sexta-feira, 7 de julho de 2023

Passagens clandestinas nos muros da Supervia causam prejuízo gigantesco

Somente o muro da estação do Maracanã consumiu mais de R$ 1 milhão, entre janeiro e julho deste ano, em reparos e reconstruções

Patricia Lima


A concessionária Supervia enfrenta inúmeras dificuldades para manter as composições que transporta diariamente cerca de 350 mil pessoas diariamente em boas condições de funcionamento. Mas não cabe a ela apenas os cuidados com os trens. As estruturas das estações e os muros que isolam e protegem a linhas férreas também são responsabilidades sua. A empresa tem registrado um prejuízo astronômico com a abertura de passagens clandestinas nos muros das estações. A estratégia dos vândalos é acessar os trens, sem pagar a passagem.

De acordo com a companhia, entre janeiro e julho deste ano, o prejuízo foi mais de R$ 1 milhão, sonete para consertar os estragos produzidos no muro da estação Maracanã, na Zona Norte da cidade. Mas a situação se repete por toda a linha férrea. A empresa informa que 2.014,86 mil metros quadrados de muro já tiveram que ser reconstruídos e ou consertados. O valor gasto nas intervenções daria para comprar 1500 passagens por dia, segundo a Supervia. A empresa ressalta que os prejuízos também afetam os bolsos dos contribuintes, além de interferir na qualidade do sistema de transporte.

Apesar de todos os cuidados, os vândalos não recuam em seu afã de driblar a lei e, por tabela, prejudicar quem insiste em ser honesto. Segundo a concessionária, as violações dos muros das vias férreas acontecem mesmo com a presença de câmeras de segurança. Os vândalos arrebentam os muros na cara dura, utilizando os caminhos abertos em plena luz do dia.

As passagens clandestinas não só diminuem a arrecadação das bilheterias, como aumentam os riscos de acidentes e de mortes. Além disso, com muros arrebentados as estações tornam-se rota de fuga de bandidos, sendo que algumas delas são invadidas por traficantes e usuários de drogas.

No caso de danos impostas às composições, como vandalização de janelas e para-brisas, os trens têm que ficar, pelos menos, dois dias fora de circulação para receber os reparos necessários. Menos composições rodando, mais atrasos, cancelamento de viagens e desconforto para os passageiros. Toda a dinheirama gasta com o vandalismo poderia ser aplicada na modernização do sistema e da tecnologia em uso.

Sinais de vandalismo podem ser denunciados pelo 0800 726 9494 ou nas páginas do Twitter e Facebook.

As informações são do jornal O Globo.

Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 7-7-2023

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