Valdemar Habitzreuter
A posse de Trump e o início de
seu governo terão a atenção de todo o planeta. Não há precedente na história
dos Estados Unidos de um presidente eleito com tanta controvérsia em torno de
sua personalidade; há um ceticismo quanto a um bom desempenho na presidência e
o temor de representar a grande Besta sublevando a ordem mundial.
Ao que parece, Trump está
ainda atônito de ter vencido as eleições, pois nem mesmo ele acreditava em sua
vitória, pelas discrepâncias, insultos à candidata adversária e misoginia que
se revestiu sua campanha. Entrou na corrida presidencial única e exclusivamente
para desafiar o ‘politicamente correto’ e testou o establishment americano da
tranquilidade democrática. O próprio partido republicano não conseguiu que
moderasse seu discurso feroz, acusador e beligerante, e teve que engolir sua
candidatura vencedora.
Trump jogou com a sorte ante a
provável eleição de Hillary. Para isso armou um discurso populista e descobriu
um veio pulsante de antirracismo, anti-imigração e xenofobismo de grande
parcela da sociedade norte-americana. Assim, venceu as eleições por maioria de
delegados, embora a votação por voto popular tenha favorecido a Hilary.
Agora vem a questão: o que
esperar do homem mais poderoso do mundo? Saberá exercer o poder para promover a
paz mundial ou será o pivô de revoltas ante suas ameaças de retaliar nações com
a única justificativa de estarem ‘sugando’ a economia norte-americana? Terá
competência, por outro lado, para combater o terrorismo sem sacrificar inocentes,
pois seu ódio se estende a toda uma religião – islamismo - que mais cresce no
mundo onde a maioria de seus adeptos é de paz?
E o que dizer da própria
sociedade norte-americana que se dividiu em pró e contra Trump merecer ocupar a
Casa Branca? Os ‘trumpistas’ não querem nem saber, são trompistas querendo
abafar as vozes discordantes das ameaças de Trump com ‘muros’ e deportações. No
ar sons de trompas e trombetas anunciando uma moderna guerra de secessão?
Trump é uma incógnita. Só o
tempo vai nos revelar a eficácia ou não de suas propostas políticas
mirabolantes. Aos primeiros dias de governo já teremos algum vislumbre
direcional da ordem mundial por conta de seu veemente discurso eminentemente
nacionalista e isolacionista sustentado durante a campanha eleitoral... vamos
ver no que vai dar; as borboletas terão que borboletear num novo pedaço, se em
jardim colorido ou em espinheiral... não se sabe.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 18-1-2017
Anteriores:
É mais um aproveitador de ocasião, que sempre foi, agora revestido de um verniz populista. Apostou no cinturão da ferrugem, assim como o doidivanas de Garanhuns apostou no cinturão da miséria no Nordeste.
ResponderExcluirO do sul já foi e vai ter os castigo que merece.
O do norte terá dois caminhos e será forçado a percorrer um deles.
Os dois são lixo da história, sendo que um sempre foi rico e o outro sempre foi miserável.
Não vai demorar muito para sabermos os destinos de ambos.
José Manuel