terça-feira, 5 de agosto de 2014

Atenção... Preparar para o pouso...

Valdemar Habitzreuter

Pousamos. E há 8 anos que estamos no chão. Em momento algum cogitou-se que teríamos um pouso tão prolongado numa escala intermediária, sem ser o destino final. E está difícil uma nova decolagem. Que forças ocultas nos prendem no chão e nos sinalizam como sendo o fim da viagem? Vamos admitir que é o fim? Seria muito triste isso. O que fazer? É preciso remover estas forças que tentam nos derrubar e dispersar.

Queremos chegar ao nosso destino final, chegar em casa. Mas é preciso arquitetar planos para levantar voo. Isso demanda esforço de toda tripulação. Temos de admitir que os obstáculos que se colocam em nosso caminho são terrivelmente obstrutivos e nos podem fazer dispersar e desanimar. E isto não pode acontecer.

Parece-me que a tripulação está dividida em dois grupos: os do plano I e os do plano II do Aerus (além dos ex-trabalhadores que estavam na ativa quando houve o pouso fatídico e têm direitos trabalhistas).

No plano I encontram-se aqueles que amargam maior desdita, já que seus proventos pelo Aerus são irrisórios e prestes a ter um fim. No plano II a situação é melhor e com previsibilidade de os proventos ainda se estenderem por algum tempo.

Mas convenhamos, somos uma só tripulação. Queremos todos juntos efetuar esta decolagem final e chegar ao porto seguro, no nosso caso, ao aeroporto do início do vôo – ao lar benfazejo do Aerus.

É possível isso? É claro que é. Somos idosos, mas não sem vitalidade ainda. Juntos nossas forças formarão um redemoinho engolindo as forças demoníacas, seja as petistas anti-protetoras dos idosos, seja as nossas próprias que nos querem dispersar, ou seja, as forças do desânimo que nos prostram em lamúrias pelo que está acontecendo.

Seria bom não identificar-nos por grupos antagônicos (plano I, plano II), mas um único grupo que procura o mesmo objetivo: levantar voo e chegar ao destino. Não se faz oportuno deixar o lastro mais pesado àqueles que mais necessitam de um desfecho feliz (plano I). Também os mais favorecidos (plano II) devem se empenhar para que seja possível esta decolagem.

A união que outrora nos fez decolar e pousar com segurança, cada qual com suas tarefas específicas, faz-se agora mais que oportuna, faz-se necessária; diria que é uma exigência frente ao poder despótico do governo que quer impedir esta decolagem para que se realize nosso voo seguro de céu de brigadeiro – o gozo de nossa aposentadoria.

Felizmente, já notamos nestes últimos dias uma movimentação para que esta união se realize. APRUS, APVAR, AMVVAR, ACVAR, AERUS já sentirama necessidade de somar esforços e caminhar juntos. Com certeza, nestas associações haverá pessoas de destaque para contribuir nesta luta por nosso direito de voar novamente: advogados, economistas e outros tantos esclarecidos para os embates nas soluções de problemas. (Sem esquecer os profícuos textos de colegas incentivando a todos para não esmorecer na luta - não cito nomes para não pecar de esquecer alguém).

Portanto, meus amigos velhinhos e velhinhas do Aerus, estou convicto que a esperança estará viva como nunca se lutarmos unidos, e em qualquer momento poderemos escutar a voz imperativa da cabine de comando: ATENÇÃO... PREPARAR PARA A DECOLAGEM...

E o pouso final nos dará a satisfação de termos lutado com valentia e estarmos de volta ao doce lar...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 05-08-2014

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