sábado, 30 de novembro de 2013

Em nome do povo!...


Pinho Cardão
Vêem-se os telejornais: declarações da Intersindical (CGTP), manifestações de trabalhadores, entrevistas aos porta-vozes dos grupos parlamentares, professores em luta, greve dos CTT, inconstitucionalidades, luta dos trabalhadores dos Estaleiros de Viana, deputados nos piquetes de greve, inquérito aos swaps, Fenprof, reacções do governo, pressões sobre o Constitucional, reacção dos partidos, protestos no Parlamento, greve dos transportes, comissões de inquérito, e assim por diante, hora a hora, dia a dia, semana a semana. As mesmas caras, as mesmas figuras, as mesmas atitudes, os mesmos figurões, o mesmo jornalismo, sempre, sempre a falarem em nome do Povo!...
Ironicamente, o mesmo Povo que, em eleições, sempre vem recusando tal representação.
Título e Texto: Pinho Cardão, 4R – Quarta República, 30-11-2013

Abduzido vende apartamento em Vila Valqueire


Motivo da venda: Recorrentes abduções alienígenas. Depois de ser abduzido 13 vezes, descobri que o Valqueire por ter um solo rico em silício reflete muita energia do campo magnético terrestre o que atrai muitas espaçonaves, especialmente dos Vogons que utilizam seres humanos como baterias.

Ponto de Encontro do Contraponto (ao Pensamento Único)

Último texto

José Manuel

Pois é, estou aqui escrevendo de novo.
Não deveria! Mas eu tenho garra, tenho personalidade forte e o sangue flui abundantemente pelas minhas veias. Não me sinto bem sendo mero espectador de uma causa ganha, mal direcionada e por isto, provavelmente perdida, mas também não permito que me usem para nada.

Recentemente postei um pequeno desabafo no blog “Cão que Fuma”, dizendo que estava de saco cheio desta situação chamada acordo, que ora se apresenta e, inclusive, relatei que não mais iria escrever nada sobre o assunto.
O pequeno trecho foi retirado de uma resposta que dei a uma colega, altamente colaboradora com todos nós.

O dia 21 de novembro de 2013, para mim foi o divisor de águas dos meus protestos. O continuar ou parar. Ou ter vergonha dos meus colegas, pelo que fazem a si mesmos, ou não ter.
Ao me retirar da Cinelândia naquela tarde, e a meu ver um local totalmente inadequado para nós da aviação, pois penso que o nosso lugar de protestar é no Santos Dumont, início de nossas vidas laborais na aviação, fui para casa literalmente embaixo da sola dos meus sapatos. 
Cada passo que dava doía mais o meu corpo e a minha alma sendo que as respostas  ao porquê num momento tão importante como agora e num universo enorme de pessoas, eu tinha encontrado exatamente nas 17 pessoas que lá estavam! Por quê?

Foi junto àquele pequeno grupo, ao olhar para os seus semblantes, ao conversar, ao propor umas duas ou três vezes, que tomássemos uma iniciativa mais forte de enfrentamento ao que o governo está fazendo conosco, que compreendi, de uma vez por todas, o quanto seria difícil continuar a lutar por uma causa sem seguidores.
As respostas são as mais variadas, mas eu sei, tenho a certeza, que a principal é o conformismo e o "conforto" de suas idades.

Eu sei que não somos um povo politizado, e que neste momento estamos entregues a um sistema que todo mundo sabe que não vai dar certo. O país se encontra numa situação triste pois gasta-se talvez o triplo do que se arrecada, e mesmo aquilo que entra, sai por caminhos pouquíssimos honestos.

Ainda não! (12)


Ainda não será nesta semana (02 a 06 de dezembro) que o “nosso” processo será julgado. O ministro Barbosa continua avistando-o…



Faz 202 dias!

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Ainda não! (9) 

A novela mais longa

Você quer ser feliz?... Então não se foque na felicidade...

Valdemar Habitzreuter

Paradoxo? Talvez. Mas como a vida, como se diz, não é um 'mar de rosas', e sim antes um 'vale de lágrimas', a felicidade parece sempre distante e fugidia. O importante é saber viver com sabedoria neste vale de lágrimas. E só através da razão é que podemos realizar esta façanha. O mundo é racional, como diria Hegel: "tudo que é real é racional, e o que é racional é real". Vivemos situações reais nesta vida onde precisamos ser racionais para avaliar seus conteúdos. Experimentamos momentos bons como também momentos maus e assim a vida se nos apresenta em seu ritmo alternado de múltiplas facetas.

Geralmente nos lamentamos de que a vida não nos sorri com ares de felicidade, como gostaríamos que sorrisse. Na maioria das vezes culpamos algo ou alguém como empecilho a uma vida feliz. Por isso, a realidade tem de ser vivida racionalmente, e somos aptos a isso. A razão nos faz compreender a vida tanto em seus aspectos benéficos como malévolos. E é a partir daí que podemos agir criteriosamente.

Portanto, racionalmente, não faz sentido procurarmos a felicidade, porque, além de não sabermos o que ela é em sua profundidade, ela não se deixa manipular ao bel-prazer como fim último a ser atingido. O ser humano utiliza-se de múltiplos meios que julga conduzir a ela e que, no entanto, ao final, se frustra ao sentir-se no vazio existencial. Pela razão compreendemos que a felicidade, se ela existe, é uma contingência da vida presente segundo nosso modo de agir. A questão primordial, pois, de nossa vida é saber o que nos motiva quando agimos no mundo onde estamos lançados. Devemos viver motivados para alcançar a felicidade? O grande filósofo Immanuel Kant diria que não seria a proposta adequada.

