rua, são os que vivem desde o 25 de Abril sem fazer nada além do sindicalismo pago.
Não deixa de ter graça, que aqueles senhores que mais falam sobre as empresas e os empregados sejam exactamente quem não sabe o que isso é há mais de trinta anos!
Luisa Castel-Branco, Destak, 14-02-2012
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