sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Portugal vai vender mil imóveis no Brasil

Lisboa, foto: Getty Images
iG
O Rio vai sediar a primeira feira de imóveis de Portugal no exterior. De 6 a 9 de dezembro, empresas do setor vão transferir-se para o centenário Palácio São Clemente – sede do consulado geral português –, na Rua São Clemente, 424, Botafogo. Cerca de mil casas e apartamentos, com valores entre 150 mil e 2 milhões de euros, serão oferecidos em Lisboa e outras localidades nobres, como o Minho, Algarve, Porto, Torres Vedras, Aveiro, Tróia, Sintra, Cascais, Estoril e as praias de Óbidos.

A MIP 2012 – 1ª Mostra do Imobiliário de Portugal pretende estimular o mercado de imóveis no país, afetado duramente pela crise europeia. Representantes do governo português e advogados farão palestra sobre as facilidades da nova legislação, que garantem o visto de residência a investidores qualificados. Após a abertura, do dia 6 em diante, o evento funcionará das 11 as 21h.

A forte recessão econômica obrigou Portugal a adotar medidas que facilitam iniciativas deste tipo. Em outubro, o Governo aprovou no parlamento a concessão de vistos de residência a investidores qualificados, dispostos a aplicar, no mínimo, 500 mil euros, em imóveis no país, em verdadeira ofensiva para atrair milionários brasileiros, chineses, russos e angolanos. Esta lei prevê a concessão de vistos também a estrangeiros que investirem, pelo menos, um milhão de euros no mercado financeiro ou, ainda, um negócio que gere um mínimo de 30 empregos.

Promotor do evento, o brasileiro Arnaldo Grossman, presidente da Consultan, uma das maiores imobiliárias de Portugal, acredita no sucesso da iniciativa devido à atraente qualidade de vida do país e a acentuada queda nos preços em decorrência da depressão econômica por que passa o país e boa parte da Europa.

De vez em quando, o bom senso se lembra do Brasil: juíza mantém "Deus seja louvado" nas notas de real


Reinaldo Azevedo
Pois é…
Às vezes, o bom senso decide dar as caras no Brasil. A expressão “Deus seja louvado” continuará nas notas de real. A sábia decisão é da juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Federal, em São Paulo. Para ela, “a menção à expressão nas cédulas monetárias não parece ser um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença”.
Quem queria banir a expressão é o procurador Jefferson Aparecido Dias. A juíza afirma ainda em sua decisão: “Não foi consultada nenhuma instituição laica ou religiosa não cristã que manifestasse indignação perante as inscrições da cédula, e não há notícia de nenhuma outra representação perante o Ministério Público neste sentido. Entendo este fato relevante na medida em que a alegação de afronta à liberdade religiosa não veio acompanhada de dados concretos, colhidos junto à sociedade, que denotassem um incômodo com a expressão ‘Deus’ no papel-moeda”.
No dia 13 deste mês, escrevi um longo texto a respeito, que reproduzo abaixo.
Volte e meia, tudo indica, o procurador Jefferson Aparecido Dias, do Ministério Público Federal, fica com síndrome de abstinência dos holofotes e decide, então, inventar uma causa para virar notícia. Aprendeu, com a experiência, que dar uns cascudos em Deus — nada menos — ou na fé de mais de 90% dos brasileiros, que são cristãos, rende-lhe bons dividendos. Eventualmente ele pode juntar o combate à religião a alguma outra causa politicamente correta (já chego lá), e aí tem barulho garantido. E, por óbvio, granjeia o apoio de amplos setores da imprensa, que podem até admirar o lulo-petismo, mas acham que religião é mesmo um atraso… Acham legítima a fé num demiurgo mixuruca, mas não em Deus. Entendo. É uma questão de padrão intelectual.
A mais nova e essencial decisão deste senhor, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, de São Paulo, foi entrar com uma ação civil pública para retirar das notas do real a expressão “Deus seja louvado”. É o mesmo rapaz que de mobilizou para caçar e cassar todos os crucifixos de prédios públicos, lembram-se? Também foi ele que tentou, sem sucesso, levar o pastor Silas Malafaia às barras dos tribunais quando este protestou contra o uso de santos católicos em situações homoeróticas numa parada gay. Referindo-se a ações na Justiça, o pastor afirmou que a Igreja Católica deveria “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos organizadores do evento. O contexto deixava claríssimo que se referia a ações na Justiça. O procurador, no entanto, decidiu acusar o religioso de incitamento à violência. Era tal o ridículo da assertiva que a ação foi simplesmente extinta. Eis Jefferson Aparecido Dias! Eu o imagino levando os recortes de jornal para as tias: “Este sou eu…”

Para quem tem consciência

Oswaldo Colombo Filho
Os populistas, corruptores da moral e consciência pública como Lula da Silva pautam-se pela sublevação de classes sociais com o propósito de exercer domínio e fascinação sobre os menos esclarecidos e sobre aqueles que igualmente se nivelam na sordidez de intentos do exercício do domínio de outrem. Alegam sobrevirem de origem humilde, íntegros e sofridos e sempre perseguidos por “zelites”; mais imaginárias ou apropriadamente constituídas por putrefatos exemplos dado por todo e qualquer medíocre déspota que já esteve na face da terra. Suas falanges e ideários subvertem as ordens de valores menos nobres e despertam rançosos sentimentos nos pobres em espírito; e nestes, o rigor da miserabilização de seus caráteres fazem crer que o déspota é a luz de um nobre caminho a ser seguido. Um falso luzeiro a guiá-los.
De suas origens fluem somente lamúrias; porém ridiculamente louvam suas “raízes” – como se fossem vegetais; a outros surgem uma falsa consciência de fraqueza ou impotência diante dos demais suscitada à cor de sua pele como se demérito isso fosse para a obtenção da meritocracia em meio de caminho ao saber e não em princípio de aprendizado – o senão do básico.
A ciência calcula que em nosso planeta haja perto de 30 milhões de espécies vivas; sendo apenas 3 milhões classificadas em estudos científicos; - a raça humana é apenas uma delas. “A dotada da centelha divina”; a dotada do saber, e a única capacitada à espiritualidade, e apesar de ser a mais inteligente e desenvolta consegue ser a mais estúpida quando se permite ao mérito moral em distinguir-se até legalmente pela cor, sexo ou até mesmo fundamentos religiosos.
Se a miséria tem cor no Brasil; como coloca a eminente Ministra, qual seria a matiz da estupidez humana que continua propagar o racismo para que ele persista em seu meio legal e ainda se declare ser uma ação afirmativa?
Qual a cor e endereço da corrupção que rouba a nossa educação; nossos hospitais; nossa segurança pública; que mata nas filas dos hospitais?
Qual o peso ou medida da incompetência que legisla este país?
Título e Texto: Oswaldo Colombo Filho, 30-11-2012
Brasil Dignidade