O xadrez e suas peculiaridades...

Jonathas Filho
Como jogo, sua prática envolve táticas e estratégias para obter-se o famoso xeque-mate. Temos Rei, a Rainha e respectivos vassalos que são o Bispo, a Torre e o Cavalo. Os demais são apenas peões. “E peões são apenas peões, nada mais do que peões e mesmo que em número igual à totalidade dos outros, ali estão para servir na frente de batalha, contra outras peças... os oponentes, diria o nobre Bispo”.


Cada um tem um modo de andar e pensar diferente. Ouso dizer que tem comportamentos diferentes dentro de uma regra. Características à parte, nada impede de, numa licença poética, mostrar um drama que não é ficção, mas realidade pura. Trata-se de um jogo de xadrez no escuro e no silêncio. Confabulam os vassalos, numa tentativa de se criar uma nova situação que agrade um pouco aos peões mas que agrade sobremaneira, ao Rei e à Rainha.

As tratativas são inúmeras e a multiplicidade de assuntos demandam um tempo que até os cronometros se irritam. Expandem o tempo, tornando espaços vazios sem comentários de como pretendem resolver nesse tabuleiro a movimentação dessas outras peças, no caso, os peões.

Relincha o Cavalo mostrando seu ponto de vista mas “murcha as orelhas” ao se ver ostensivamente criticado pelo olhar do Bispo. A Torre balbucia, contorna, respira e entre um ehhh e um ãhnnn, não incorpora nada à estratégia. Os cronômetros tilintam e como já é tarde, deixam tais medidas para a semana que vem... para o bem de todos e felicidade geral do xadrez.

Decida-se ser feliz



Nelson Teixeira 

Sábado: lindo dia para reflexões e decisões.
Existem tantas coisas que buscamos tão longe e que estão tão perto de nós...
Cabe a nós escutar mais o nosso coração e a nossa intuição…
Buscamos três coisas na vida: amor, paz e felicidade.
O paradoxo é que já temos o que procuramos.
Uma vez por ano vamos ao shopping, compramos um lindo presente, escrevemos um cartão e damos a alguém que está em nossa vida: esse presente é para você, com muito amor. Onde está o amor?
No shopping? No presente? Não, no meu coração. Então por que não damos isso o ano inteiro?
O mesmo acontece com a felicidade.
Muitas coisas externas podem me fazer feliz,mas também podem me escravizar.
Felicidade não é uma dependência, é uma decisão.
Decida-se ser feliz!
Lembre-se que o Universo retorna a nosso favor...
Basta que queiramos… e aceitemos...
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-11-2013

Eduardo Nascimento fez mais por Portugal do que toda a diplomacia durante anos


Como o prosaico se transforma em arma
Miguel Castelo Branco
Tive hoje acesso a documentação vária existente no Arquivo Histórico Diplomático, tratando de questões ditas menores da política externa portuguesa no ano de 1967, momento particularmente sensível em que as posições defendidas por Portugal sobre o Ultramar eram objecto de crescente hostilidade por parte da comunidade internacional.

Em Dezembro de 1966, uma moção aprovada pela Comissão de Curadorias da ONU reiterava prévias acusações contra Portugal pelo incumprimento da Carta das Nações Unidas a respeito do direito à autodeterminação dos povos das províncias africanas. Dessa decisão aprovada por maioria, desenvolveu-se na imprensa europeia e norte-americana intensa campanha, acompanhada de actos de protesto, seminários e abaixo-assinados exigindo o corte imediato da assistência militar a Portugal por parte dos restantes membros da OTAN.

Em Março de 1967, informavam as embaixadas portuguesas em Londres, Paris, Bona e Washington que os argumentos portugueses já pouco acolhimento ganhavam junto das chancelarias, posto as opiniões públicas estarem convencidas que Portugal exercia a soberania sobre os povos africanos de forma atrabiliária, ali cometendo atropelos aos direitos humanos, negando a cidadania e praticando a segregação racial. Por todos os meios se tentou esclarecer, por comunicados e conferências de imprensa, que Portugal não era a África do Sul, que em Angola e Moçambique estava em curso uma profunda mudança envolvendo as populações dos territórios. Em vão, pois a imprensa não só boicotava tais iniciativas, como redobrava em ataques e denúncias.

Jefferson, ao menos, não usa a doença para fazer baixa política. Ou: De bandidos e heróis

Reinaldo Azevedo

É evidente que o estado de saúde de Roberto Jefferson inspira cuidados. Não se trata de fazer uma competição com José Genoino para saber quem está mais doente. São males distintos. Essas questões demandam respostas de natureza técnica — são as únicas aceitáveis na esfera da Justiça. Juízes precisam ter parâmetros. Se estamos falando da saúde dos presos, então a voz abalizada é a dos médicos. Por mim, já escrevi aqui, os dois cumpririam prisão domiciliar. Mas eu não sou o juiz de execuções penais; eu posso fazer escolhas — no caso, meramente hipotéticas — sem repercussão nenhuma.

Cumpre destacar, e não tenho simpatia nenhuma por suas escolhas ao longo de sua trajetória política, que Jefferson, no que concerne à saúde, tem um comportamento muito mais digno do que Genoino. Até agora, que eu tenha percebido ao menos, não espetaculariza a própria doença; não a transforma em causa política ou fator de mobilização de simpatizantes. Basta olhar para ele para saber que o tratamento impõe sofrimento e desconforto. As coisas falam por si.

