Sim, fomos muito diferentes
numa época.
Uns usavam uniformes,
outros, ternos e gravatas, outros usavam “macacões”, outros
trajavam o casual simples, outros usavam aventais, outros usavam
jalecos...
Uns trabalhavam como tripulantes,
outros trabalhavam nos check ins
dos aeroportos, outros na manutenção de aeronaves, outros na Carga, outros nos escritórios,
outros no Catering, outros nas lojas de passagens...
Uns foram estagiários, outros
Juniores, outros Seniors, outros Masters; dentro dos mais diversos cargos
ou funções.
Uns foram Vigias, Seguranças,
Atendentes, Médicos, Recepcionistas, Enfermeiros, Mecânicos,
Escriturários, Comandantes, Cozinheiros, Contabilistas, Auxiliares disso
ou daquilo, Porteiros, Comissários e Comissárias, Agentes de Cerimoniais, Pilotos,
Engenheiros Aeronáuticos, Diretores, Gerentes, Superintendentes, Office-boys,
Advogados, Técnicos nas mais diversas áreas, Publicitários, Auditores,
Vice-Presidentes, Flight Engeniers, Tesoureiros, Secretárias,
Motoristas e até Presidentes...
A imensa maioria era
constituída de brasileiros. Mas uns eram franceses, outros eram ingleses,
outros eram gregos, outros eram japoneses, outros eram portugueses,
outros eram alemães, outros eram italianos... enfim, um sem número de
nacionalidades, mas todos eram VARIGUIANOS e brasileiros de
coração.
Neste universo de
atividades diferentes - de gente diferente mas, com importância vital
-todos juntos, integravam uma empresa cuja personalidade
traduzia o encadeamento dessas diferenças como UNIÃO
que girava em torno de um ideal comum. Estes corações
e mentes brilhantes formaram durante oito décadas a
IMAGEM DE ORGULHO NACIONAL que, com um altíssimo padrão de
qualidade, encantou aqui e os quatro cantos do mundo.
Sim, éramos diferentes,
mas, mesmo assim, éramos todos UNIDOS POR ESSE ORGULHO!!!
Entretanto agora, órfãos dessa
imagem, SOMOS TODOS IGUAIS EM INFORTÚNIO... e por mais paradoxal
que possa parecer, ESTAMOS DESUNIDOS!!!
Quais as razões da nossa
desintegração, dessa nossa desunião?
Será que algum psicólogo,
sociólogo ou antropólogo tem condição de responder com a profundidade que o
assunto requer?
A pergunta cabível nesse
momento é: “Afinal, onde estão as mentes brilhantes?”
Ouso responder que o “corpo”
está morto, vilmente “assassinado”... todavia, o espírito está
vivo!!! E esse espírito SOMOS NÓS!!!
Lembro que para cada momento
que fechamos os olhos e os ouvidos para essa “divisão”,
perdemos um tempo essencial de “abrir a boca”... de seguir o
pensamento revoltado e levar os dedos ao teclado ou a um papel para
escrever aos jornais, Tvs, blogs e redes sociais para
mostrar como estamos sendo afligidos pelo desrespeito e descaso. Não
estamos pedindo benesses ou regalias; exigimos o que nos é de direito pois
pagamos para isso.
Temos de nos integrar uns
aos outros causando a união que nos levará à
luminosidade de uma qualidade de vida a ser vivida
nesse restante de tempo terreno que ainda temos, senão permaneceremos no
escuro breu do menosprezo aos idosos até o embarque final.
Mesmo que não compareçam às
manifestações e não queiram ir às ruas mostrar o desgosto e a repugnância com
tudo isso que está acontecendo com os Participantes do AERUS, é
muito importante que as brilhantes mentes já mencionadas, se
apresentem escrevendo, demonstrando a indignidade que estamos sofrendo.
Há poucos dias recebi um informe da AMVVAR, comentando sobre a reunião
com outras Associações e o Aerus, em que demonstram ipsis
litteris que não ficarão “in albis” (trad.: em branco),
trabalhando numa proposta factível a ser apresentada ao Governo e também
expressaram veemência e consonância quando disseram que “Há um
consenso de união imprescindível e incondicional entre todos para a
consecução do objetivo principal”.
Apresento o meu aplauso com
relação ao informe mas, julgo que urge que passemos da teoria à prática o mais
imediatamente possível, para não corrermos o risco de rever novamente
formulada a pergunta acima em negrito.
O título desse texto é uma
reverência ao Marechal Rondon que com atitudes positivistas, progressistas e
pacifistas, elaborou e executou um projeto de comunicação através
de linhas telegráficas “Unindo a Nação do Oiapoque ao
Chuí”, retratando e fazendo jus ao termo por ele mesmo criado.
Título e Texto: Jonathas Filho, ex-Comissário Varig, aposentado
Aerus, 04-08-2014
Eu sei onde estão as mentes brilhantes da época.
ResponderExcluirEstão aproveitando o dinheirinho de suas corrupções dentro da empresa, e as mentes pequenas continuam puxando o saco delas.
Pergunte onde andam àqueles que venderam aviões quitados e compraram os famosos MD-11 na forma de leasing em ienes japoneses com comissões supra faturadas?
Na certa independente do AERUS ou ainda portabilizaram suas pensões antes da vaca ir para o brejo.
Eu reclamo sempre que posso, sem ser brilhante e sem puxar o saco dos que sei, sempre foram corruptos.
