Cristina Miranda
Enquanto nos distraem com o “apocalipse”
do clima, a verdadeira catástrofe aqui mesmo no nosso
país, soma e segue com uma destruição “ciclônica” como não há memória. O pupilo
de Sócrates, fiel amigo e braço direito, não desiludiu o mestre e com primor
aplicou todo o desgoverno possível para nos tornar na próxima
“Venezuela da Europa”.
Se bem se lembram a primeira
medida desastrosa em 2015 e lesiva para o contribuinte, foi a resolução do
Banif. A compra compulsiva por parte do Santander foi muito bem planeada pelo atual
executivo, que com uma notícia falaciosa, acelerou o declínio do banco. Tudo
isto para justificar a necessidade urgente de atuação, que na verdade escondia
um milionário empréstimo ao Estado, contratações de ex políticos do PS para
chefias do Santander e impedir que entrássemos em 2016 para que a normativa da
UE, que põe os grandes depositantes e acionistas a pagar os prejuízo não
fosse aplicada no Banif, para proteger os amigos envolvidos nesse
banco. Bruxelas que afirmou que “estava disposta a continuar em 2016 qualquer novo plano de reestruturação” nem sequer foi
ouvida.
Depois veio a “CGDgate”. O
vazamento de e-mails confirmavam um acordo de Centeno e Domingues para administradores não declararem rendimentos. Como a união faz a
força, a geringonça impediu uma comissão de inquérito. Lindo! A juntar a isto a
administração cresceu para 19 elementos, aumentou salários aos dirigentes,
fechou centenas de balcões e despediu milhares de trabalhadores pois
claro, para em seguida injetar 6 mil milhões dos contribuintes neste banco
para ele continuar… público.
Na segurança, chegou à
tragédia maior: os fogos mortais em julho 2017 de Pedrógão. Centenas de mortos,
feridos e desalojados. Gente entregue à sua sorte quando o maior fogo de sempre
tudo. Seguiu-se milhões em donativos que foram desviados pela autarquia e pelo
REVITA criado pelo governo. A Proteção Civil carregada de boys que meses
antes tinham assumido os cargos e que muitos deles nem sequer eram da
área, deixaram engolir tudo pelo fogo. Enquanto isso, Costa foi tranquilamente
de férias, mas estava a seguir tudo pelo telefone, disse. Foi quando se
descobriu que o SIRESP não funciona quando faz falta, mas é muito bom e infalível
nas cláusulas contratuais do tempo do Costa como ministro do MAI, para não
assumir responsabilidades e sugar o contribuinte até ao tutano. Como a lição
não foi bem aprendida (os maus alunos são assim) repetiram-se as tragédias com
os grandes fogos de outubro que ceifaram o resto do país até ao pinhal de Leiria,
mas que foram um sucesso porque não morreu gente, afirmou Costa todo
orgulhoso pela proeza. A seguir veio a derrocada anunciada e com
conhecimento do governo – Galamba tinha lá estado meses antes – da estrada de Borba com mais 5 mortes por inércia do Estado.
Na justiça, o afastamento de
Marques Vidal com apoio de Marcelo e um sorteio de um juiz para o Processo
Marquês que se repetiu 4 vezes até dar o resultado pretendido: Ivo Rosas (o
juiz arquivador já deveras conhecido no meio por arquivar tudo). O “insuspeito”
vencedor ainda não parou de minar o processo que envolve Sócrates obrigando o MP a fazer queixa. Portanto, mais um “gate” para juntar à lista.
E por falar em “gate” tivemos
o Galpgate, familygate, golasgate e o mais recente , Tancosgate que não
pára de nos surpreender com um furto a um paiol que acabou em encenação de
recuperação de armamento furtado e com cada vez mais evidências de que o envolvimento
neste caso cabeludo não se limita aos que se demitiram do governo.
Nas finanças e economia,
uma subida de impostos indiretos e criação de outros tantos novos que nos
colocou com a maior carga fiscal de sempre; uma economia que
cresce miseravelmente – apesar das condições conjunturais
favoráveis como há muito não se registava – com os países de leste acima
de nós e uma dívida pública que nunca parou de subir e está já nos 252 mil milhões.
Nos transportes públicos
assistimos à degradação diária com supressões na CP e Soflusa com filas
intermináveis de gente à espera e passes baratos que não servem para nada
porque não há transportes suficientes.
Na saúde tomamos conhecimento
da falta de medicamentos nas farmácias; dos hospitais sem dinheiro para
despesas correntes, com falta de material, de pessoal, de manutenção nos
equipamentos; das listas de espera por consultas que aumentam; das consultas
que se cancelam para obesos; dos cortes nos tratamentos oncológicos. Em suma um
SNS em ruptura.
Tivemos reversões ruinosas: da TAP cujos obscenos
prejuízos voltamos a ser nós contribuintes a ter que os assumir e as 35 horas no
setor público que fez disparar a fatura das horas extras no ministério da saúde atingindo o valor mais elevado de que há registo e a redução
do IVA da restauração que, nem aumentou emprego nem melhorou a oferta.
Vimos ainda a censura nas
plataformas digitais, a manipulação dos órgãos de comunicação social, caos nos
serviços com filas intermináveis nas lojas do cidadão e bateu-se o recorde
de greves de todos os sectores de atividade.
O momento alto foi a
introdução secreta sem debate, sem escrutínio da Ideologia de Género nas
escolas públicas que tal como o nome indica não é uma ciência é uma doutrina
sob a falsa capa da “igualdade de géneros” e a assinatura do Pacto Global das
Migrações que compromete seriamente o futuro da nossa nação.
Nesta brilhante desgovernação
houve ainda lugar a 15 demissões:
1.
Francisco José Ferreira, líder do PS de
Arouca fazia parte do gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil (caso
das golas);
2.
José Artur Neves, secretário de Estado
da Administração Interna (caso das golas);
3.
João Soares ministro da cultura (caso das
bofetadas);
4.
João Wengorovius Meneses, secretário
de Estado da Juventude e Desporto, em “profundo desacordo” com o ministro da
Educação;
5.
Nuno Félix, chefe de gabinete do
secretário de Estado da Juventude e do Desporto (licenciaturas falsas);
6.
Rui Roque, adjunto do primeiro-ministro
para os Assuntos Regionais (licenciaturas falsas);
7.
Manuel Delgado, secretário de Estado
da Saúde (caso Raríssimas);
8.
Rocha Andrade, secretário estado Assuntos
Fiscais (caso Galpgate);
9.
João Vasconcelos secretário estado Indústria
(caso Galpgate);
10.
Jorge Costa Oliveira secretário estado
Internacionalização (caso Galpgate);
11.
Constança Urbano de Sousa ex-ministra
da Administração Interna (incêndios Pedrógão Grande);
12.
Azeredo Lopes, ministro da Defesa (caso
Tancos);
13.
Carlos Martins, pasta do Ambiente (caso
Familygate);
14.
Armindo Alves, adjunto e primo de Armindo
Alves (caso Familygate);
15.
João Ruivo, marido da secretária de Estado
da Cultura com funções na secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional
(caso Familygate).
Não admira, pois, que com tanta coisa às costas o Costa não aguente as dores.
Título e Texto: Cristina
Miranda, Blasfémias,
4-10-2019
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