Valdemar Habitzreuter
Não resta dúvida que o PT
alimenta o divisionismo da sociedade brasileira. Seu pseudo socialismo
transforma-se numa luta de classes entre pobres e ricos, num confronto entre
norte e sul, numa aposta de vitória de um indistinguível modelo de regime para
o Brasil (um tupiniquismo bolivariano?) sobre a normalidade constitucional que
vivíamos antes de o PT chegar ao poder.
É grave a situação. Os doze
anos em que o PT está no poder sinalizam um afastamento dos ideais democráticos
e um crescendum de divergências de vozes surgindo no seio da sociedade
brasileira.
Os brasileiros estão
divididos. Irmãos contra irmãos. A inimizade está aos poucos envenenando o
tecido social brasileiro. E a causa se encontra na estapafúrdia e tola
ideologia petista, voltada a uma revolução sem visão política autêntica e sem
nexo, com sua bandeira da igualdade social, mas com método espúrio e
desagregador.
As últimas eleições
presidenciais deram o alerta da gravidade do problema. Os ânimos estão
acirrados. A população está dividida entre voltar à normalidade democrática ou
entregar-se à radicalidade socialista proposta pelo PT.
Os quatro anos de governo pela
frente de Dilma nos darão o rumo dessa desavença. Caso não consiga governar
para todos os brasileiros e persistir na ignomínia de um Brasil diferente de
sua vocação democrática, então o futuro será negro e uma nuvem de intolerância
pairará sobre o cenário político brasileiro.
Dilma, em seu discurso logo
após a vitória nas eleições, pregou a união. Mas como? se, em toda sua campanha
e nos quatro anos no poder, fez justamente o contrário? Será apenas um
sofismático palavreado de jogo político para conter os ânimos revoltosos de 50
milhões de brasileiros que contestam os rumos que estão sendo desenhados para o
Brasil pelo PT?
Dificilmente teremos, a curto
prazo, uma vivência harmoniosa entre as forças políticas que se digladiaram
mortalmente durante a campanha eleitoral. Se a agonia da economia piorar; se a
inflação ressurgir com força e fora de controle; se a reforma política não
acontecer; se as exigências por mudanças manifestadas nas ruas no ano passado
não serem consideradas e implementadas, então o caos se instalará. E isto é bem
previsível, tomando-se em conta o fraco desempenho de Dilma nos quatro anos de
seu governo.
Desde já, uma atitude
característica de Dilma continua inarredável, sua determinação de desconstruir
as críticas de seus oponentes com mentiras e falsas acusações. (Vide o que
aconteceu com Marina e Aécio).
Assim, já convocou seu staff
governamental, seus ministros, a fazer frente às denúncias de corrupção da
Petrobras, em que ela e Lula são acusados como sabedores do esquema de
corrupção, para que empreguem todas as forças na desconstrucão do corpo de
denúncias de Youssef e Paulo Roberto, pivôs do escândalo Petrobras e, agora,
com a delação premiada, estão dispostos a soltar o verbo.
E não só isso. Dilma está
montando a equipe de juízes ministros do STF, indicando aqueles simpatizantes
ao PT. Dessa forma haverá uma desconstrucão avassaladora das forças que
questionam a probidade administrativa da presidente. Haja vista a desconstrucão
do poder da mídia que pretende efetuar, nesta sua intenção de levar à Justiça a
revista Veja.
O horizonte político harmônico
ainda não se deixou entrever na atitude da presidente. Esperemos os
acontecimentos a partir de 2015, se Dilma realmente vai encetar as mudanças que
prometeu ou apenas fica no discurso.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 2-11-2014
Relacionados:
Foi de uma ingenuidade épica, achar que se retiraria o pt do poder pelo voto.
ResponderExcluirÉ só olhar cuidadosamente o mapa do aparelhamento e ver quem foi colocado como chefão do TSE. É cristalino como água.
Agora, como se diz na gíria, " Tá contigo povo ", porque a coisa vai ficar séria, mas não pela revolta do povo, não se enganem
Só há duas hipóteses de tirá-los do poder:
Eles mesmo se tiram pela incompetência ou..........o que está difícil de acreditar pelas reações zero esboçadas até ao momento.
Eu não sou nem mago, nem estudei com o David Copperfiled, mas sei exatamente o que vai acontecer.
Quem vai ?
José Manuel