domingo, 14 de julho de 2013

Semântica da morte em política

Joshua
Desculpem, Esquerdóides, mas estou cansado dos vossos anúncios do fim do mundo e da vossa boca cheia de mortos: «o Governo está morto»; «o Presidente matou a esperança». Ide matar o caralho! Maldita semântica! De repente, os vossos comentadores descobrem que vão nus. Após a surpresa pelo discurso presidencial do dez de Julho, vêm os cromos Adão e Silva e os insuportáveis Pedro Marques Lopes, sempre os mesmos, sempre a mesma merda, encher de cínico e sonso ou de falsete e risonha histeria os ecrãs das TVs, mostrando um desprezo pelas instituições. lá onde o Supremo Corrupto mereceu mesuras e deferência. Contra os ventos e marés da actual popularidade maravilhosa do Partido Socialista, o Presidente da República ousa não convocar eleições?! Toda a socialistice e a esquerdice dão tau-tau no Presidente. Chamam-lhe Múmia, Estarola, Esfinge. O Presidente tem inimigos. Sócrates é inimigo mortal e mortífero do Presidente. O Presidente tenta sacudir a maledicência dos socratistas com a vingança de um aperto no torno de um dilema: respaldar ou não o caminho sob o Memorando até, pelo menos, Junho de 2014. Quantos são os benfiquistas? Sete milhões? Pois agora os comentadeiros descobrem milhões de portugueses que querem eleições já: querem turbulência nos Mercados já, fuga massiva de capitais, já. Pânico, já. Yields a 10 anos a rebentar a escala, já. O morador do Palácio das Leoneiras agudiza isto, calculadamente, mas está refém de si mesmo tal como nós somos velhos reféns da nossa própria estupidez eleitoral, diante do menu estúpido de candidatos medíocres à Magra Mesa Orçamental, Gorda para eles: quem elege duas vezes o Sumo Cretino Sócrates merece uma safra de problemas só possíveis no pântano da insuportável corrupção do Estado Português. Temos um Governo na plenitude de funções, o qual, "apenas" porque há 4,7 mil milhões em cortes permanentes a operar na Despesa do Estado, muitos, em matilha, declaram em decomposição, já cadáver, em agonia, morto: mas quem é que neste Putedo de Regime resplandece de vida?! O PCP, há 38 anos a pedir eleições antecipadas? O BE, repleto de floreados de estilo que fazem sorrir, como se sorri na Revista à Portuguesa, e zero soluções ou dinheiro? O PS, esse exemplo impoluto e competente?! A crise política jamais se resolveria até Setembro, com eleições, e jamais se resolverá até Junho de 2014, pelo menos enquanto o Partido Socialista não cair na real: definir, preto no branco, o que urge fazer com o Memorando e com a Troika. Cumprir ou engonhar. Passos quer cumprir. Seguro engonhar. A Esfinge de Belém, na sua insondável insondabilidade, não mata coisa nenhuma nos portugueses. Nem matou a esperança. Nem matou as possibilidades que a obsolescente Constituição do Escudo Contra o Euro tem para nos oferecer. Em Belém pode não morar um estadista, mas no Largo do Rato é que não há desse artigo. Nem em lado nenhum. Com excepção de Eanes, os Presidentes da República que tivemos não chegaram aos calcanhares de um Rei, mesmo medíocre. Hoje, tal como em 1870, é preciso pagar. Garantir aos credores que se paga. Salvar os dedos e pagar. Salvar o Euro. Poupar até à morte. Aguentar a fome. Morder a raiva.
Título e Texto: Joshua, “Estado Sentido”, 13-7-2013

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