Carolina Heringer e Marcos Nunes
Imagens de uma câmera de
segurança registraram o tiroteio que terminou com dois mortos, na manhã desta
segunda-feira, dentro da Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro
(Ceasa), em Irajá, na Zona Norte do Rio. É possível ver o momento em os
assaltantes puxam a bolsa de Mariane Santos da Silva, de 24 anos, e tem início
uma troca de tiros entre os criminosos e seguranças. Um homem que está ao lado
da mulher começa a atirar contra os criminosos, que estão na outra calçada,
perto de um carro branco. Mariane, que está de blusa amarela, é baleada, assim
como Antenor da Silva Rios Neto, de 54 anos, que está de branco. Ambos não
resistiram aos ferimentos e morreram.
Depois que a jovem cai no
chão, dois homens, que participaram do tiroteio, buscam abrigo dentro de uma
agência bancária. Mariane era fiscal de caixa da empresa Trembão e estava indo
depositar dinheiro no caixa eletrônico dentro da agência do Bradesco, que fica
na Ceasa, quando foi surpreendida por homens armados. Antenor, que também
trabalhava na empresa, acompanhava a fiscal.A irmã de Mariane, Joyce da Silva,
disse que a vítima ia toda segunda-feira realizar depósito no local e reclamava
das precárias condições de segurança. Segundo Joyce, os seguranças que a
acompanhavam estavam em um Fusca, que também aparece nas imagens.De acordo com
informações da Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso, pelo menos
três seguranças participaram do tiroteio. Nenhum deles é policial. Dois deles
estão presos por porte ilegal de armas não especializado. Ainda segundo
informações da polícia, seis bandidos, que estavam em dois carros, participaram
da troca de tiros.
Uma terceira vítima, ainda não
identificada, foi baleada de raspão. Não há informação sobre seu estado de
saúde. Os suspeitos do crime conseguiram fugir levando a quantia que Mariane
iria depositar. O valor exato que foi roubado não foi divulgado.
O advogado Cesar Augusto, que
defende os interesses da Trembão, empresa atacadista para qual a vítima
trabalhava, disse que os seguranças que participaram do tiroteio não são
funcionários da loja.
- Nossos seguranças não andam
armados. A Mariane era fiscal de caixa e o Antenor era fiscal de salão. Estamos
prestando assistência as duas famílias- disse o advogado.
Pânico
Carros estacionados dentro da
Ceasa estavam com diversas marcas de tiros. Pelo WhatsApp do EXTRA (21
99809-9952 e 21 99644-1263), uma funcionária que trabalha no local há 8 anos, e
pediu para não ser identificada, contou que todos se assustaram com os
disparos. Houve pânico. Ela relatou que os assaltos dentro do estabelecimento
são frequentes. A mulher faz um apelo para que reforcem a segurança na região.
- Na hora do tiroteio, todo
mundo se jogou no chão. Foi desesperador. Foram muitos tiros. Nunca vi algo
desse tipo aqui no Ceasa. Os assaltos são frequentes, acontecem quase todos os
dias. Por isso, faço um apelo para que melhorem a segurança no local - pede a
funcionária.
Título e Texto: Carolina
Heringer e Marcos Nunes, EXTRA,
17-8-2015
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