Sem entrar no mérito das motivações — penso apenas nas consequências —, acho que ele deveria ter sido merecedor de alguma compensação da Justiça. Prestou, à sua maneira, um serviço para o Brasil. E não teve, como se nota, nenhum benefício por isso; tampouco continuou a lucrar com as práticas que o levaram à condenação. Por que escrevo isso?

Eu, um excluído


Jacinto Flecha
Como prova de respeito aos meus distintos leitores, declaro desde já que anda muito longe das minhas intenções qualificar qualquer um deles como excluído. Você mesmo, caro leitor, talvez já tenha derramado doloridas lágrimas ante o drama dos excluídos, pranteados sinfonicamente pela ONGosfera socialista. Quanto a mim, estou à procura de quem queira lacrimejar no meu quintal pelo motivo oposto, pois o que não consigo é ser incluído nos excluídos.

Antes de explicar minha desdita, vamos dar juntos uma olhadinha nessas instituições autodenominadas ONGs. Comecemos por lembrar que ONG é uma sigla significando Organização Não Governamental. Se não é governamental, deve-se entender que não pertence ao governo, não é custeada pelo governo nem realiza trabalho da competência do governo, certo? Errado, chapadamente errado.

Primeiramente, porque recebem verbas polpudas do governo (ou seja, de nós contribuintes) a título de incentivos fiscais; outras são cozinhadas em panelas esquerdopatas do governo e dele recebem verbas diretamente, apesar de não serem governamentais. Em segundo lugar, porque algumas entidades rotuladas como ONGs atuam em áreas das quais o governo deveria cuidar, enquanto outras se atribuem atividades que só interessam a quem as exerce. Em terceiro lugar, se elas não pertencem ao governo, mas são subvencionadas pelo dinheiro público, compete obrigatoriamente ao governo fiscalizar o seu uso; e se não fiscaliza, pode ser incriminado, mas não vejo ninguém interessado em interessar-se por cumprir essa obrigação, o que em casos específicos já é crime de conivência. A condição de não governamental tornou-se um salvo-conduto para fugir da fiscalização e prestação de contas, como se fosse uma ação entre amigos.

Assinatura


A culpa não é de António José Seguro

José Manuel Fernandes
O PS sofre do mesmo mal dos seus parceiros europeus: não tem programa alternativo para estes tempos complexos e de escassez relativa.
Será que Portugal pode sair da crise? Em teoria, pode. Se as regras do euro forem outras, nomeadamente se a zona euro ficar com parte da nossa dívida e se o Banco Central Europeu começar a imprimir euros sem limites. Se, ao mesmo tempo, a Europa nos oferecer um Plano Marshall. Se nos deixarem flexibilizar as metas do défice. E, claro, se os alemães desatarem a consumir mais.

Esta listagem não foi imaginada por mim. Resulta da conclusão do longuíssimo artigo que, ao longo de uma semana, dois economistas muito influentes na área socialista – o antigo ministro Manuel Pinho e o possível futuro ministro Manuel Caldeira Cabral – publicaram no Diário de Notícias. Como eles dizem, “se tudo isto acontecer, então, em teoria, é possível”.

Tenho dificuldade em imaginar uma tão clara declaração de impotência. Quase todas as condições que colocam para a salvação de Portugal estão fora do nosso alcance. São apenas desejos, porventura desejos piedosos, mas seguramente irrealistas – sobretudo agora, que conhecemos o acordo de coligação CDU/SPD. Mais ao menos como eu dizer que também sou capaz, “em teoria”, de saltar por cima do Pulo do Lobo, mas desde que a gravidade na zona do Guadiana fosse a mesma da Lua. E o problema não é dizer que se vai lutar por aquele conjunto de objectivos na União Europeia – o problema é fazer depender a solução dos nossos problemas de perdões, subsídios e inflação. É uma posição que sintetiza bem a dificuldade da esquerda em apresentar alternativas viáveis, e mobilizadoras, para os tempos que correm. Não é apenas um problema português.

Com a sinceridade própria de um jornalista, Vicente Jorge Silva ia directo ao problema na entrevista que deu ao jornal i: “a situação é terrível a nível da esquerda”, a tradição onde ele se inscreve, a da social-democracia “acabou por ser asfixiada pelo neoliberalismo”. Ilustrava com exemplos de França, do Reino Unido, de Espanha, de Itália, também da Alemanha. Francisco Assis, com sinceridade, mas com o pudor próprio de quem é também um dirigente político, descreveu essa situação neste jornal como sendo “a tentativa de resistência de um voluntarismo social-democrata escassamente afirmativo”.

O que estas posições permitem perceber é que os problemas do nosso PS não são muito distintos dos problemas dos outros partidos socialistas e sociais-democratas e que António José Seguro é muito menos culpado de cinzentismo do que é costume acusá-lo. Também Hollande é, de certa forma, menos culpado do que se imagina pela desilusão que gerou – boa parte da culpa está nas ilusões que se alimentaram acerca do que poderia representar uma maioria socialista em França. A principal dessas ilusões é a de que a austeridade corresponde apenas a uma escolha política, que deriva de uma valorização moral e que apenas existe para ser “punitiva”. Essa ilusão permite encher todas as “aulas magnas” que se quiser, mas será fatal para as expectativas do país no momento em que houver uma mudança de ciclo político, algo que ocorrerá mais cedo ou mais tarde. Mais: como escrevia Francisco Assis, de nada serve à esquerda “uma esquerda puramente proclamatória, dada a uma certa altivez e escassamente preocupada com o esforço de compreensão da realidade”.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Assunto: Caso AERUS. Os otimistas de plantão que agora postem em seus facebooks ou em seus emails, mensagens correspondentes a esta grave questão

Paulo Resende
A partir de agora não quero saber deste grave problema. Porque sou e somos chamados de pessimistas. Os otimistas de plantão que o façam a partir de agora!
 