O que tu queres sei eu


Ontem, os estivadores falavam numa greve em 200 portos europeus por causa da lei portuguesa. 200! A Europa parou solidária com os nossos estivadores. E o PCP - feliz - cantava a Internacional. Mas o google também deve ter feito greve que não há registo de um único porto europeu que tenha parado.
Título e Texto: Rodrigo Moita de Deus, 31 da Armada, 30-11-2012

No país do "Pacto da Agressão", ão, ão!, veja como está a agricultura:


Programa “Olhos nos Olhos”, às segundas-feiras, na tvi 24, com Judite de Sousa e Medina Carreira e um convidado.
No último programa, segunda-feira, 26 de novembro, o convidado foi o Engenheiro João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal
Confira os números que ele nos traz sobre a agricultura portuguesa. Evidentemente, a “Comunicação Social” não noticiou – nem noticiará!
Pode clicar aqui.

Christophe Hondelatte contre Dave: la vidéo de leur engueulade

Paris Première a finalement diffusé la séquence polémique de la semaine dernière, au cours de laquelle le journaliste a piqué une grosse colère contre le chanteur.
Invité sur le plateau de 17e sans ascenseur, émission – enregistrée – animée par Laurent Baffie sur Paris Première, Christophe Hondelatte n'aurait pas apprécié les moqueries de Dave lorsqu'un autre convive, Marcel Campion, commence à jouer de la guitare. Le journaliste chanteur se serait alors énervé. Les deux versions se sont affrontées toute la semaine dernière.  
La vérité a enfin éclaté au grand jour, car Paris Première a décidé de diffuser la séquence en question. L'affrontement a véritablement eu lieu, au cours duquel on voit clairement que Christophe Hondelatte a beaucoup de mal à se maîtriser tandis que Dave reste zen face à aux diverses insultes proférées par le journaliste, comme "Je te ch... à la gueule", "Je t'emmerde!". La tension est plus que palpable. Cali se lève et intervient pour éviter toute dérive."Un moment d'anthologie de télévision!" répond Dave. Ou pas. 
L’Express, 30-11-2012

Leitões & Companhia abre em Benfica

Acaba de abrir, bem no centro de Benfica, o primeiro take-away de comida confecionada exclusivamente com leitão: Leitões & Companhia.
Este novo espaço assenta num conceito gourmet, onde cada prato é cozinhado à base de leitão e preparado de uma forma caseira. Desde o empadão, passando pelo arroz, as almôndegas e às migas de leitão com castanhas, muitas são as opções que ali encontra. A redação do OJE já provou e não ficou desiludida. Pode ficar a saber mais informações através do site www.leitoesecompanhia.com
Fonte: OJE, 30-11-2012

Corajoso (ou corajosos) o dono deste novo restaurante! Abrir um restaurante depois dos portugueses ficarem a saber pela "Comunicação Social" que 30 mil restaurantes vão fechar, 100 mil pessoas vão ficar desempregadas e um outro tsunami de 1755 previsto pela "Associação" que "representa" o setor para 29 de fevereiro de 2012, é de louvar a coragem deste empresário!

Em democracia não faz sentido sitiar a Assembleia da República


Isabel Stilwell
Já li esta “reclamação” escrita por alguém sensato, mas não me lembro nem quem a escreveu, nem em que jornal, e por isso peço desculpa ao verdadeiro autor, mas a verdade é que faço minhas as suas palavras: é deprimente ver a Assembleia da República (AR) rodeada de grades de protecção dia após dia. As grades que inicialmente eram colocadas para a hora de uma manifestação foram-se tornando permanentes, alastrando da escadaria principal tanto para o lado da rua D. Carlos I, como na direcção do Rato, tornando impossível passar, mesmo a pé, pela rua fronteira à Assembleia, dando-lhe além do mais um ar de acantonamento provisório.
É deprimente ver sitiado um dos nossos principais órgãos de soberania, a sede objectiva de um regime democrático que tanto trabalho deu a conquistar. Os deputados que ali trabalham são os representantes eleitos da Nação, cuja legitimidade não pode ser corrida à pedrada, mas apenas a votos. Votos expressos através de eleições livres, de que só há pouco mais de 30 anos nos podemos orgulhar. Além do mais a AR é um órgão legislativo, o que torna ainda mais absurdo que à sua porta se proteste contra medidas de um Governo, de um Ministério, ou de uma troika. Escolher a AR, como tem sido feito nos últimos tempos, para exprimir o descontentamento contra Passos Coelho é não só descabido, como um insulto a cada um de nós. Mais grave ainda de tudo isto quando o local é determinado por forças políticas que têm assento lá dentro, ou seja, que pelos vistos aceitam ser eleitas para instituições em que não acreditam, nem respeitam.
As manifestações em S. Bento, não tendo por alvo uma medida legislativa concreta, parecem ter-se intensificado. Desconfio que a razão objectiva se prende com o facto de o espaço ao fundo da escadaria ser apertado, e poucos parecerem facilmente muitos, sobretudo nos ecrãs da televisão ou nas páginas dos jornais. Provavelmente a mesma concentração ficaria a “nadar” no Terreiro do Paço, mas seja qual for a razão era importante que a própria AR recusasse o cerco permanente.
Título e Texto: Isabel Stilwell, Destak, 30-11-2012

Só em Portugal e na Suécia o Estado paga a Educação a 100%

Marta Moitinho Oliveira

Rever as funções do Estado implica mexer nas áreas onde a despesa pública é maior. Passos Coelho já indicou onde é preciso cortar. Educação é uma delas.

O primeiro-ministro quer repartir os custos com a Educação entre o Estado e as famílias, com o argumento de tornar o sistema educativo mais eficiente. Actualmente, é o Estado que financia na totalidade a escola pública até ao 12º ano, ano em que termina a escolaridade obrigatória, uma característica que Portugal partilha apenas com a Suécia.

