segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O Público (que vive da caridade da família Azevedo)

Henrique Pereira dos Santos

Fizeram-me chegar uma coisa extraordinária, um curso da Academia Público "A qualidade e rigor a que está habituado, agora em cursos online. O PÚBLICO em parceria com as mais conceituadas instituições de ensino portuguesas, criou a ACADEMIA PÚBLICO", como o Público define a sua academia.

O curso é sobre "O Século XX português, Ponto de vista da história dos quatro regimes políticos" e a conceituada instituição de ensino a que a Academia Público recorre, neste caso, é a Academia do Tinteiro (eu tenho uma certa tendência para a ironia, mas neste caso é mesmo assim), uma coisa da editora Tinta da China, tanto quanto percebi.

Por extenso, e nas próprias palavras: "Este curso debruça‑se sobre o século XX português do ponto de vista da história dos quatro regimes políticos que o atravessaram, da evolução económica do país, das transformações sociais que conheceu, da «aventura das mulheres» na longa luta pelos seus direitos, do processo das mudanças sociais e, finalmente, do pesado lastro deixado pelo passado colonial. Três ideias essenciais perpassam o conjunto da obra: a persistência da desigualdade, o papel central do Estado e das políticas dominantes na produção e reprodução da oligarquização econômica, social e cultural e o peso ideológico do colonialismo enquanto passado e presente".

E quem é o corpo docente deste curso que pretende ser o ponto de vista da história sobre o século XX português?

Fernando Rosas (do Bloco de Esquerda e com um trabalho académico que ninguém reconhece fora das fronteiras de Portugal, para não dizer fora das fronteiras do seu grupo social), Francisco Louçã (do Bloco de Esquerda e cujo trabalho académico no domínio da história é desconhecido, até pelo seu grupo social), João Teixeira Lopes (do Bloco de Esquerda, sociologicamente académico de sociologia, sem trabalho histórico relevante, fora do seu grupo social), Miguel Cardina (do Bloco de Esquerda, historiador, mestre em utopias e doutorado em qualquer coisa), Luís Trindade (companheiro de investigação de Fernando Rosas e colaborador do Esquerda.net, historiador de cenas) e Andreia Peniche (cabeça de lista pelo Bloco e especialista em género).

De uma coisa o Público não pode ser acusado: o jornal bem avisa que os cursos da academia do Público estão em linha com "A qualidade e rigor a que está habituado" no jornal.

Título e Texto: Henrique Pereira dos Santos, Corta-fitas, 5-9-2022
Marcações: JP

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-