Havia corrupção até na escolha do tal colégio concordante.
Fundos de pensões dirigidos pelas patrocinadoras todos quebraram, o AERUS sempre foi a VARIG e a VARIG sempre utilizou o que era seu, nunca foi nosso.
Caro Rochinha, é sempre um prazer "sentir" suas palavras pois, elas tocam profundamente. Claro que concordo com vc e assim sendo, confesso que anseio que você, reparta essa revolta, levando-a em direção às mídias jornalísticas para que muitos tenham conhecimento e veiculem o vil comportamento de uns que prejudicaram maciçamente à todos nós, que pagamos vultosas quantias na vã esperança de uma velhice sustentável. Aquele abraço, Jonathas Filho
ExcluirRetrucando porque sou chato pacas.
ResponderExcluirInfelizmente não dá para revelar nada nas mídias televisivas e jornalísticas.
Fui assinante da "zero hora" por 25 anos, em março cancelei a assinatura. Bem ao modo brasileiro, continuaram me mandando o jornal, e me cobraram o mês de abril, no débito em conta, em maio zerei a conta, e continuaram mandando o jornal.
Em junho me telefonaram dizendo que eu estava em débito, e me mandaram o jornal.
Em julho telefonei e disse que eu não queria mais pela terceira vez.
Aí, veio uma consultora em minha casa.
Expus com veemêêêêência, que o jornal era petista, que seus jornalistas eram petistas, que o jornal não sobreviveria sem as propagandas da Petrobrás, da CEF, do Banco do Brasil, dos correios, com a promessa de nunca denunciar os atos de corrupção.
Perguntei porque nós da Varig e do AERUS não merecemos primeiras páginas?
Porque não defendem os aposentados e os sem saúde?
Porque há mais páginas de futebol que de denúncias políticas?
E por último eu disse que pagaria os débitos somete no Procon.
Aí eu pergunto a todos, porque puxam o saco dos que comeram nossa bunda sem cuspe?
E porque ainda frequentam aquele sindicato falido moralmente?
Pelo mesmo motivo que ainda compram jornais e assistem a globo...
Pelo mesmo motivo que ainda andam agarrados no sacos do chefe...
Pois eu gosto bastante...
ExcluirDo que?
ExcluirDas suas remadas contra o... mainstream
ExcluirEstou com uma situação semelhante só que com uma cia.telefônica, apesar de todos os protocolos anotados confirmarem um cancelamento de serviço há 4 meses. De fato, é remar contra a "corrente" que turbilhona cada dia que passa, a vida do Pindoramense mas, se nós não GRITARMOS quem gritará por nós? Portanto continue aos berros, mostrando a sua indignação. Grande abraço, Jonathas Filho
ExcluirVai ser longo, prolixo e muito chato, mas vamos, ao diálogo.
ResponderExcluirPOSE, essa é a palavra chave dos pelegos.
O pelego sempre será um puxa-saco, isso lhe dá POSE.
há uma música chamada "Pose" dos Engenheiros do Hawai, eis uma estrofe:
É pura pose
...Pois é...
Pós-qualquer coisa
...O pior não é isso...
É pura pose
...É dose...
Posteridade
...E o pior não é isso...
Vamos passear depois do tiroteio
Vamos dançar num cemitério de automóveis
Vamos duvidar de tudo que é certo
Vamos namorar à luz do pólo petroquímico
VAMOS REMAR CONTRA A CORRENTE
Desafinar do coro dos contentes
Vamos ficar acima, velejar no mar de lama
Vamos esquecer o dia da semana.
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Certa vez li um artigo muito bonito, mas com outro paradoxo.
Coloco o nome da autora no final.
Em certa parte ela diz:
- Nadar contra a corrente é extremamente desgastante e inútil.
No início do texto ela escreve:
Quando a palavra é desistir até as mais lindas e formosas rosas choram.
Então, desistir não é uma fácil decisão e se muitos o fazem sem grandes resistências, outros lutam interiormente até que as próprias forças, elas mesmas, estejam fatigadas. O processo é geralmente longo e tudo é pesado e pego em consideração: a imagem-própria, o olhar dos outros, o exemplo para aqueles que esperam de nós bem mais que pessoas que não conseguiram ir adiante.
Mas não adianta dar voltas para no fim chegar ao mesmo lugar.
Digo eu, à favor da corrente anda o preguiçoso, o inútil, o famoso"segue o líder", se o líder cai no precipício ele cai abraçado.
Os pelegos seguem os líderes, não trocam, não retornam, se o endereço está errado, batem à porta.
É difícil encontra desculpas quando erramos sozinhos, mas quando o erro é coletivo encontrar-se-ão vários culpados, menos nós.
Perdoa-me a autora, Letícia Thompson, pelo seu lindo paradoxo, intitulado "nadar contra a corrente", mas é isso que devemos fazer.
Esforço, coragem, cansaço, cobranças, lutas, vitórias, derrotas sem nunca esmorecer.
Fugir da luta é fácil, basta ir a igreja e rezar, afinal velho não quer mais nada da vida que a tal "vida eterna".
Dai me um ponto de apoio e uma alavanca, eu tiro a terra do lugar, já disseram isso, mas parece que alguns esqueceram...
Velejar à favor do vento, é fácil, quero ver ser o mais rápido contra o vento.
boa noite JIM