Os dados referem-se a 2009 e fazem parte do último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre Educação. Em Espanha, Irlanda, Itália e França, as famílias já pagam parte da escola dos filhos.
As alterações à forma de financiar a escola pública resultam do trabalho de revisão das funções do Estado que o Governo vai entregar em Fevereiro à ‘troika' e que tem como objectivo cortar quatro mil milhões de euros na despesa e tornar os gastos públicos mais eficientes.
Título e Texto: Marta Moitinho Oliveira, Diário Económico

Democracia vai se extinguindo na União Europeia

A tendência de estender os poderes da União Europeia (UE), com o pretexto de tirá-la da crise, caracteriza a “fase final” da destruição da democracia e dos estados nacionais, alertou Václav Klaus, presidente da República Checa, país membro da UE. Klaus foi um dos líderes do movimento que derrubou o comunismo em seu país e agora denuncia a UE, porque nela os países “vão se tornando uma província inexpressiva”. “É uma ironia da História” – acrescentou. “Nunca teria imaginado em 1989, que hoje estaria fazendo isto: pregar os valores da democracia”. Compreende-se por que muitos cidadãos europeus adotem o slogan “União Europeia = União Soviética”.
Título, Imagem e Texto: Paulo Roberto Campos, Agência Boa Imprensa

Austrália: Parlamento rejeita “casamento” homossexual


O Parlamento nacional australiano repeliu o projeto de “casamento” homossexual: 98 deputados votaram contra e 42 a favor. Foi significativo que o senador assumidamente homossexual, Dean Smith, votasse contra, justificando seu voto como “um honesto reconhecimento das características únicas e especiais da união chamada ‘casamento’” entre um homem e uma mulher. Os ativistas militantes homossexuais tinham ilusões com o estado da Tasmânia, mas ali o projeto foi também repelido. Os partidários do projeto alegavam que o “casamento” homossexual atrairia milhões de dólares em rendas turísticas. Os “casais” homossexuais sem continuidade familiar gastariam seus recursos materiais em divertimentos antes de acabar prematuramente suas vidas em virtude de maus hábitos contraídos. 
Título, Imagem e Texto: Paulo Roberto Campos, Agência Boa Imprensa

Eu também!

Lindões! Este então, é muito parecido com o "BEAGLE", Iron Kenzo da Pedra de Guaratiba

A "Autoridade Palestina" e a ONU: a maioria não transforma um erro num acerto

Reinaldo Azevedo
Bem, bem, bem… Maioria não é categoria de pensamento nem critério de verdade, como aqui já se escreveu tantas vezes. Também não transforma um erro num acerto. Ontem, por 138 votos a 9, com 41 abstenções, a Assembleia Geral da Nações Unidas reconheceu a Autoridade Palestina como “estado observador não-membro” — era só uma entidade observadora. Ok. Israel e EUA votaram contra. A secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, criticou a decisão. Sim, isso evidencia, é inegável, o isolamento dos dois países nessa questão. Também isso não muda a qualidade das coisas.
O que significa o adjetivo “observador” quando não se tem o substantivo, o “estado”? Ora, “trata-se de uma questão política, Reinaldo”! Eu sei! Mas essa pressão torna mais próxima ou mais distante a efetiva criação do estado? Por várias razões, entendo que cria problemas novos.
Vamos ver. Que “estado” foi reconhecido? Se Mohamed Abbas pisar na Faixa de Gaza, será preso ou morto. Se Ismail Haniyeh, do Hamas, pisar na Cisjordânia, vai para a cadeia. Que força exatamente foi admitida na ONU? Sim, é verdade, Abbas foi a figura saudada nas Nações Unidas. A iniciativa de pleitear a mudança de status foi sua. O fato trágico — para os palestinos, para a paz e também para Israel — é que ele é um líder que não lidera a totalidade do povo em nome do qual fala. Os que lhe fazem oposição em sua própria seara formam um grupo virulento, que jamais renunciou à prática terrorista.
É uma tolice supor que a decisão de ontem vá fortalecer a sua posição contra o Hamas. A facção que governa Gaza também comemorou o resultado, que se segue à reação de Israel aos ataques que sofre diariamente. É evidente que as nações que votaram em favor do reconhecimento expressaram uma espécie de censura ao país que se defende, o que é um escândalo moral. Como é o Hamas a força que hoje se apresenta para o confronto, mais os terroristas lucraram com o evento aloprado de ontem do que Abbas.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Que saco! E que tristeza!

Assistindo neste momento, a um "debate" na RTP Informação, ouço críticas à entrevista do Primeiro-ministro, ontem: que ele não falou na Europa, que ele não falou na prima Zelinda, que ele não falou no tio do Brasil... c...! Mas, alguém lhe perguntou??
É phoda!



PS 1: 
Uma das críticas ferozes é uma tal de Dra. Cristina... que, rápida pesquisa, lembra que foi "exonerada" de uma tal de Fundação de Guimarães, presidida, se não estou em erro, por Jorge Sampaio, socialista...

PS 2:
Sabe de uma coisa muito importante, nosso generoso leitor, cheguei a uma conclusão: existem dois "Portugais", o Portugal desgraçado, miserável, corrupto, o cocô do cavalo do bandido... que, generosamente e didaticamente nos é lembrado, empurrado, todos os dias, pelos jornais, televisões, partidos de esquerda...
O outro, o real, como eu testemunho todos os dias no bairro (freguesia) onde moro, nada parou, os restaurantes/bares continuam abertos, me parece com a mesma clientela, ainda não fechou nenhum salão de beleza, a C&A está muito bem, e o Pingo Doce continua bombando!
Escolhi o segundo!

A jararaca-mor e algumas surucucus voltam à carga


A jararaca-mor, Mário Soares, não pára de dar os seus botes, acompanhada de algumas surucucus, tão perigosas quanto ela.
Jararaca

Surucucu

Pois é, esta malta agora inventou uma carta-aberta ao Primeiro-ministro insultando-o e “exigindo” que ele se demita. Tudo porque o governo, eleito por portugueses há, mais ou menos, dezoito meses, está praticando uma política da qual eles não gostam. Aí, se arvoram em representantes do povo e toca a inflamar e instigar as muitas serpentes que os acompanham em todas as tocas onde eles se escondem.
E, como eu sempre escrevo, lá foi a Comunicação Social ecoar e ampliar o veneno. A SIC Notícias foi entrevistar um dos signatários, Vítor Ramalho, socialista de Setúbal, demitido da Inatel, em outubro.
A jararaca-mor perdeu 30% do dinheiro dos contribuintes que auferia na sua Fundação. Aliás, para que serve essa fundação? Só para escanear todos os exemplares do Diário de Lisboa, além, é claro, de divulgar a agenda da jararaca.
Fico por aqui. Inté!

Quem é o Editor da 'Juventude Conservadora da Unb'?

Arquivo pessoal
Meu nome é Felipe de Oliveira Azevedo Melo, estudante de Administração da Universidade de Brasília. Nasci em 21 de dezembro de 1985 em Anápolis, Goiás, apesar de meus pais terem sido criados no Distrito Federal. Fui criado em Ceilândia, bairro de periferia, e moro ainda nessa cidade-satélite (que adoro de coração).

