Leonel Brizola e Lula da Silva, campanha presidencial de 1989, foto: RAR/CV |
Sergio Oliveira
Síndrome de Estocolmo é um
estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de
sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se
identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. A síndrome
recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do
Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de 23 de Agosto a 28 de
Agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus
captores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e
mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram.
Duas das vítimas se casaram com os sequestradores após o término do processo. O
termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a
polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem. Ele
foi então adaptado por muitos psicólogos no mundo todo.
O PDT representa o
trabalhismo, cuja origem é o antigo PTB, criado por Getúlio Vargas, João
Goulart, Leonel Brizola e muitos outros. Já o PT foi criado para destruir o
trabalhismo, tendo Lula sido inflado para ser o anti-Brizola, numa maquinação
de Golbery do Couto e Silva, o mago do regime militar. Lula, em 21 de setembro
de 1977, numa entrevista à revista Isto É: “Não temos compromisso com ninguém,
com esquerda, direita ou centro. Só com a classe trabalhadora. No passado, a
classe trabalhadora foi usada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, e farei de
tudo para evitar que seja novamente usada”.
Na Carta de Princípios do PT, de 01.05.1979 em dois parágrafos, que não transcrevo aqui pois o texto ficaria extenso, o trabalhismo era questionado, detonado; na época Brizola ainda não tinha perdido a sigla e estava reorganizando o PTB. O ex-deputado Sinval Boaventura, em entrevista ao Jornal OPÇÃO, de Goiânia,de outubro de 1995, ante a pergunta: É verdadeira a história de uma reunião na casa do então deputado Simões da Cunha, na qual a deputada Ivete Vargas (PTB) teria contado que saíra de um encontro com o general Golbery e este revelou que ia projetar o sindicalista Lula para ser o anti-Brizola?, respondeu: A Ivete Vargas disse que tinha estado com o ministro Golbery, na chácara dele, e que ele dissera que precisava trazer o Brizola para o Brasil porque ele estava se tornando um mito muito forte fora do país. Que era melhor ele voltar e disputar eleição, porque assim perderia o prestígio político.
Fui ao Golbery e ele confirmou a conversa com Ivete. Explicou que sua estratégia era estimular a imprensa para projetar o Luiz Inácio da Silva, o Lula, um grande líder metalúrgico de São Paulo como uma liderança inteligente e expressiva, para ser preparado como o anti-Brizola. Sou testemunha dessa tese do general Golbery.
Na Carta de Princípios do PT, de 01.05.1979 em dois parágrafos, que não transcrevo aqui pois o texto ficaria extenso, o trabalhismo era questionado, detonado; na época Brizola ainda não tinha perdido a sigla e estava reorganizando o PTB. O ex-deputado Sinval Boaventura, em entrevista ao Jornal OPÇÃO, de Goiânia,de outubro de 1995, ante a pergunta: É verdadeira a história de uma reunião na casa do então deputado Simões da Cunha, na qual a deputada Ivete Vargas (PTB) teria contado que saíra de um encontro com o general Golbery e este revelou que ia projetar o sindicalista Lula para ser o anti-Brizola?, respondeu: A Ivete Vargas disse que tinha estado com o ministro Golbery, na chácara dele, e que ele dissera que precisava trazer o Brizola para o Brasil porque ele estava se tornando um mito muito forte fora do país. Que era melhor ele voltar e disputar eleição, porque assim perderia o prestígio político.
Fui ao Golbery e ele confirmou a conversa com Ivete. Explicou que sua estratégia era estimular a imprensa para projetar o Luiz Inácio da Silva, o Lula, um grande líder metalúrgico de São Paulo como uma liderança inteligente e expressiva, para ser preparado como o anti-Brizola. Sou testemunha dessa tese do general Golbery.
O marido de Ivete Vargas,
Paulo Martins, trabalhava com Golbery, conforme abaixo: O ex-deputado Helio
Duque, num artigo intitulado UM TESTEMUNHO, a determinada altura escreveu:
"Leonel Brizola preparou-se para reorganizar o PTB, mas foi vitimado por
Golbery que, autoritariamente, entregou, via Justiça Eleitoral, a sigla à
Deputada Ivete Vargas, cujo marido, Paulo Martins, trabalhava para o
"bruxo". Diante do golpe, Brizola cria o PDT". A primeira
certeza a tarefa confiada ao ex-líder metalúrgico de São Bernardo (de ser o
anti-Brizola) Brizola teve pouco depois de voltar do exílio. Alguns deputados
da esquerda do MDB articularam uma visita de Brizola a Lula, lá no sindicato,
no início dos anos 80. Segundo seu parceiro Cibilis Viana, que participou da
visita, Lula deixou Brizola chocado e muito amargurado. Ao recebê-lo em sua
sala, o presidente do Sindicato sequer levantou-se da cadeira para abraçá-lo.
Aquilo já foi uma ducha de água fria.
Lula recebeu-o secamente e,
para azedar o encontro, passou a desancar o antigo sindicalismo, que “era
controlado por pelegos do PTB”. A coisa ficou feia quando ele, que já devia ter
tomado alguma, começou a falar mal do presidente Vargas, ensejando um bate-boca
que só não foi mais inflamado devido a providencial intervenção da turma do
deixa-disso. Mas nessa hora, o líder trabalhista interrompeu a conversa e foi
embora sem maiores formalidades. Isto não impediu que Brizola, com espírito de
grandeza, apoiasse o Lula depois, tendo sido até seu vice, engolindo o sapo
barbudo, embora tenha sido humilhado, pois a maioria dos candidatos do PT não
colocou em suas propagandas o nome dele.
Mario Garnero escreveu, entre outras coisas, no seu livro Jogo Duro: “É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho”.
Mario Garnero escreveu, entre outras coisas, no seu livro Jogo Duro: “É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho”.
E muito mais se poderia dizer,
demonstrando que o PT surgiu para terminar com o trabalhismo; por isto não
compreendo o PDT em Governos do PT; ao passar a participar dos mesmos, os
pedetistas se apaixonam pelo PT, tal como as mulheres do assalto citado no
início, ficando acometidos, desta forma, da Síndrome de Estocolmo.
Título e Texto: Sergio Oliveira, tesoureiro do
PDT, Charqueadas
Colaboração: Ronald Barata
Difícil ler esse blog. Ele é tendencioso e estúpido assim como a maioria dos petistas e esquerdistas em geral, mas com um agravante ele não é nem petista, nem muito menos esquerdista. Sou um tipo de pessoa que vê o mal até em santo e o bem até nos políticos, e não posso concordar com nem 10% do que se posta nesse blog. Desculpe a minha passagem por aqui, eu prometo que não volto mais.
ResponderExcluirBoa Sorte
Olá, André!
ResponderExcluirAgradeço a sua passagem.
Sim, o blog é tendencioso. Não, ele não é esquerdista (nem esquerdeiro) e muito menos petista. Vade retro!
Quanto à estupidez, well...
O blog é democrático e plural. Acolhe opiniões de diferentes matizes. Tanto que publica até mesmo a crítica mais ácida ao seu conteúdo. Não há que se concordar com tudo o que se lê. Daí o espaço para os comentários e para o exercício da crítica e da contestação e mesmo da indignação, que é o que tem faltado aos que deveriam ser os formadores de opinião desta nação.
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