terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

[Carnaval em Portugal] O "Público" não informa mais, só opina

Veja esta manchete:
Rio e os carrosséis e Menezes de férias na neve 
Precisa ser jornalista para perceber a opinião na manchete, não a informação?
Se estiver em dúvida, leia a "notícia" de autoria de Margarida Gomes:

A tolerância de ponto no Porto e a falta dela em Gaia em dia de Carnaval é apenas mais um episódio na difícil relação Rui Rio/Luís Filipe Menezes que muitos temem que venha a extremar-se à medida que o calendário autárquico se for aproximando. O edifício da Câmara do Porto esteve hoje fechado e os festejos carnavalescos na baixa da cidade resumiram-se a umas barracas de farturas e alguns carrosséis para alegria dos foliões mais pequenos.

Câmara de Vila Nova de Gaia, foto: DR
Luís Filipe Menezes decidiu alinhar pelo discurso do primeiro-ministro. A Câmara de Gaia esteve de portas abertas, mas os funcionários não tiveram muito que fazer. Com Menezes ausente do país, a autarquia ficou entregue ao vice-presidente, Firmino Pereira, que encontra vantagens no funcionamento do município em dia se terça-feira gorda, perante “a situação de emergência social em que o país está”.
E porque hoje muitos pais não tinham onde deixar os filhos, a Câmara de Gaia manteve em funcionamento 34 estabelecimentos de ensino dos 102 que existem no concelho e foram servidas 790 refeições das cerca de 10 mil que diariamente são confeccionadas. O comércio tradicional esteve praticamente todo fechado e as até lojas chinesas se associaram à tolerância de ponto.
“Quando se discute que vão ser eliminados quatro feriados, faz todo o sentido que a terça-feira de Carnaval, que não era feriado, seja um dia normal de trabalho e nós quisemos dar esse exemplo”, disse Firmino Pereira ao PÚBLICO, revelando que a câmara funcionou hoje a 70%. “Já não entendo que em municípios onde há tradição de Carnaval, haja tolerância de ponto, a não ser que, para alguns, o Carnaval se resuma a umas barracas de farturas e carrosséis”, disse o vice-presidente numa óbvia alusão à Câmara do Porto.
O registo de Firmino Pereira é, assim, em tudo idêntico ao de Luís Filipe Menezes, que, no dia em que anunciou que Gaia não iria dar tolerância de ponto no Carnaval, assestou baterias contra os que decidiram contrariar as orientações do Governo, tendo mesmo admitido ter ficado “espantado” ao ver que “alguns que são os arautos da austeridade e do rigor, em determinados momentos sejam menos austeros e menos rigorosas. Mas cada um é responsável pela decisão que toma”. Palavras que tinham um único destinatário: Rui Rio.
O autarca de Gaia e conselheiro nacional salientou ainda ser “solidário com este primeiro-ministro e este Governo” pelo que “mesmo que discordasse da decisão do Gverno não teria a “deslealdade de não cumprir uma intenção do partido” a que pertence.
Menezes deu um sinal de lealdade para com Passos Coelho, um apoio que seguramente espera ver retribuído dentro de um ano quando o partido indicar quem vai suceder a Rui Rio na Câmara do Porto.(?) Quem está afirmando isto?
Ele estava na neve? Onde?
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