Valdemar Habitzreuter
Quando se nada em sucesso a
exposição pública é uma atração marcante de governantes e políticos. Ufanam-se
de seus feitos e querem que o povo os aplauda. Nada melhor, pois, do que vir a
público e proclamar suas façanhas e derreter-se em vaidades. Não querem perder
a fidelidade de seus seguidores.
Mas, a situação política
caótica atual faz com que figuras importantes envergonham-se de seus (de)feitos
e preferem o isolamento para, ao invés de aplausos, não se sujeitarem a vaias.
É o caso de nossa ‘presidenta’ que se diz legitimada pelo voto. Legitimada sim,
mas daí deduzir-se que tem capacidade para presidir o país são outros
quinhentos.
É notório que Dilma sente-se
abandonada pela incapacidade de impor o mínimo de liderança para que seu
governo flua, envolva seus ministros e partidos aliados para uma saída das
crises política e econômica. A sensação que se tem é que ninguém quer se
envolver ou assumir o pecado original da farsa que foi seu primeiro mandato
cuja conta a pagar veio à tona agora neste seu segundo mandato. Ela ainda não
percebeu que está sendo fritada, tanto pelos seus ministros como pelos partidos
aliados (principalmente esses).
O PMDB está se movimentando
nos bastidores para unificar o partido em torno de Miguel Temer numa eventual
renúncia ou impeachment da ‘presidenta’. Quase que se aposta numa dessas duas
hipóteses. Dificilmente vislumbra-se que Dilma possa chegar ao fim de seu
mandato, embora, legítimo, mas que se mostra frustrante para 71% da população.
Enquanto isso, a presidenta foge
de compromissos públicos, a não ser em locais previamente estudados – algum
reduto eleitoral seu ainda fanático – e proferir bravatas, fingindo estar no
controle da crise que se agrava dia após dia.
A verdade é outra, ressente-se
cada vez mais com as notícias e pesquisas veiculadas do governo péssimo que
está exercendo, a ponto de se alienar e a deixar de ler os jornais e revistas,
aos quais acusa de conspiração e falsidade na veiculação da gravidade das
crises política e econômica, com o único objetivo de desestabilizá-la.
Infelizmente não admite os fatos, não quer ver e acreditar na situação caótica
a que o país está mergulhado, prefere, qual avestruz, enfiar a cabeça na areia
e fazer de conta que tudo não passa de armação da oposição.
Seria grandioso o gesto se
reconhecesse sua fragilidade política e viesse a público e proferisse:
“Renuncio ao mandato que me foi outorgado legitimamente pelo voto popular, mas
pela conjuntura atual, difícil de exercer”. Talvez com esse gesto de humildade
salve o Brasil de uma falência total...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 9-8-2015
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Sinceramente acho muito difícil que ela venha a tomar esse tipo de decisão
ResponderExcluirEla faz o gênero guerrilheira irresponsável e está querendo cutucar quem a manteve presa
A sua última atitude esta semana de convocar o Mst versão feminino, o próprio Mst e a Une, deixa muito claro onde ela quer chegar. Ela quer confronto
O perigo está no ar e vamos ver como a massa se comporta diante disto. Não estou gostando nada do que pode acontecer no dia 16 e acho bom que as forças armadas estejam prontas porque só a polícia não vai dar conta. Espero estar enganado
José Manuel