É
triste, diz a gente, a vastidão
Do
mar imenso! E aquela voz fatal
Com
que ele fala, agita o nosso mal!
E
a Noite é triste como a Extrema-Unção!
É
triste e dilacera o coração
Um
poente do nosso Portugal!
E
não vêem que eu sou ... eu ... afinal,
A
coisa mais magoada das que são?! ...
Poentes
de agonia trago-os eu
Dentro
de mim e tudo quanto é meu
É
um triste poente de amargura!
E
a vastidão do Mar, toda essa água
Trago-a
dentro de mim num mar de Mágoa!
E
a noite sou eu própria! A Noite escura!!
Florbela
Espanca
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