quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Corrida ao ouro: Mina no Alentejo produzirá 175 milhões de euros em cinco anos


Luís Francisco
O Colt Resources espera extrair 140 mil onças de ouro (cerca de quatro mil quilos) nos primeiros cinco anos de exploração da nova concessão de Montemor-o-Novo e Évora, cujas reservas estão estimadas, na visão mais optimista, em cerca de 12 milhões de onças.
A preço de mercado, o minério retirado nesta fase de arranque vale perto de 175 milhões de euros – o Estado receberá 4% do volume de produção da mina após o terceiro ano de exploração.
O contrato da concessão experimental foi hoje (02-11) assinado em Lisboa, no Ministério da Economia e do Emprego, e a produção deverá começar dentro de três anos. Jorge Valente, da Colt Resources, adiantou mais alguns números: a empresa vai investir 53 milhões de euros e criar cerca de 150 empregos directos. Apesar de a zona já reconhecida (cerca de 6km) apresentar números animadores, ela representa apenas um quinto da área que se espera poder vir a ser explorada com sucesso.
A cerimónia realizada no salão nobre do ministério serviu ainda para firmar outros nove contratos, oito deles de prospecção e pesquisa, com várias empresas. Ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, cobre, volfrâmio, ferro, estanho, lítio, tungsténio, antimónio, arsénio, berílio, bismuto são alguns dos minérios em que as diversas empresas antecipam potencial de negócio no território português. “Este é um sector cada vez mais vital para o país”, frisou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. “O sector mineiro irá ajudar Portugal a prosperar e permitirá desenvolver o interior do país [onde se situam as reservas].”
Portugal tem potencial para se tornar, à escala europeia, um actor de referência no sector mineiro, salientou Acúrcio Parra, da PANNN, empresa que assinou dois contratos de prospecção e pesquisa (para as áreas de Argemela e Fundão).
O Governo promete estar atento e o secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, garante que a intenção é “renegociar, quando possível, as contrapartidas que o Estado recebe das concessionárias”.
Luís Francisco, Público, 02-03-2011


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