Tive uma infância bastante politizada. Minha mãe, professora da então Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), era integrante da Articulação de Esquerda, corrente do Partido dos Trabalhadores (PT), e conhecida de muitas pessoas que sempre participaram do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO/DF). Ainda pequeno, acompanhava minha mãe tanto nas reuniões do PT quanto nas assembleias dos professores. Também sempre participei das campanhas de rua do PT. Não é à toa que, desde cedo, mostrei uma verve política de esquerda muito forte.

Ingressei no curso de Direito da Universidade Católica de Brasília (UCB) em 2002, quando tinha 16 anos de idade. Nessa mesma época, me filiei ao Partido dos Trabalhadores e ingressei na corrente O Trabalho (OT), de orientação trotskista. Li muitos dos autores clássicos da literatura marxista-leninista e trotskista -- Karl Marx, Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Antonio Gramsci, Vladimir Lenin, Leon Trotsky -- e até mesmo autores anarquistas, como Proudhon, Kropotkin e Bakunin.

Em meados de 2005, após uma conversa com um dos ideólogos do grupo, meu pensamento político começou a mudar. O indivíduo em questão possuía uma vida que, sob todos os aspectos, o encaixava na classificação de pequeno-burguês de acordo com o próprio jargão que utilizávamos: morava em Brasília num apartamento de mais de 200m², era casado com uma alta funcionária da diplomacia brasileira e tinha uma renda familiar mensal de aproximadamente R$ 20 mil. À época, a renda mensal de minha família não ultrapassava R$ 2.500, o que não nos garantia uma vida muito confortável. Eu me encaixava perfeitamente no estereótipo socialista de "proletário" -- pai metroviário, mãe professora, eu mesmo sendo um estudante desempregado que dependia de bolsa de estudos para cursar o ensino superior -- e esse ideólogo, um dos cabeças do grupo, não chegava nem perto de ser um "proletário". Uma dúvida surgiu na minha mente: por que ele dizia, com tanta propriedade, conhecer os anseios da classe trabalhadora se, a rigor, nunca havia feito parte dela?

É preciso ser muito cínico para fazer de conta que Lula é inocente

Reynaldo Rocha

A Casa Vil foi suplantada em importância emblemática com esta nova face do cleptolulopetismo. Agora ladras e ladrões escondem-se no próprio Gabinete Presidencial.
É desnecessário dizer que nunca antes neste país o poder chafurdou em tanta lama ao mesmo tempo. Navega nas ondas dos esgotos que transborda.
Gostaria de ressaltar dois pontos que ficam, dia a dia, mais definidos pela História. Lula foi somente conivente? A oposição oficial e uma envergonhada e subserviente imprensa brasileira (parte dela) jamais admitiram, sequer como hipótese, o envolvimento do Imperador de São Bernardo nas falcatruas descobertas. Era ofensa tocar neste assunto. O endeusamento do nordestino-pobre-ignorante não permitia críticas. O que dizer das suspeitas?
Se Pedro Caroço convoca a militância para defendê-lo (lembrando o “colocar as tropas nas ruas” da ditadura militar), o que haveria se Lula for apanhado nesta teia indecente e abjeta? E se vazarem as gravações das conversas entre Lula e Rose? Seriam telefonemas fortuitos? Afinal, o jornalista Policarpo Júnior foi denunciado pelo relator da CPI da Delta por ter conversado, ao telefone, DUAS vezes com o Cachoeira. Lula conversou com Rose, A Primata de SP, em 122 ocasiões.
Seria esta a prova final que tanto exigem os milicianos que, acostumados com antolhos, escoiceiam com o furor de mulas amestradas?
A crítica ia no máximo à inocência derivada da ignorância (lato sensu). Como se o crime maior fosse o absoluto despreparo de quem se julgava (e ainda se julga) infalível e estadista. Mesmo este já seria um comportamento reprovável sob qualquer ângulo: política, de saúde mental ou de projeto ditatorial.
Mas há mais. E quem prova são os fatos. Fartos, repetitivos e cada vez mais consistentes. Seriam vergonhosos se o lulopetismo tivesse vergonha. Não é o caso.
Em quais atos de corrupção não houve o envolvimento do PT e da base alugada, que prestava reverência (e obediência) a Lula?
Tudo foi feito escondido do chefe supremo, das ladroagens que incluíam o “capitão do time” até a secretária que o acompanhou em 32 viagens internacionais?
Usando a lógica miliciana, o “cara” não é o novo gênio da raça? O fazedor de postes? A quintessência do animal político de Aristóteles? O analista brilhante que não precisou sequer ler Robert Dahl para entender uma moderna análise política, preferindo construir uma “muderna falsidade ditatorial”?

A farsa da taxa de desemprego no Brasil: 5,3% ou 22,1%?


Cesar Maia       
1. Em qualquer lugar do mundo o emprego precário não é considerado emprego, mas se soma à taxa de desemprego. Menos no Brasil. Pelo menos o IBGE poderia divulgar duas taxas: a de desemprego por sua metodologia (pessoas que procuram emprego) e a de desemprego total, agregando o emprego precário, como se faz na Europa. 
      
2. O IBGE divulgou a taxa de desemprego no Brasil em outubro (agregando as Regiões Metropolitanas que pesquisa). A População Economicamente Ativa alcançou 24 milhões e 679 mil pessoas. Os Desocupados somaram 1 milhão e 314 mil pessoas, ou uma Taxa de Desemprego de 5,3%. Um número quase de desemprego friccional ou quase de pleno emprego. Ilusão de quem só acredita nos números divulgados pelo governo.     
  
3. Mas a própria tabela apresentada pelo IBGE dá as informações sobre o Emprego Precário. As "marginalmente ligadas a PEA" e as “desalentadas” somaram 663 mil pessoas. As “subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas” alcançaram 454 mil pessoas em outubro. E as que tiveram “renda por hora menor que o salário mínimo por hora” foram 3 milhões e 201 mil pessoas. Emprego Precário é a soma dessas, ou 4 milhões e 318 mil pessoas.   
    
4. A proporção de Emprego Precário sobre a População Economicamente Ativa (PEA) é de 17,8%. E, dessa forma, a Taxa de Desemprego Total é 5,3% + 17,8%, ou 22,1%. Isso mesmo: mais de um quinto da PEA. Um número espanhol, um número grego. 
    
5. O IBGE oferece mais dados que permitem analisar essa situação. Em outubro de 2011, a PEA foi de 24 milhões e 66 mil pessoas. Em outubro de 2012 foram 24 milhões e 679 mil pessoas. Um crescimento da PEA de 2,54%.

6. Destacando apenas as pessoas com renda por hora menor que salário mínimo por hora, eram 2 milhões e 937 mil pessoas e, agora, 3 milhões e 201 mil pessoas. Um crescimento de 9%. Vale dizer, mesmo esquecendo o estoque anterior de emprego precário e apenas focalizando o último ano, se vê que a taxa de desemprego divulgada só se manteve em função do emprego precário encontrado pelos desesperados que são, efetivamente, desempregados.  
   
