quarta-feira, 28 de outubro de 2020

[Diário de uma caminhada] Karl Marx, o Vigarista

«A um boboca que desconhece tudo aquilo que despreza, é forçoso que o horizonte de problemas pensado por Karl Marx pareça, em comparação com o nada, “vastíssimo”. Mas Karl Marx, em verdade, pensou num único problema: a luta de classes. (…) Longe de ampliar o horizonte dos problemas filosóficos, o que Karl Marx fez foi restringi-lo com um dogmatismo acachapante, instituindo aquilo que Eric Voegelin caracterizou como “proibição de perguntar”. 

(…) [O] horizonte de problemas de Karl Marx é deploravelmente pobre. Sua cultura literária é a de um professor de ginásio, seus conhecimentos da história da pintura, da arquitetura e da música praticamente nulos, suas noções de teologia não fazem inveja a nenhum seminarista. (…) 

Em matéria de ética, então, o tratamento que Marx dá ao problema da felicidade humana é decerto o mais besta, o mais grosseiro de todos os tempos: tomemos o dinheiro da burguesia e todos serão felizes. Enfeitado quanto seja, o argumento é esse. Só por esse detalhe o homem já merecia o adjetivo com que o resumiu Eric Voegelin: “vigarista”.» 

(Olavo de Carvalho, Diário do Comércio, Brasil, 13 de maio de 2013) 

Gabriel Mithá Ribeiro, 28-10-2020 

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