Henrique Pereira dos Santos
Fizeram-me chegar uma coisa extraordinária, um curso da Academia Público "A qualidade e rigor a que está habituado, agora em cursos online. O PÚBLICO em parceria com as mais conceituadas instituições de ensino portuguesas, criou a ACADEMIA PÚBLICO", como o Público define a sua academia.
O curso é sobre "O Século
XX português, Ponto de vista da história dos quatro regimes
políticos" e a conceituada instituição de ensino a que a Academia Público
recorre, neste caso, é a Academia do Tinteiro (eu tenho uma certa tendência
para a ironia, mas neste caso é mesmo assim), uma coisa da editora Tinta da
China, tanto quanto percebi.
Por extenso, e nas próprias
palavras: "Este curso debruça‑se sobre o século XX português do ponto de
vista da história dos quatro regimes políticos que o atravessaram, da evolução
económica do país, das transformações sociais que conheceu, da «aventura das
mulheres» na longa luta pelos seus direitos, do processo das mudanças sociais
e, finalmente, do pesado lastro deixado pelo passado colonial. Três ideias
essenciais perpassam o conjunto da obra: a persistência da desigualdade, o
papel central do Estado e das políticas dominantes na produção e reprodução da
oligarquização econômica, social e cultural e o peso ideológico do colonialismo
enquanto passado e presente".
E quem é o corpo docente deste curso que pretende ser o ponto de vista da história sobre o século XX português?
Fernando Rosas (do Bloco de Esquerda e com um trabalho académico que
ninguém reconhece fora das fronteiras de Portugal, para não dizer fora das
fronteiras do seu grupo social), Francisco Louçã (do Bloco
de Esquerda e cujo trabalho académico no domínio da história é
desconhecido, até pelo seu grupo social), João Teixeira Lopes (do Bloco de Esquerda, sociologicamente académico de
sociologia, sem trabalho histórico relevante, fora do seu grupo social), Miguel
Cardina (do Bloco de Esquerda, historiador,
mestre em utopias e doutorado em qualquer coisa), Luís Trindade (companheiro de
investigação de Fernando Rosas e colaborador do Esquerda.net,
historiador de cenas) e Andreia Peniche (cabeça de lista pelo Bloco e especialista em género).
De uma coisa o Público não
pode ser acusado: o jornal bem avisa que os cursos da academia do Público estão
em linha com "A qualidade e rigor a que está
habituado" no jornal.
Marcações: JP
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