É lamentável tudo isto. Promessas e mais promessas que não são cumpridas. Chegamos ao final de mais um ano e continuamos a ter que ter paciência e esperar. E quando ficamos chateados e demonstramos pessimismo ainda nos criticam. A partir de agora quem quiser postar alguma coisa desta senhora sindicalista que o faça. Eu não posto mais nada aqui sobre esta senhora e sobre o grave problema do AERUS/VARIG.

Quem quiser que escreva para o email dela ou vá até o SNA e pergunte o que está acontecendo. Chega de postar coisas do AERUS que mostra a senhora sindicalista e ainda levar a fama de pessimista. Chega!
Estou de saco cheio deste grave problema. Passar muito bem os tais otimistas de plantão. Os senhores e senhoras que façam agora em seus facebooks a postagem sobre o caso AERUS.

VOU CUIDAR DA MINHA SAÚDE PORQUE A MESMA NÃO ESTÁ BEM.
PASSAR MUITO BEM E QUE DEUS AINDA POSSA NOS TIRAR DESTA TERRÍVEL SITUAÇÃO.
SOMENTE ELE PODERÁ NOS TIRAR DESTA TERRÍVEL SITUAÇÃO, PORQUE SE DEPENDER DOS HOMENS E MULHERES QUE NEGOCIAM ALGUMA SOLUÇÃO DEFINITIVA VAMOS ACABAR MORRENDO E NADA SE CONCRETIZANDO.
Título e Texto: Paulo Resende, 29-11-2013

A vez e a hora de o Irã provar a sua sinceridade sobre o que afirma de seu programa nuclear

Um gesto aparente de boa vontade ou mais manobras diplomáticas para ganhar tempo?
 
Francisco Vianna
O Irã convida os inspetores da AIEA da ONU a fiscalizarem o reator nuclear da usina de Arak, onde centenas de centrífugas têm enriquecido urânio a até 20 por cento na produção de tório e plutônio. 
Imagem de satélite desatualizada, de 2004, do reator de água pesada de Arak, no Irã
A Associated Press (AP) informou ontem que, após um período de dois anos em que Teerã afastou os inspetores da AIEA da ONU, o país islâmico está a convidar essa agência nuclear da ONU para visitar e proceder a uma vistoria de um reator ainda inacabado que poderia estar a produzir plutônio suficiente para até duas ogivas nucleares por ano.

O dirigente da AIEA da ONU, o japonês Yukiya Amano, ao anunciar o convite feito na quinta-feira de hoje, disse que a agência vai aceitá-lo e irá visitar as instalações de água pesada no centro da cidade de Arak. O fato ocorre extensivamente às 35 nações que formam o Conselho da AIEA há menos de uma semana depois de um acordo nuclear entre o Irã e G5+1 ter sido assinado.

Amano disse também que sua agência será encarregada de supervisionar o cumprimento do acordo assinado em Genebra no último fim de semana por parte do Irã. O diretor não deu uma data para a AIEA começar a por em prática o seu papel previsto no acordo, mas sugeriu que isso levaria algum tempo, em parte porque sua agência não foi informada com a anterioridade necessária para que se preparasse para a missão. Há motivos para se crer que, enquanto isso não ocorrer, nada mudará na atividade da usina nuclear.

O convite feito para 08 de dezembro não faz parte do acordo assinado com o G5+1, pelo qual o Irã se compromete a congelar seu programa nuclear, durante seis meses, enriquecendo urânio a no máximo 5 por cento, o suficiente para produzir combustível para seus geradores de água pesada, em troca de um alívio limitado das sanções econômicas. Isso tem sido visto pelos analistas especializados como uma mostra de que Teerã esteja começando a cumprir com sua parte nos diferentes compromissos para abrir uma fiscalização irrestrita dos inspetores da AIEA ao seu programa nuclear. O status das instalações de Arak tem sido um dos principais problemas durante as negociações que levaram ao acordo nuclear.

Vista externa parcial do novo reator de água pesada da usina de Arak, no Irã
Mohammad Javad Zarif, Ministro das Relações Exteriores do Irã, declarou na quarta-feira de anteontem que algumas obras em Arak vão continuar e quando o complexo tiver sido concluído poderá produzir plutônio suficiente para ser usado em armas nucleares. Mas, ele insiste em afirmar que “esse não é o objetivo e que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos, para a produção de energia elétrica e para a investigação científica e médica”. O Irã tinha programado a conclusão do complexo de ISIS em Arak para o próximo ano, uma ambição maior que a própria capacidade do país mesmo levando as obras a toque de caixa.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, disse que os comentários de Zarif não constituem uma violação do acordo, embora o Irã efetivamente tenha se comprometido em congelar o avanço das obras de complementação do complexo.

