A visita de Nicolás Maduro ao Brasil, o carro popular de Lula e a liberação de emendas em troca do apoio do Congresso estão entre os destaques desta edição
No primeiro mandato de Lula, o
governo trocou dinheiro vivo pela aprovação de projetos no Congresso. Nasceu
assim o escândalo do Mensalão, que resultou no despejo de integrantes do
primeiro escalão e na condenação judicial de vários parlamentares.
Neste ano, em minoria no
Congresso e sem apoio para aprovar até mesmo medidas provisórias elementares,
Lula decidiu mudar a tática. Passou a apostar na liberação de emendas
bilionárias. Não foi exatamente uma novidade. O que mudou foi o uso
desavergonhado do esquema de compra e venda.
Para conseguir aprovar a MP
que mantém intactos 37 ministérios, Lula distribuiu de uma vez só a quantia
recorde de R$ 1,7 bilhão em emendas. Todo esse dinheiro — não custa lembrar —
vem dos pagadores de impostos. O governo não é uma entidade lucrativa.
Esse mesmo crônico subdesenvolvimento que anima Lula a torrar fortunas em barganhas parlamentares estimula o presidente a receber com pompa e circunstância o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Na reportagem de capa desta edição, Augusto Nunes descreve a retomada da política externa da canalhice.
Sempre na vanguarda do atraso,
Lula também pretende fabricar no Brasil um “carro popular” — com ajuda estatal,
claro. “O ‘carrinho’ do pobre, como diz Lula e a mídia repete no piloto
automático, é como o voo de avião com passagem ‘baratinha’, o apartamento
popular com ‘terracinho’, e outros prêmios de programa de auditório que ele
passa a vida prometendo ao ‘povo”‘, afirma José Roberto Guzzo. “‘Carro popular’
é como a ‘picanha’: não existe, a não ser no churrasco para os ministros Gilmar
Mendes e Alexandre de Moraes, ou em outros folguedos dessa corte de Luís XV
subdesenvolvida, brega e gulosa que continua a engordar em Brasília com o
trabalho do povo brasileiro.”
Para provar que realmente
estamos numa república bananeira de quinta categoria, Lula faz questão de
nomear o próprio advogado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. A Suprema
Corte, aliás, é o que lhe restou. Na reportagem de Silvio Navarro fica claro
que, sem apoio do Legislativo, resta a Lula apostar na fidelidade da bancada da
toga.
Boa leitura.
Branca Nunes, Diretora de Redação, Revista Oeste, 2-6-2023
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