quinta-feira, 22 de setembro de 2016

[Minha Pátria é a Língua Portuguesa] Antropônimos?

Compreendem amplamente os nomes de pessoas. São muito variadas as fontes históricas dos nomes próprios.

Em algumas sociedades antigas acreditava-se que, ao escolher o nome de uma criança, seus pais ajudavam a definir sua personalidade e a traçar seu destino: Beatriz (a que traz felicidade), Celina (filha do céu), Ricardo (chefe poderoso), Helena (tocha, luz), Lúcio (provido de luz), Hortênsia (a que cultiva jardins).

Muitos nomes são tomados, por derivação imprópria, às designações de flores e plantas: Dália, Margarida, Magnólia.

Os sobrenomes são, nas sociedades em geral, uma designação de família. Nesse domínio é comum a utilização, por derivação imprópria, de nomes de animais e de árvores: Coelho, Lobo, Laranjeira, Carvalho. Têm especial papel nesse vínculo familiar os patrônimos, que derivam do nome de algum ancestral: Fernandes (de Fernando), Álvares (de Álvaro), Nunes (de Nuno).

No português do Brasil há alguns nomes próprios de origem indígena: Bartira, Cauê, Iraci, Jurandir.

A imigração, o cinema e a mídia – especialmente as novelas de televisão – também são meios de ingresso de muitos antropônimos. Seguramente se deve à popularidade do pop star americano Michael Jackson a origem do nome próprio Maicon.

Também tipicamente brasileira é a tendência à criação de antropônimos por meio de amálgama ou aglutinação dos nomes de outras pessoas da família: Vanílson (Vânia e Nílson), Gildésio (Gilda e Edésio), Francineide (Francisco e Neide). 
José Carlos de Azeredo, GRAMÁTICA HOUAISS da Língua Portuguesa.

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