Os instintos mais primitivos de cada um

Alberto José
Hoje foi publicado no jornal O Globo um artigo muito interessante que explica o comportamento de algumas pessoas que se valem da internet para criticar, acusar ou desmoralizar terceiros que, diferentemente do telefone ou do contato pessoal, não têm como revidar ou esclarecer eventual acusação:

 "... nunca na história deste planeta houve algo tão bom para aproximar as pessoas - como a internet, onde todos se encontram e cada um pode mostrar, escondido pelo anonimato o seu pior.
(...)
No pesadelo futurista, a diversidade e a diferença são soterradas pela ignorância e o ódio irracional, que impedem qualquer debate produtivo, assim como os black blocks impedem qualquer manifestação pacífica. (...)
Como Freud explicaria no seu Facebook, os comentários odiosos revelam mais sobre quem comenta do que sobre o odiado! "



Os trechos acima, foram extraídos do artigo O lado escuro da força, de Nelson Motta, e espelham a disposição de certas pessoas que se valem do anonimato (ou não) para sacanear quem escreve com o objetivo de motivar ou orientar os colegas aposentados do Aerus. Essas pessoas são aquelas que, durante o voo, fugindo do trabalho em equipe se "encostavam" e diziam: "a minha parte eu já terminei"!
Título e Texto: Alberto José, Membro em dúvida da AMB, 29-11-2013

Já encheu o saco essa conversa de protetorado


Henrique Monteiro
Não sei se foi Paulo Portas quem começou a conversa, mas hoje em dia tornou-se viral. Cada português que fala sobre Portugal coloca um ar sério e diz que estamos num regime de protetorado.

Sobre isto convém dizer algumas coisas que ficam escondidas.
1) O 'protetorado' foi chamado por nós - o Governo anterior pediu ajuda à troika porque não tinha dinheiro;
2) A troika empresta-nos dinheiro a juros muito mais baixos do que qualquer outra entidade do planeta (depende dos mercados, mas chega a ser menos de metade);
3) A troika tem-nos sugerido reformas que há muito andavam a ser discutidas entre nós, mas ninguém tinha a coragem de as fazer. Mais: a troika serve de desculpa para políticos cobardes proporem medidas que, caso não fossem cobardes, proporiam de qualquer modo.
4) Portugal é livre de romper com a troika a qualquer momento, pelo que o 'protetorado' não nos é imposto, ao contrário do que se diz.

Por isto e por muitos outros argumentos, é errado dizer que Portugal vive sob um 'protetorado'. Portugal é um país soberano (e convém que o número dois do Governo o saiba) com instituições soberanas que decidiu soberanamente aderir a certos organismos supranacionais e pedir ajuda a determinadas organizações internacionais. Em qualquer momento pode mandá-los passear.

Aerus: um drama que não acaba


Rubens de Freitas
A palavra tartaruga deveria ter um acréscimo nos dicionários: lentidão com que o governo federal trata o caso dos aposentados do Aerus.
Há quase quatro meses, a presidente Dilma determinou que fosse encontrada uma solução para o caso Aerus. Será verdade?? Será que realmente isso aconteceu? Eu começo a duvidar. Como uma ordem de uma presidente da República é tratada com tanto desprezo?

Desde que foi dada essa SUPOSTA ordem o caso Aerus foi tratado com o mais absoluto desdém e desprezo pelos subalternos de Dilma. Adiaram e cancelaram reuniões, enviaram funcionários sem poder de decisão para participar, enfim, fizeram de tudo para que o caso não seja resolvido.

Nesta semana chegaram ao máximo do desprezo pela nossa causa. Foi marcada uma reunião com a participação dos ministros da Casa Civil, da AGU e do TCU. Foi criada uma ENORME expectativa. Quem acompanha o chat da Graziella Baggio sabe do que estou falando. Orações, promessas, correntes positivas. Todos estavam cheios de esperança que nesta reunião fosse solucionado definitivamente o nosso drama.
Afinal, participariam ministros com poder de decisão. Pois bem, Graziella traz a triste notícia: participaram da reunião apenas simples funcionários que não possuem qualquer poder de decisão. Existe maior prova de menosprezo a cidadãos brasileiros, aposentados, com idade média de 75 anos?
Com esta atitude do governo fica claro, MUITO claro, que "eles" não querem e não vão resolver o caso Aerus.

Nesta história como fica Dilma Rousseff? Então, quer dizer que ela dá uma ordem que não é cumprida e fica por isso mesmo??

Desemprego desce pelo 8º mês... agora compreende-se melhor!

Tavares Moreira
1. Informação divulgada pelo Eurostat dá hoje conta da descida da taxa de desemprego em Portugal, pelo 8º mês consecutivo, para 15,7% da população activa - desde um máximo de 17,7% em Fevereiro último.

2. Este dado reforça a ideia abordada em post que ontem editei, no qual procurei descortinar uma relação de causa-efeito entre as notícias de melhoria da actividade económica e a multiplicação das iniciativas de Agit-Prop...

3. ... desde o famoso congresso da irritação nacional da Aula Magna (cujos promotores cometeram o equívoco de comparecer sem o traje recomendado, o camuflado) às manifestações de grande agressividade – embora planeadas e controladas, percebe-se bem – de avençados da CGTP em locais públicos cirurgicamente escolhidos, passando por múltiplas manifestações de indignação protagonizadas por grupos profissionais diversificados e aparentemente com escassa ocupação...

4. A perspectiva dantesca das políticas neo-liberais em curso poderem - contra toda a lógica e no mais deplorável desrespeito da axiologia crescimentista - vir a registar algum sucesso, é motivo mais do que suficiente para suscitar um Movimento Nacional para a Permanente Indignação (MN-PI)...

