[…] continuo sendo produto da
cultura, mas não dessa cultura semanal; sou produto de uma cultura milenar,
pois estou ante a presença de Platão e Aristóteles. Duvidosa e fantasmática é a
presença dos que estão mergulhados nessa cultura semanal.
O único meio de se libertar é
o acesso à alta cultura. Eis o meio de desaculturação: sair desta cultura
limitada, temporal.
Assim como existe um
provincianismo geográfico, em que o sujeito só sabe daquilo que se passa numa
área geográfica pequena (na cidade, no bairro ou na tribo), existe um
provincianismo temporal, atualmente a influência mais poderosa que existe.
É a moda da semana, é a
invenção de ontem estampada nos jornais que se impregna em todas as almas; as
pessoas vivenciam esses valores como algo que estivesse no coração delas desde
o nascimento.
Olavo de Carvalho,
citado por Fausto Zamboni, in “Contra a Escola”, VIDE Editorial, 2016, páginas
180/181
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