7. Vamos racionar com números absolutos. A PEA cresceu, em um ano, 613 mil pessoas. Mas aqueles que ganham menos que o salário mínimo aumentaram 264 mil pessoas, ou 43% do aumento da PEA.       
8. Veja com os seus olhos no site do IBGE.
Título e Texto: Cesar Maia, 29-11-2012

Vídeo sobre cotas prega o confronto racial e de classes

Ou: Como estatais, potentados do capitalismo e igrejas cristãs financiam o ódio racial
Reinaldo Azevedo
Está no Youtube um vídeo detestável intitulado “Cotas. Essa conversa não é sobre você”. Trata-se, lamento dizer, de puro lixo racista. A linguagem apela ao confronto, à guerra racial e ao confronto de classe. E é mentiroso também porque omite um dado essencial da lei de cotas recentemente aprovada. O “outro” com o qual se confronta a atriz negra são os “queridos estudantes brancos, de classe média, que fazem cursinho pré-vestibular particular”. É preciso ver para crer. Num dado momento, somos apresentados a este texto:
“(…) Quando você diz que, na verdade, os seus pais pagam o curso somente porque trabalham tanto ou porque você ganha uma bolsa pelas boas notas que tira, eu não me comovo. Não me comovo mesmo! O que me comove é que muitos outros pais trabalham muito mais do que os seus e recebem muito menos por isso”. Assistam. Volto em seguida.


Nem vou me ater à caricatura que se faz dos “brancos de classe média com iates” porque há um limite da boçalidade que nem a crítica alcança. O que o vídeo omite de essencial é que a política de cotas estabelece uma hierarquia entre os pobres e transforma indivíduos e suas competências em categorias. Quando se decide que vagas destinadas a alunos da escola pública serão distribuídas segundo o perfil racial dos respectivos estados, cada indivíduo se torna ou vítima ou beneficiário de uma percentagem pela qual não pode responder. Acho, e todos sabem, a política de cotas um erro em si. Mas há, então, esse erro dentro do erro, que faz com que pobres sejam preteridos em favor de pobres em razão da cor da pele. O que esse texto espantoso não responde é por que um branco pobre seria mais culpado pelas desigualdades que há no Brasil do que um preto pobre. Tudo bem! O Supremo também não respondeu…

Racismo, combate ao racismo e covardias. Uma resposta a um militante que fala grosso comigo e fino com os petistas

Reinaldo Azevedo
Ai, ai…
Quando começo assim, a coisa é de lascar! Recebi uma mensagem de um representante de um grupo de militantes negros que é mesmo do balacobaco! É de uma espantosa covardia política. Já chego lá. Antes, algumas considerações.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado ontem pelo STF a nove anos e quatro meses de cadeia, em uma “plenária” para, como definiu José Dirceu, “julgar o julgamento do Supremo”, referindo-se ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão e agora presidente do tribunal, indagou e respondeu: “[Barbosa] Chegou [ao Supremo] por quê? Porque era compromisso nosso, do PT e do Lula, de reparar um pedaço da injustiça histórica com os negros”. Considero essa fala uma manifestação asquerosa de racismo enrustido. Expus os motivos num texto que deu o que falar, publicado no dia 24. Resta evidente que João Paulo, o futuro presidiário — por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro —, está expropriando Barbosa de seus méritos intelectuais e atribuindo a sua ascensão à benevolência de Lula.
Protestei com dureza, como sabem. E escrevi um outro post perguntando se os movimentos negros continuariam com o seu silêncio covarde e ideologicamente orientado. Com que então um petista pode afirmar tal estupidez? E se a fala estivesse na boca de um político ou jornalista considerados “de direita” ou, sei lá, contrários às cotas raciais? Não foi a primeira vez que um profissional negro de primeira linha se tornou alvo de uma agressão em razão da cor da sua pele. Não faz tempo, o jornalista Heraldo Pereira foi classificado por um anão moral de “negro de alma branca”. O agressor teve de se retratar na Justiça. Os movimentos negros, também nesse caso, se calaram. Afinal, aquele que agredia tem a pretensão de ser um “inimigo da Globo” — logo, é visto como um “progressista”…
Pois bem! Eu não critico pessoas, mas ideias. Eu não me obrigo a concordar com A ou com B em razão de afinidades ideológicas, eletivas ou de qualquer natureza. O ministro Joaquim Barbosa sabe bem o que tenho escrito sobre o julgamento no STF e sua atuação. Também não ignora que temos, sim, divergências sobre vários assuntos. Como costumo dizer, digo “sim” quando acho que é “sim” e “não” quando acho que é “não”. Não sou militante de coisa nenhuma! A principal obrigação de quem está no debate público é dizer o que pensa. E é em busca desse pensamento que milhares de pessoas acessam este blog todos os dias.
Um dia antes de escrever aquele post sobre João Paulo, havia criticado aqui duramente uma resposta que Barbosa dera a um jornalista negro, que lhe indagara se estava “mais sereno” depois de presidir a primeira sessão do Supremo. Disse-lhe o ministro: “A cor da minha pele é igual à sua. Não siga a linha de estereótipos porque isso é muito ruim. Eles [os jornalistas brancos] foram educados e comandados para levar adiante esses estereótipos. Mas você, meu amigo?”.

As raízes nazistas da causa palestina

Felipe Melo
O expediente mais comum utilizado para criticar ações israelenses contra seus inimigos, notadamente os grupos terroristas palestinos, é efetuar comparações entre judeus e nazistas de todas as maneiras possíveis: quando alguma ação militar é executada contra o Hamas, centenas de vozes se erguem para denunciar o “Holocausto palestino” perpetuado pelo “Estado sionista” (ou sionazista, em alguns casos), acusam o Estado de Israel de limpeza étnica, de supremacismo judaico, de apartheid, dentre outras coisas. Os tradicionais meios de comunicação de massa – canais televisivos, jornais de grande circulação – e os não tão tradicionais – como os blogueiros estatólatras de plantão – utilizam ad nauseam esse expediente, seja de modo explícito ou sub-reptício. Abundam cenas e relatos de destruição, dor, sofrimento e tristeza na Faixa de Gaza como se se tratasse, de fato, de uma limpeza étnica, enquanto se ignora solenissimamente os milhares foguetes palestinos que chovem sobre as cidades israelenses – provocando destruição, dor, sofrimento, tristeza e, acima de tudo, terror.