5. ... mobilizando todas as forças patrióticas, democratas de múltiplos calibres, anti-fascistas diplomados ou simples bachareis - exigindo um 2º resgate ou, em alternativa, o abandono da zona Euro... em qualquer dos casos, suspendendo o pagamento da dívida.

Câmara de Lisboa arrasou dezenas de barracas de mendigos e arrumadores de carros


José António Cerejo
Os serviços de limpeza da autarquia, com o apoio da Polícia Municipal, destruíram e despejaram em contentores de lixo, no passado dia 20, cerca de 30 abrigos precários de cidadão romenos que pedem esmola nos cruzamentos da cidade.

Não foi no pino do Verão, nem nos moldes habituais de intervenção dos serviços de ação social do município. Na quarta-feira da semana passada, dia em que a temperatura mínima registada atingiu os 8°, os serviços do Departamento de Higiene Urbana da Câmara de Lisboa, com o apoio de efetivos da Polícia Municipal, deitaram por terra um acampamento precário de ciganos romenos que estava instalado por baixo de um viaduto do Eixo Norte-Sul, entre Sete Rios e Campolide.

A operação foi desencadeada durante a manhã, altura em que as largas dezenas de pessoas que ali estavam alojadas há algumas semanas se encontravam ausentes, espalhadas pela cidade, a mendigar e a arrumar carros. Ao fim da tarde, ao regressarem, os homens e mulheres que ali pernoitavam, cozinhavam e se aqueciam em inúmeras fogueiras visíveis de algumas vias rápidas que envolvem aquela terra de ninguém não encontraram nada.
()
Continua no “Público”, 29-11-2013

Você viu alguém do Bloco de Esquerda se “solidarizando” com esses “mendigos e arrumadores de carros”? Por que será?

Carta a Pacheco Pereira – parte II

Helena Roseta, Mário Soares e Vítor Ramalho
João Miguel Tavares
A hipocrisia tem limites. E o caro Pacheco Pereira, com a idoneidade que o caracteriza, deveria ter olhos para ver isso.

Permita-me então continuar esta carta de choque e algum pavor, caro amigo, companheiro e camarada Pacheco Pereira, após escutar a sua intervenção no encontro da Aula Magna. Nós tínhamos ficado no ponto em que eu defendi que não se pode sair em auxílio da geração nem-nem (nem estuda, nem trabalha) com políticas nim-nim – nem assim, nem assado, nem de qualquer forma compreensível para quem não se deixe seduzir por vendedores da banha da cobra, tipo António José Seguro.

O problema, portanto, não está no “atacar”, mas em saber como nos devemos então “defender”, para nos opormos à troika e ao Governo de uma forma que: a) esteja efectivamente nas nossas mãos; b) não exija a saída do euro; c) não perore sobre haircuts e reestruturações sem ter em conta que 35% da nossa dívida está na mão de investidores domésticos e apenas 22% em mãos estrangeiras (o resto, segundo estimativa do Deutsche Bank, é da troika); d) perceba que, por muito escandalosos que sejam swaps, PPP e trafulhices financeiras, Portugal continuaria escandalosamente falido mesmo que eles não existissem.

O Pacheco Pereira tem sido muito claro na defesa de que, em alturas de urgência e de crise como esta, é necessário escolher o lado da barricada em que se quer estar. Certo. Só que hoje em dia, mais importantes do que as clássicas trincheiras pró-governamental e antigovernamental são as trincheiras dos programas políticos aplicáveis e a dos programas políticos lunáticos – e essas trincheiras, como na guerra, cruzam-se com frequência. Ora, de que me serve saltar todo ufano para a trincheira antigovernamental se depois ao meu lado tenho um combatente por um programa político lunático? Isso só faz sentido numa ocasião: quando se considera que abater o inimigo é mais importante do que escolher o amigo. E sobre isso tenho a dizer o seguinte: olhando para os amigos que Pacheco Pereira tinha sentados ao seu lado na Aula Magna, não admira que pense assim.

"... pois se tal ordem foi dada nem a ela respeitam."

Thomaz Raposo
Observamos com a seriedade do problema a ser tratado que se passaram 15 dias úteis de trabalho e após os levantamentos, que para mim, que conheço seus dados, apenas precisava de uma atualização, não temos ainda definição de reunião que começou a ser postergada desde a última sexta-feira.

Devemos sempre respeitar qualquer trabalho que esteja sendo executado e procuramos desta forma acreditar na estratégia que tenha sido adotada pelo grupo de trabalho hoje montado com base na ação do saudoso e realmente saudoso Dr. Castagna Maia, mesmo porque embora seu resultado nos fosse favorável não tínhamos e não temos acesso jurídico que adviriam das tratativas de um acordo, senão em seu fim, e para isto deveria ocorrer um compromisso político/técnico e formal entre todas as partes.

Compromisso é a palavra que aprendemos na educação recebida de nossos pais, que vincula uma obrigação de uma entidade ou alguém com outro lado definido, para se atingir um objetivo desejado ou estabelecido.
Pelo andar da carruagem é exatamente o que falta por parte do governo que atuando desta forma pratica de forma desrespeitosa a uma população de idosos o famoso “BULLYING”, que da forma como vem sido feita, além dos termos hoje aplicados somemos os informais de judiar e implicar, com mais de vinte mil idosos, a grande maioria com mais de setenta anos, ao deixar vislumbrar um acordo de tempos em tempos e tratar o assunto sem o que qualifico de COMPROMISSO, deixando inclusive de respeitar a própria lei do idoso.

