O PT, para não variar, morre
de inveja das duas ditaduras havidas no período republicano: a do Estado Novo
getulista e a militar. Explico.
Os que já andam aí pelos 50 e
poucos — 53, no meu caso — se lembram de um dos lemas infames da ditadura
militar: “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Amar, estava claro, implicava concordar
com as decisões oficiais e aderir ao clima de entusiasmo alimentado pela
máquina publicitária — que era pinto, diga-se, perto do que faz o petismo. Os
incomodados, então, que se mudassem. Considerando que, no período, muitos brasileiros
estavam no exílio, não se tratava apenas de ufanismo burro; ele era também
truculento.
Mas a ditadura militar, na
violência ou na máquina de propaganda, ainda perdia para o Estado Novo, que
vigorou no país entre 1937 e 1945 e que foi liderado por Getúlio Vargas, o
ditador mais violento que o Brasil já teve. Governou como um autocrata a partir
de 1930 e como um tirano a partir de 1935. Terminou seus dias como herói. Fazer
o quê? Sigamos.
Getúlio chegou a criar uma
cartilha que foi enviada às escolas. Na capa, ele aparece abraçando
criancinhas, uma imagem que mimetizava a peça de propaganda de Hitler— como
esquecer a simpatia de Getúlio pela Itália fascista e pela Alemanha nazista? No
livrinho, aparecia a mensagem do ditador aos infantes. Leiam:
“Crianças!
Aprendendo, no lar e nas escolas o culto da Pátria, trareis para a vida prática todas as possibilidades de êxito. Só o amor constrói e, amando o Brasil, forçosamente o conduzireis aos mais altos destinos entre as nações, realizando os desejos de engrandecimento aninhado em cada coração brasileiro.
Getúlio Vargas”
Aprendendo, no lar e nas escolas o culto da Pátria, trareis para a vida prática todas as possibilidades de êxito. Só o amor constrói e, amando o Brasil, forçosamente o conduzireis aos mais altos destinos entre as nações, realizando os desejos de engrandecimento aninhado em cada coração brasileiro.
Getúlio Vargas”
Por que, leitores, estou a
lembrar essas coisas? João Santana, o marqueteiro de Dilma Rousseff, criou uma
personagem que vai ser usada na campanha eleitoral: é o Pessimildo. A ideia é
ridicularizar as pessoas que criticam o governo, transformando-as numa
caricatura. Pode não parecer à primeira vista, mas se trata de um óbvio
incentivo à intolerância.
O pessimista — ou Pessimildo —
é, assim, um sujeito de maus bofes, que padece de algum desvio ou patologia.
Não é que existam problemas no país! Claro que não! A exemplo do que ocorria
nos Brasis da ditadura militar ou da ditadura getulista, o erro está em quem
aponta o malfeito, está nos inconformados. Eles é que precisam de conserto e de
reparos.
Durante a ditadura militar, a
esquerda ironizava a pregação oficial, a exemplo do que se vê nessa tirinha do
cartunista Ziraldo. Hoje em dia, a “companheirada” aderiu ao ufanismo
truculento do lulo-petismo.
Não tardará, e os petistas
ainda acabarão propondo que os críticos do seu modelo sejam mandados para o
hospício. Afinal, como sabemos, é preciso estar louco para considerar ruim um
governo que produz um crescimento inferior a 0,5%, uma inflação de 6,5% com
juros de 11%. Só mesmo um Pessimildo para não reconhecer a grandeza de tal
obra.
No fundo do poço da vergonha
que o PT não sente, ainda existe um alçapão.
Título, Imagens e Texto: Reinaldo Azevedo, 16-09-2014
Stedile, o maior pelego do
Brasil, e Lula, o Mussolini de São Bernardo, querem golpear a democracia
Reinaldo Azevedo
João Pedro Stedile, o dono do
MST, esteve naquela patuscada promovida por Lula em frente à sede da Petrobras
no Rio. E demonstrou que é mesmo o que sempre afirmei: mero esbirro do PT. No
seu discurso, ameaçou: “Vamos estar todos os dias aqui em protesto [se Marina ganhar]
”.
Cabe a pergunta: por quê? Por
razões óbvias, ele não conhece as medidas de Marina na área do pré-sal pela
simples razão de que ela ainda não venceu a eleição, ora essa. Não tendo
vencido, não tomou posse. Não tendo tomado posse, ainda não governou.
Stedile, em companhia de Lula,
deixa claro, assim, que não reconhece as instituições do regime democrático,
coisa que, diga-se, eu também sempre soube. Gente como ele — a exemplo de
Guilherme Boulos, o líder do MTST — só existe porque a democracia costuma ser
tolerante com elementos que buscam solapar seus fundamentos.
O dito líder do MST é o maior
pelego do Brasil. Dilma, na comparação com Lula e FHC, é a presidente que menos
assentamentos fez. E nem acho que isso seja um problema em si, já que os
sem-terra, de fato, não existem. O que existe é o MST, um aparelho que vive do
dinheiro público. A grana que financia o movimento, na prática, tem origem nos
recursos destinados à agricultura familiar.
A declaração de Stedile, para
a surpresa de ninguém, tangencia o terrorismo político. Observem que ele nem
mesmo diz que promoverá protestos ligados à sua área de atuação. Nada disso!
Agora, o capa-preta do MST pretende também dar ultimatos no setor energético.
O que Lula e este senhor
fizeram, nesta segunda, foi ameaçar o país. O Poderoso Chefão do PT está
tentando alimentar temores que muita gente já expressou aqui e ali: se os
petistas forem derrotados, o país se tornará ingovernável porque eles botarão a
tropa na rua. Se, agora, diante do nada, brandindo um fantasma, uma invenção,
uma fantasia, fazem esse escarcéu, imagine-se o que não fariam se, num eventual
novo governo, tivessem seus interesses contrariados.
Lula está ameaçando o Brasil
com uma “Marcha Sobre Roma” se o seu partido for apeado do poder, se o eleitor
insistir em fazer o que ele não quer. O ato desta segunda foi a manifestação
explícita e arreganhada de quem não tem a democracia como um valor universal.
Para os petistas, uma eleição presidencial é aquele processo que só admite um
resultado: a vitória.
É coisa de fascistas. Lula
está pensando que o Brasil de 2014 é a Itália de 1922 e que ele é Mussolini.
Título, Imagem e Texto: Reinaldo Azevedo, 16-09-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-