Capa da revista estatal egípcia October Weekly comparando Binyamin Netanyahu com Adolf Hitler.
Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido como Lênin, possuía uma máxima interessante: “acuse o seu inimigo daquilo que você é”. Os grupos terroristas palestinos – que dominam tanto a propaganda quanto as modernas técnicas terroristas – seguem esse conselho há décadas, e não é à toa: as origens da “resistência” palestina à “ocupação” judaica no Oriente Médio são algo que tem origem em uma convenientemente ignorada aliança entre o Nacional-Socialismo e a causa palestina.

A raíz dos grupos terroristas palestinos – OLP, FPLP, Fatah, Hamas – e de sua ideologia pode ser atribuída a um homem: Hajj Amin al-Husseini. O pai de Hajj, Muhammad Tahir al-Husseini, foi Qadi (chefe do Supremo Conselho Islâmico) em Jerusalém e primeiro Grão Mufti da cidade. Nomeado ao posto pelas autoridades otomanas na década de 1860, Tahir al-Husseini incitou a perseguição contra imigrantes judeus, chegando a conseguir a aprovação de uma lei que proibia a aquisição de terras por parte de judeus em Jerusalém e áreas circunvizinhas. Em 1908, quando Muhammad Tahir al-Husseini morreu, o posto de Grão Mufti de Jerusalém foi ocupado por seu filho mais velho, Kamil al-Husseini.

Hajj Amin al-Husseini (1895 - 1974)
A postura de Kamil foi bastante diferente daquela adotada por seu pai: buscou uma política mais apaziguadora do que Muhammad Tahir com relação aos judeus e, quando o Império Otomano ingressou na Primeira Guerra, demonstrou simpatia e abertura aos britânicos. Com a derrota dos turcos, em 1918, diversos territórios do Império Otomano foram divididos entre França, Inglaterra e Rússia, estabelecendo-se o Mandato Britânico da Palestina por volta de 1920. Nessa mesma época, Hajj al-Husseini organizou um levante armado contra os judeus que já habitavam a região da Palestina, o que levou a muitas mortes e à destruição de diversas propriedades de imigrantes judeus. O pretexto para esse levante foi o apoio dado pelas autoridades britânicas à Declaração de Balfour (1917), que pedia a criação de um Estado judeu na região da Palestina.

A dupla Passos/Portas errou

Nuno Gouveia

Sim, o título deste post poderia aplicar-se a outras situações. Mas neste caso refiro-me especificamente ao apoio dado por Portugal à Palestina na ONU, onde se colocou deliberadamente contra os interesses de Israel e da paz. Poderia ser tema de outro post, mas a verdade é que a política externa deste governo (se é que tem uma) tem sido exactamente igual à de Sócrates, que tanto foi criticada por membros da actual maioria. Desta vez, e contra aquilo que seria de bom senso, Portugal declarou o apoio à entrada da Palestina como Estado Observador na ONU. Não, não manifestou dúvidas abstendo-se. Ou votando contra, como estou certo que seria defendido por vários membros da maioria, se estivessem na oposição. A Palestina é um Estado que não existe. Mais, Portugal não reconhece a Palestina como Estado, pelo que não se percebe como pode apoiar o seu reconhecimento na ONU enquanto não o faz per si. Ainda em 2011, o CDS e PSD reprovaram na AR uma proposta do BE para reconhecer a Palestina como Estado. O que terá mudado entretanto? Qual é a capital da Palestina para o governo português? Quais as suas fronteiras? Qual é o seu governo legítimo? O de Gaza ou da Cisjordânia? Uma coisa é defender a solução de dois estados, o que me parece correcto. Mas isto só será uma realidade através de negociações directas entre as duas partes. Enquanto o Hamas, organização que não reconhece Israel e tem nos seus princípios a destruição do estado judaico, não renunciar à violência e aceitar Israel, esta solução será uma miragem. Por isso, tudo o que passe por prejudicar as negociações directas entre as duas partes é prejudicial à paz e, óbvio, aos interesses da segurança de Israel. Se Israel aceita a solução de dois estados, é óbvio que não poderá viabilizá-la enquanto a sua segurança estiver em causa. Apoiar a criação de um estado que tem como parte do governo uma organização terrorista como o Hamas (a UE assim o diz) não faz sentido. Portugal, com esta decisão de "Maria vai com todas", coloca-se do lado errado, talvez para receber umas benesses de uma Venezuela ou de um país árabe qualquer. Sabemos como Sócrates conseguiu um lugar no Conselho de Segurança da ONU. Que a maioria PSD/CDS alinhe na mesma estratégia, que no passado criticou, só demonstra a sua credibilidade (ou falta dela) nestas matérias.
Título e Texto: Nuno Gouveia, 31 da Armada, 29-11-2012

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U.N. poised to recognize Palestinian 'state'

Undue Recognition

Mahmoud Abbas, photo: AP
Adam Kredo
The United Nations is poised to officially recognize the state of Palestine, an unprecedented international endorsement that would enable the Palestinians to prosecute Israeli officials for what the Palestinians claim are war crimes.
Palestinian Authority President Mahmoud Abbas is set today to present the U.N.’s General Assembly (G.A.) with a resolution that would enhance the Palestinians’ official status from “observers” to “non-member observer status,” a designation that would allow the so-called state of Palestine to launch formal complaints against Israel at the International Criminal Court (ICC) and other U.N legal bodies.
Critics fear this move would torpedo the peace process with Israel.
The resolution is expected to garner the support of more than 130 of the G.A.’s 193 members. This is the second time Abbas has sought to unilaterally circumvent the peace process by winning U.N. approval for the state of Palestine.
One-time opponents Britain and France have come out in favor of the resolution. Israel and the United States continue to oppose the measure as does Germany.
The U.S. maintains that Abbas’ U.N. bid is “counterproductive.”
“We view unilateral steps, including the bid for upgraded status to statehood—observer state status at the General Assembly—to be counterproductive and not take us closer to that goal, and, therefore, we strongly oppose it,” U.S. Ambassador to the U.N. Susan Rice told reporters last week.
Abbas is likely to be victorious despite U.S. opposition.
“The emphasis has switched from whether the Palestinians will present the resolution—which [they] clearly will—and from whether it will get the votes—which it will—[because] there is an automatic majority for the [Palestinians] in the General Assembly,” said Elliott Abrams, a former Bush administration official. “The focus now, for the U.S. and [European Union], is whether the [P.A.] can be persuaded not to act rashly after it wins.”

Onde está Chávez?

Obrigado, Londoño, por dizer aquilo que a maioria dos outros não diz. 