Embora existam leis específicas a serem cumpridas por todos, creio que o executivo e o judiciário se julgam acima de qualquer lei, e somente se utilizam dela quando o efeito os atinge de alguma forma, passando então a fuga por todos os meios de qualquer obrigação real a ser cumprida.

Desabafo

Eu realmente não tenho mais saco para isto. Eu, além de velho, sou adulto e sei muito bem que atitude tomar quando a minha soberania está em jogo.
Se desde agosto já tivesse sido tomada uma ação enérgica, um enfrentamento positivo, como eu venho alertando, certamente nós já teríamos recebido o que é nosso. Para lidar com bandidos e é com isso que estamos lidando, a reação tem que ser de bandido para baixo, e não, como tem sido até agora, com total ausência, abstenção ou o que queiram chamar.
Eu não quero mais compactuar com essa tomada de posição e vou saindo à francesa e nem escrever eu quero mais.
Eu tenho garra, personalidade e tenho que viver a ação. Não gosto de ser mero espectador pois isso está muito aquém das minhas reais possibilidades.
Título e Texto: José Manuel, ex-trabalhador Varig, aposentado AERUS, 29-11-2013
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PT: mentir, conspirar, trair

Reinaldo Azevedo
O PT nem inventou a corrupção nem a inaugurou no Brasil. Mas só o partido ousou, entre nós, transformá-la numa categoria de pensamento e numa teoria do poder. E isso faz a diferença. O partido é caudatário do relativismo moral da esquerda. Na democracia, sua divisa pode ser assim sintetizada: "Aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada, nem a lei". Para ter futuro, é preciso ter memória.

Eliana Tranchesi foi presa em 2005 e em 2009. Em 2008, foi a vez de Celso Pitta, surpreendido em casa, de pijama. Daniel Dantas, no mesmo ano, foi exibido de algemas. Nos três casos, e houve uma penca, equipes de TV acompanhavam os agentes federais. A parceria violava direitos dos acusados. Quem se importava? Lula batia no peito: "Nunca antes na história deste país se prendeu tanto". Era a PF em ritmo de "Os Ricos Também Choram".

Ainda que condenados em última instância, e não eram, o espetáculo teria sido ilegal. Ai de quem ousasse apontar, como fez este escriba (os arquivos existem), o circo fascistoide! Tornava-se alvo da fúria dos "espadachins da reputação alheia", era acusado de defensor de endinheirados. Procurem um só intelectual petista – como se isso existisse... – que tenha escrito uma linha contra os exageros do "Estado repressor". Ao contrário! Fez-se, por exemplo, um quiproquó dos diabos contra a correta 11ª Súmula Vinculante do STF, que disciplinou o uso de algemas. "A direita quer algemar só os pobres!", urravam.

Até que chegou a hora de a trinca de criminosos do PT pagar a pena na Papuda. Aí tudo mudou. O gozo persecutório cedeu à retórica humanista e condoreira. Acusam a truculência de Joaquim Barbosa e a espetacularização das prisões, mas não citam, porque não há, uma só lei que tenha sido violada. Cadê o código, o artigo, o parágrafo, o inciso, a alínea? Não vem nada.

Uma retrospectiva aos sessenta

João Bosco Leal

Com bastante frequência, tenho pensado em tudo o que já vivi e no que ainda posso viver. Vejo que em todos os setores cometi erros e acertos, tropecei, cai e recomecei.
Creio que muitas coisas poderiam ter sido realizadas de outra forma, mas não me arrependo de nenhuma das coisas que e como as fiz, pois se assim não tivesse ocorrido, hoje seria outro, e gosto de quem sou.

Na educação dos filhos certamente fui mais enérgico do que precisaria, mas o resultado foi excelente e, portanto, desse aspecto só me orgulho. Fazendo uma comparação entre como poderia ter tido maior participação e presença em suas vidas, com a ausência ou pouca companhia que lhes fiz – enquanto buscava angariar recursos para proporcionar-lhes um futuro mais seguro -, percebo que esta é uma das coisas que poderia ter sido diferente, mais equilibrada, mas sem essa ausência eles também não seriam o que hoje são.

Conheci milhares de pessoas, mas por falta de novas oportunidades – ou de afinidade -, centenas ficaram somente na apresentação. Outras, com as quais simpatizei, foram reencontradas e de muitas me tornei conhecido, com várias me decepcionei e, de raras, me tornei amigo. 
Vi coisas boas e outras nem tanto. Gostaria de rever algumas, outras de nem ter visto, mas as melhores imagens e lugares dos quais trago as mais belas lembranças, sempre tiveram relação com a natureza, com o que o homem nunca produziu ou ainda sequer tocou.

Apesar de hoje saber que o silêncio jamais comete erros, falei coisas que não devia e, apesar de frequentemente tentar me corrigir, sei que este é um defeito que ainda possuo. Ouvi o que não queria e o que não gostaria de ter ouvido. Palavras agressivas ou sem fundamento foram trocadas milhares de vezes.
Gostei de muitas mulheres, me apaixonei por várias, mas amei raras. Senti paixões por quem não devia, amei quem não me correspondeu, e fui amado sem corresponder, mas todas as mulheres, sem exceção, me proporcionaram momentos de felicidade e delas hoje só guardo boas ou maravilhosas lembranças.

