Redação Diário do Rio
Os bonitos quiosques da praia
de Copacabana, ao serem instalados, poucos anos atrás eram um
orgulho para o bairro. Com suas portas deslizantes em vidro, e jardins muito
bacanas, atraíam olhares. Com o decurso da quarentena causada pela pandemia, a
maioria deles acabou fechando as portas, e agora os frequentadores do bairro
reclamam da situação lastimável em que se encontram.
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Este é um dos vários quiosques
de Copacabana que se transformaram em moradia de moradores de rua e depósito de
lixo. Foto: Facebook/Grupo Copacabana Urgente
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Diversos dos espaços externos
dos quiosques estão ocupados por moradores de rua, que erguem cabanas dentro
dos mesmos, criam animais e fazem suas necessidades no chão ou nos vasos de
plantas.
Uma moradora de Copacabana
chegou a dizer no grupo Copacabana Urgente que tem
regado as plantas de um quiosque em frente à sua casa, para que não sequem,
como tem ocorrido em diversos deles. Outros moradores reclamam. “O odor é
horrível, urina e fezes“, disse a moradora Sônia Jotta, que gosta de correr
no calçadão.
“São famílias de três a cinco
pessoas, habitando nos quiosques e às vezes danificando sua estrutura, além de
espalharem o lixo“, diz Severino Pompeu, porteiro de um edifício no Leme.
Para Adriano Nascimento,
administrador de um edifício na Avenida Atlântica, a situação tem piorado. “No
início, eles hesitaram em invadir as áreas dos quiosques. Mas agora que viram
que não dá nada, estão ocupando tudo. Chegam a armazenar lixo nas escadas que
descem para os banheiros, que aliás, estão em sua maioria interditados desde o
início da quarentena“, diz.
H.S., morador do edifício
Camões, na Avenida Atlântica, mostra um quadro pior ainda: “Vendem e usam
tóxico ali dentro. Já vi um com um maço de notas, e outro pegando um saquinho
com pedrinhas de crack“, atira.
A situação dos quiosques,
segundo moradores, já não era das melhores desde os últimos anos da gestão
Crivella, que permitiu a ocupação do calçadão de Copacabana por camelôs ilegais
que vendem de pão de forma a batidas de cachaça, passeios de barco e
mercadorias falsas de todo o tipo. É uma quantidade enorme de camisas
falsificadas de times de futebol, shorts “Nike” e “Adidas” (aspas propositais),
e contrabando. Pelo menos da venda criminosa de artigos falsificados o calçadão
tem estado livre, durante a pandemia.
Título e Texto: Redação
Diário do Rio, 4-6-2020
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