Fernando Londoño Hoyos *
Se Chávez não estivesse agonizante, teria dito mil coisas sobre a crise recente na Síria, onde se cambaleia seu amigo Bashar Al Assad, e sem dúvida, estaria se ufanando de novas remessas de combustível do povo venezuelano para alimentar os seus equipamentos de guerra fratricida.
Se Chávez estivesse vivo – pelo que se chama ‘estar vivo’ – não deixaria passar a ocasião para lançar impropérios contra os judeus e para apoiar seus ‘irmãos’ do Hamas e do Jihad Islâmico Palestino nesta dura crise na Faixa de Gaza.
Se Chávez estivesse vivo, mandaria mensagens de amor e solidariedade ao déspota do Irã, defendendo o direito inalienável que Teerã tem de fabricar sua bomba atômica com a finalidade anunciada de “varrer Israel do mapa”.
Se Chávez estivesse vivo – insistimos que vivo aqui é a maneira como um homem como ele age por seus ímpetos – já teria visitado Daniel Ortega em Manágua para celebrar seu triunfo sobre Colômbia por sua conquista em águas colombianas próximas ao arquipélago de San Andrés, no Caribe. E teria feito chover suas ofertas para explorar o petróleo nas águas de sua nova propriedade e para lhe facilitar algum de seus joguetes bélicos de recente aquisição da Rússia e da China, com o franco propósito de patrulhar essa conquista no Tribunal Internacional de Haia.
Se Chávez estivesse vivo, andaria à frente de suas tropas vermelhas para alimentar a votação importantíssima que recebe da estrutura viciada que montou no país. O camarada não estaria correndo o risco de governar um país cheio de estados inimigos.

Desgaste não, transparência!

Humberto de Luna Filho
Gostaria de não ter lido o que li. O ministro Teori Zavascki que assume suas funções no Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que julgamento ao vivo na TV desgasta a corte. "Para o meu gosto, acho que se pode repensar isso", afirmou ele. Ministro, transparência não desgasta ninguém; nenhum réu, nenhum advogado, nenhum ministro, nenhuma corte. O que desgasta a ética, a moral, abala a Democracia e destrói o país são as falcatruas que há 12 anos ocorrem nos sujos balcões de negócios mantidos pelos corruptos do Executivo em conluio com a quadrilha do Legislativo e também em muitos escuros porões do Judiciário. A ministra Eliana Calmon do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que o diga. Dentro da própria corte que o senhor ora assume, o ministro Joaquim Barbosa já se declarou favorável à investigação do patrimônio de magistrados. Isso é sintomático. O Partido do governo, como todos sabemos, já está trabalhando no sentido de não "desgastar" a imprensa. Sr. ministro não quero acreditar que haja má-fé em suas palavras, prefiro acreditar que tudo não passou de uma declaração impensada.
Título e Texto: Humberto de Luna Freire Filho, médico, 29-11-2012

Teori Zavascki

Entrevistas de Pedro Passos Coelho

Foto: Paulo Sampaio/TVI
O Primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, concedeu ontem, 28 de novembro, duas entrevistas. A primeira, ao jornal inglês, Financial Times, cujo resumo, divulgado pela SIC Notícias, transcrevo:

O primeiro-ministro português, Passos Coelho, disse hoje em entrevista ao Financial Times que, apesar das exigências pedidas aos portugueses, estes não querem uma crise política nem que falhe o programa de ajustamento negociado com a 'troika'.
"Depois de ano e meio, os resultados em termos sociais são muito duros. Ninguém gosta de estar em recessão, mas as pessoas vêm o que está a acontecer noutros países. Não querem uma crise política e não querem que o programa (de ajustamento) falhe ", disse Passos Coelho, numa entrevista que pode ser lida hoje no sítio na Internet do Financial Times.
Para Passos Coelho, apesar dos sinais de descontentamento, isso não significa que a "sociedade perdeu a paciência com a austeridade", escreve o Financial Times, adiantando que Passos Coelho citou mesmo uma sondagem hoje divulgada (pelo jornal i) que indica que 63,5% dos inquiridos consideram que Portugal deve cumprir o acordado com os credores internacionais.
Sobre a execução do programa negociado com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), o primeiro-ministro disse ainda que "ninguém pode garantir que não há riscos", mas assegurou que a economia portuguesa não está numa "espiral recessiva". 
Questionado sobre se Portugal pode entrar na mesma situação da Grécia, Passos o primeiro-ministro português respondeu que "teoricamente é possível", mas que o Executivo está a adotar as medidas necessárias para evitar esse cenário. O governante garantiu que não está a ir mais longe do que exigido pela 'troika': "Não estou a adotar mais medidas de austeridade do que as que são necessárias para atingir os objetivos."

Gratos pelo dinheiro que foi bem gasto

Isabel Stilwell
Nos EUA, o Dia de Acção de Graças foi celebrado a semana passada, mas não há razão para que não seja quando um homem quiser. Aliás, num momento difícil em que aos problemas reais se soma um constante discurso catastrófico, que acusa a torto e a direito, cultiva a inveja e a desconfiança, precisamos urgentemente de exercitar a gratidão.
Porque a gratidão não se limita ao optimismo, que é a capacidade de ver o mundo por lentes mais coloridas; a gratidão pressupõe a consciência de que as coisas boas resultam da generosidade, do esforço e do empenho dos outros, ou ainda da bondade divina. Ou seja, reforçam o sentimento de pertença, e a fé na humanidade, e lutam contra a ideia sinistra de que não há almoços grátis.
Se cada um de nós tem, felizmente, mil razões para estar grato, como país também as temos. Descansem, não estou a propor fazer mais um daqueles vídeos provincianos que pretendem mostrar aos alemães que são eles que nos devem tudo (e que só nos envergonham), nem sequer a falar das belezas naturais e do clima, mas da realização de que muito do dinheiro que recebemos, foi bem gasto.


Esta semana estive no Hospital de Santa Maria, por exemplo, e achei-o irreconhecível, dos quartos à sinalização, das paredes pintadas ao atendimento. Como achei fabulosamente recuperado o liceu Passos Manuel, o Pedro Nunes e vários outros. E sinto-o sempre que percorro estradas mais seguras que poupam tempo e vidas humanas.
Gastou-se muito dinheiro mal gasto, certamente; custa pagar a dívida para isso contraída, custa imenso, mas custa menos se valorizarmos aquilo que temos, aquilo com que ficámos.
Título e Texto: Isabel Stilwell, Destak, 27-11-2012

O primeiro negro da suprema corte brasileira

Márvio dos Anjos 

Em sua posse na Presidência do Supremo Tribunal Federal do Brasil, a mais alta corte do Brasil, o juiz Joaquim Barbosa, negro de pele, pontuou na última quinta que a Justiça é indissociável da cultura.

