Cesar Maia
1. O IBGE divulgou a
taxa de desemprego no Brasil e afirmou que é a menor da história em meses de
agosto: 5,3%. O conceito do IBGE é contar apenas as pessoas que procuram
emprego. Em outros países, o desemprego inclui o subemprego medido por ganhos
menores que o mínimo e trabalho apenas parcial.
2. O IBGE, nas tabelas completas que anexa à pesquisa que divulga,
oferece todos os dados. Usemos o RIO como exemplo. População Economicamente
Ativa (PEA): 5.741.000. Pessoas ocupadas: 5.470.000. Pessoas Desocupadas:
271.000, ou 4,7%. Um valor quase residual.
3. Mas vejamos os números do RIO no critério comparável com os
países europeus ou os EUA. O IBGE informa que no RIO, 889 mil pessoas ganham
por hora menos do que o salário mínimo por hora. Ou seja: estão subocupadas do
ponto de vista da renda, num emprego para lá de precário. O IBGE informa que 60
mil estão subocupadas, pois trabalham poucas horas por mês.
4. Somando ambas, encontramos o total de emprego precário ou
subemprego, que nos países desenvolvidos é considerado desemprego. São 949 mil
pessoas. Agora, somemos estas aos declaradamente desempregados, ou 271.000. São
1.220 mil.
5. Agora, refaçamos o cálculo em relação à População Economicamente
Ativa (PEA) de 5.741.000 pessoas no RIO. A verdadeira taxa de Desemprego de
fato é de 21,2%. Um número abissal, espanhol, um espanto. É essa a taxa de
verdade de desemprego no Rio. Ou consideramos empregados os que vegetam?
6. Faça a mesma conta para cada Região Metropolitana e para o
Brasil e fique igualmente perplexo. Para o Brasil são mais que esses 21,2% do
RIO.
Título e Texto: Ex-Blog do Cesar Maia, 21-9-2012
Para o governo,além de empregados eles também são da "CLASSE MÉDIA".
ResponderExcluirBem lembrado!
ResponderExcluirClasse média por decreto