Reuniões e Serial Killers

José Carlos Bolognese
Num país que nunca deixa de nos surpreender, a exceção sempre pode também ser a regra. Serial killers de verdade costumam ser solitários, não enganam suas vítimas e quando se reúnem com elas é para fazer algo que dispensa explicação aqui.

Mas, ei!... estamos no Brasil, e aqui, por incrível que pareça, esses tipos adoram se juntar para produzir nada. Mas um “nada” fatal para certas classes indefesas.


Esperando há mais de sete anos para poder viver do meu trabalho (não vale só quando estava na ativa) e com o oitavo Natal na proa, tudo que temos são reuniões de personagens sinistras que ficariam bem em filmes e séries de TV sanguinolentas, nos papéis de matadores em série – os quase 900 falecidos do Aerus são provas seguras e irrefutáveis de assassinato sistemático... não é, senhores jurados? Também encarnam muito bem o papel de exterminadores – do futuro, não o deles, é claro, mas do que ainda resta da vida de milhares de trabalhadores honestos.

Mas como especialistas, são capazes de exterminar também o passado, à feição de seus ídolos soviéticos, que apagavam de fotos figuras tornadas inconvenientes, com quem eles antes confraternizavam.

Com a maior cara de pau exterminaram também nosso passado de trabalho e poupança previdenciária, não deixando assim sobreviver o elo de dignidade que legitima uma aposentadoria conseguida com trabalho de verdade. Porque o trabalhador de verdade, debaixo de um determinismo sádico, vai perdendo a própria aposentadoria com o passar do tempo. Esses, os das reuniões e outros mais, “passam tempo” em belos empregos e quando se aposentam “caem para cima”, favorecidos por uma espécie de contabilidade criativa aplicada a seus “direitos” previdenciários e inacessível aos mortais comuns.

Ártico se recupera, desmentindo previsões de ambientalistas


Luis Dufaur
A superfície gelada do Ártico atingiu em 21 de agosto de 2013 uma extensão 60% maior do que apresentava na mesma data do ano passado, segundo a NASA. No Polo Norte não há terra debaixo do gelo, o qual forma uma calota de cinco metros de profundidade média. Muito sensível a ligeiras modificações, sua superfície se altera bastante de ano para ano. Existe uma farta documentação científica sobre o ciclo de crescimento e decrescimento da superfície gelada do Ártico. Contudo, o alarmismo ambientalista exagera e suas profecias catastróficas não se confirmam. Por exemplo, seis anos atrás, a BBC inglesa anunciou que o Ártico ficaria sem gelo em 2013. O derretimento total não aconteceu. Vinte iates que tentaram atravessar o Polo Norte “sem gelo” ficaram avariados e estão sendo socorridos pela marinha canadense. A recuperação do gelo no Ártico coincide com o ingresso da Terra numa fase de resfriamento global.
Título e Texto: Luis Dufaur, Agência Boa Imprensa, 29-11-2013

60 anos da EVAER – Mais um saudoso recordar...

Nelson Ribeiro
Hoje, dia 29 de Novembro de 2013, comemoramos os 60 anos de formatura da primeira turma de pilotos formados pela EVAER (Escola VARIG de Aeronáutica).


Quando ingressei na VARIG em 1960, muitos destes "formandos" já exerciam a função de Comandante, uns no C-46, outros no CV-240. Me lembro muito bem, pois comecei no Despacho de Tripulantes e cansei de preencher o formulário para pagamento das diárias, assim como a documentação para entregar ao DAC (Plano de Voo), assinado por eles, antes das decolagens.

Com alguns meses de VARIG, pela primeira vez viajei de avião, na Ponte Aérea SDU/CGH, a bordo da aeronave PP-VDH e nunca me esqueci de que quem comandava o voo, era o Cmte. Flemming. Recordo-me do seu amigo inseparável, pois residiam no mesmo prédio em Copa, o saudoso Cmte. Ricardo, meu abraço a D. Ruth, sua viúva, a quem fui apresentado pessoalmente.
E o nosso querido "turco" Achutti, tirando reserva no SDU, sempre bronqueando com o pagamento das diárias, pois, eu as vezes me atrasava em preenchê-las.

Não posso me esquecer da primeira vez em que viajei para Nova Iorque, num B-707, cujo Comandante era o "véio" Décio, e eu que nunca tinha ido a NYC  fui convidado para almoçarmos juntos os deliciosos "shrimps" na Broadway (a conta cada um pagou a sua).

E os cargueiros C-46, os corujões que vinham de Porto Alegre de madrugada. Por diversas vezes, deparando cedinho com os voos recém-pousados sob o comando do Cmte. Ungaretti. Quando este veio transferido para o Rio de Janeiro, voar o CV-240, trouxe de Porto Alegre um Chevrolet vermelho, lindo. Um dia, a comissária Jocely, numa manobra desastrada, arranhou a "preciosidade" deixando o "Unga" uma fera. Infelizmente, algum tempo depois, esta comissária veio a perder a vida no acidente do PP-VJB.

Cmte. Fedrizi também conheci, pilotando C-46, mas pouco tempo depois deixou a VARIG, pois me parece que foi voar em outra empresa.

Cmte. Pastor, sempre tranquilão, morava na Tijuca, perto do Campo do América, e quantas vezes fui em sua casa convocá-lo para voar, pois naquele tempo, ter telefone, era um luxo, Uma abraço também para D. Maria Lúcia, sua viúva.