Inegável. O conceito de Justiça muda conforme os avanços da sociedade, da ciência e dos desejos de uma coletividade. À época dos descobrimentos, por exemplo, a Igreja Católica autorizava a escravidão dos negros pelos colonizadores ibéricos. O Iluminismo, a relativização do papel da Igreja e a constante secularização da sociedade nos levaram à conclusão de que toda condição de escravo era um dos máximos fracassos da civilização – que nós brasileiros mantivemos por 66 anos, ainda que já independentes de Portugal.

Com dificuldade, o Brasil tenta se tornar uma sociedade mais justa, mas ainda falta educação. Pesquisa encomendada à consultoria britânica EIU nos pôs em penúltimo lugar numa lista de 40 países por qualidade de educação. Atrás de nós, somente a Indonésia. Esse índice é puxado para baixo pelas escolas públicas, que mal conseguem alfabetizar nossas crianças.

Por outro lado, temos 1.240 escolas para essa formação, contra 1.100 do resto do mundo inteiro, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. Esse emaranhando, fruto de anos e anos de exigência de diploma de Direito para funcionalismo público, não nos fez um país mais justo, nem cidadãos mais conscientes do que podemos e devemos fazer, nem nossa Justiça mais rápida. Apenas enriqueceu empresários do setor de diplomas.

Levamos assim 124 anos desde a abolição dos escravos até vermos um negro chegar ao mais alto posto da Justiça brasileira. Um homem de 58 anos, filho de um pedreiro, que estudou a duras penas e conseguiu, por méritos próprios, formar-se em Direito e doutorar-se em Paris.

É fácil santificá-lo, e isso é fruto de um olhar condescendente com o elemento negro, assim como é fácil usá-lo para reforçar que o Brasil é uma democracia racial resolvida, o que tampouco somos. Joaquim é no máximo um sintoma de que o Brasil não proíbe o negro de chegar aos seus sonhos. O juiz teve acesso aos livros e às instituições e as aproveitou bem. Ao louvar a cultura, e não as cadeiras da escola de Direito, disse-nos um óbvio que tanto relutamos em praticar: não há Justiça onde há ignorância.
Título e Texto: Márvio dos Anjos, Destak, 28-11-2012

Os malefícios de um virulento e rastejante molusco

Valmir Azevedo Pereira
Muita gente já ouviu falar na estória do Rei Midas, aquele que transformava em ouro tudo o que tocava.
O que seria uma dádiva para o ambicioso Midas reverteu-se num tremendo castigo, pois o infeliz rei não podia comer, beber água, e nada fazer senão aguentar o peso de suas desmedidas ambições. 
Em nosso caso temos um molusco peçonhento e falastrão, que contamina, infecta, polui e corrompe tudo o que toca, graças à sua capacidade incontrolável de se multiplicar.
Alguns estudiosos especulam sobre o montante dos prejuízos que a sua virulência causou para o País.
Em geral, referem-se aos dados numéricos que levantam uma estimativa dos prejuízos financeiros e patrimoniais, que o desgraçado causou à Nação, por sua ação, influência ou omissão.
Quanto aos danos futuros, nem se arriscam, pois tudo é possível.
Evidentemente, apóiam-se em dados avaliados dos grandes desperdícios, das doações, dos maus negócios, das corrupções e de toda a sorte de danos que a má gestão e os seus interesses têm causado.
São especulações, pois sem bola de cristal não podem saber dos desdobramentos que ações do verme podem e poderão causar.
Quanto aos aspectos morais, nem cogitam dimensionar.
Como exemplo, e muitos outros, que sem dúvida existem, temos o recente caso da “Dra. Rose”.
A operação Porto Seguro, descortinou apenas mais uma contaminação do poderoso verme nativo. Bastou a descoberta do elenco de patifarias que a Gerente do Gabinete da Presidência da República em São Paulo patrocinou para somarmos aos prejuízos já conhecidos mais um leque de patifarias.
Ao levantar a tampa da panela, descobrimos como eles podem tudo. São gritantes as maracutaias realizadas para que o Dr. Paulo Rodrigues Vieira, Diretor de Hidrologia da ANA (Agência Nacional de Águas), fosse guindado ao cargo graças a uma forte pressão do molusco e a uma manobra patrocinada por José Sarney.

Brasil: refém dos bandidos da política e seus cúmplices

Geraldo Almendra
Estamos presenciando que as vantagens pecuniárias, corretas ou corruptas, ou de estabilidade de empregos no Poder Público, têm transformado centenas de canalhas esclarecidos ou não em cúmplices da degeneração moral do país através do roubo, da corrupção e do suborno sem fronteiras dentro de nossas instituições, principalmente o Parlamento, transformado pelo PT – gang dos 41 – em um antro de canalhas absolutamente inescrupulosos, através do Mensalão e de outros instrumentos de práticas ilícitas, todos já devidamente comprovados.
Não fossem os inúmeros escândalos de corrupção denunciados durante os mandatos de Lula, mais de 90% permanecendo sem investigação oficial conhecida, e os mais recentes, principalmente o “O Caso Rose”, já temos as evidências e suas comprovações mais que suficientes que nosso país se tornou refém da corrupção e do suborno de funcionários públicos e empresários, ao custo de bilhões de reais que deixaram de ser empregados na saúde, na segurança pública, na educação, na cultura e no saneamento, sem falar na estrutura econômica do país que está uma vergonha, enquanto o BNDES compra, através de alongamento de dívidas, financiamentos subsidiados com pagamentos a perder de vista, e “outras facilidades”, a “solidariedade” imoral de empresários, melhor dizendo de canalhas esclarecidos, com os desgovernos mais corruptos de nossa história.
Neste cenário de destruição moral e econômica do país, ao custo do abandono de milhares de núcleos sociais, carentes dos investimentos e serviços públicos obrigatórios, corruptos e subornadores – principalmente os réus do Mensalão – deveriam ser julgados por crimes hediondos sem direito a qualquer tipo de paliativo legal para o cumprimento de suas penas.
Já deveriam estar presos, mas continuam subornando o submundo do Poder Judiciário para ganhar tempo e tentarem dar “uma volta por cima” na Justiça.
Os bandidos da política através de um Parlamento majoritariamente servil à ilicitude, apesar do absoluto desmascaramento da sordidez criminosa do projeto de poder do PT, continuam tentando, de todas as formas possíveis, blindar os canalhas da corrupção e do suborno que vão sendo gradualmente desmascarados pela Polícia Federal, infelizmente ainda comandada por um Ministro da Justiça que demonstra ser um lacaio do PT comandado pelos bandidos da política prostituída e seus cúmplices, e por uma presidenta que não está ainda enxergando que sua gestão já foi confundida com a ilicitude do seu antecessor, devido o poder paralelo que este sempre exerceu e continua exercendo no poder público durante o seu mandato.