quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Medidas de austeridade - Vivemos das aparências durante anos

Hugo Oliveira
Portugal viveu durante anos a ilusão de poder gastar mais do que tinha e produzia. Nessa ordem, várias foram as famílias que, para mostrarem poder de compra ao vizinho, viveram acima das suas possibilidades, aproveitando o recurso ao crédito. Ou seja, estivemos longos anos a viver de aparências e agora que a corda começa a apertar vemo-nos de pés e mãos atados, sufocados por medidas de austeridade que todos dizem injustas. Em todos estes anos, houve quem agradecesse este despesismo, lucrando com isso e fazendo valer os seus interesses, nomeadamente bancos e entidades credoras. A tudo isto acresce que, apesar das sucessivas mudanças de governos, estes maus hábitos do povo foram transportados para a classe política (...). Somos reféns dos erros do passado, mas o mais importante será aprender com a lição, e não que nos comparemos a gregos ou irlandeses ou a quaisquer outros. Os nossos problemas são bem reais e há que os enfrentar com lucidez, e não com a continuação de privilégios desnecessários ou injustificados, pois um verdadeiro estado social deve apoiar sim quem quer trabalhar ou apoiar aqueles que, não querendo trabalhar, ainda recebem um dito subsídio de inserção quando se sabe que apenas se está a alimentar mais uma geração de irresponsáveis e mandriões? (...)

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