domingo, 9 de agosto de 2015

Escondendo-se qual avestruz, a cabeça na areia...


Valdemar Habitzreuter
Quando se nada em sucesso a exposição pública é uma atração marcante de governantes e políticos. Ufanam-se de seus feitos e querem que o povo os aplauda. Nada melhor, pois, do que vir a público e proclamar suas façanhas e derreter-se em vaidades. Não querem perder a fidelidade de seus seguidores.

Mas, a situação política caótica atual faz com que figuras importantes envergonham-se de seus (de)feitos e preferem o isolamento para, ao invés de aplausos, não se sujeitarem a vaias. É o caso de nossa ‘presidenta’ que se diz legitimada pelo voto. Legitimada sim, mas daí deduzir-se que tem capacidade para presidir o país são outros quinhentos.

É notório que Dilma sente-se abandonada pela incapacidade de impor o mínimo de liderança para que seu governo flua, envolva seus ministros e partidos aliados para uma saída das crises política e econômica. A sensação que se tem é que ninguém quer se envolver ou assumir o pecado original da farsa que foi seu primeiro mandato cuja conta a pagar veio à tona agora neste seu segundo mandato. Ela ainda não percebeu que está sendo fritada, tanto pelos seus ministros como pelos partidos aliados (principalmente esses).

O PMDB está se movimentando nos bastidores para unificar o partido em torno de Miguel Temer numa eventual renúncia ou impeachment da ‘presidenta’. Quase que se aposta numa dessas duas hipóteses. Dificilmente vislumbra-se que Dilma possa chegar ao fim de seu mandato, embora, legítimo, mas que se mostra frustrante para 71% da população.

Enquanto isso, a presidenta foge de compromissos públicos, a não ser em locais previamente estudados – algum reduto eleitoral seu ainda fanático – e proferir bravatas, fingindo estar no controle da crise que se agrava dia após dia.

A verdade é outra, ressente-se cada vez mais com as notícias e pesquisas veiculadas do governo péssimo que está exercendo, a ponto de se alienar e a deixar de ler os jornais e revistas, aos quais acusa de conspiração e falsidade na veiculação da gravidade das crises política e econômica, com o único objetivo de desestabilizá-la. Infelizmente não admite os fatos, não quer ver e acreditar na situação caótica a que o país está mergulhado, prefere, qual avestruz, enfiar a cabeça na areia e fazer de conta que tudo não passa de armação da oposição.

Seria grandioso o gesto se reconhecesse sua fragilidade política e viesse a público e proferisse: “Renuncio ao mandato que me foi outorgado legitimamente pelo voto popular, mas pela conjuntura atual, difícil de exercer”. Talvez com esse gesto de humildade salve o Brasil de uma falência total...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 9-8-2015


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Um comentário:

  1. Sinceramente acho muito difícil que ela venha a tomar esse tipo de decisão
    Ela faz o gênero guerrilheira irresponsável e está querendo cutucar quem a manteve presa
    A sua última atitude esta semana de convocar o Mst versão feminino, o próprio Mst e a Une, deixa muito claro onde ela quer chegar. Ela quer confronto
    O perigo está no ar e vamos ver como a massa se comporta diante disto. Não estou gostando nada do que pode acontecer no dia 16 e acho bom que as forças armadas estejam prontas porque só a polícia não vai dar conta. Espero estar enganado
    José Manuel

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