Em reportagem no Financial Times, Marine Le Pen mostra
suas bandeiras populistas na corrida eleitoral francesa. A candidata de direita
pretende resolver os problemas do país saindo do euro, imprimindo dinheiro,
proibindo a imigração e criando barreiras protecionistas. O downgrade da França
pela Standard & Poor's forneceu o timing perfeito para a largada de sua
campanha, com a retórica anti-euro.
Na tentativa de atrair as
massas, Le Pen disse que pretende aumentar o salário dos mais pobres em 200
euros mensais, que seria pago com imposto de 3% sobre produtos importados. Além
disso, ela pretende retornar ao franco, liberar o banco central para imprimir o
equivalente a 100 bilhões de euros por ano, e pegar emprestado do banco até 45
bilhões de euros com taxa de juros zero. Le Pen não vê risco inflacionário
nestas medidas.
Segundo pesquisas, o candidato
socialista François Hollande lidera com 27%, Sarkozy está em segundo com 23,5%
e Le Pen em terceiro com 21,5% das intenções de voto. A França está dividida
entre socialistas e populistas de direita, que são inclusive muito parecidos.
Triste destino o que aguarda os franceses.
Neste vídeo eu falo sobre os
tempos perigosos em que vivemos, uma vez que a crise cria um ambiente propício
aos oportunistas de plantão, que vendem "soluções" mágicas e fáceis.
Não faltarão emoções aos europeus nos próximos anos. Espera-se que algum
resquício de razão possa prevalecer.
Título, Vídeo e Texto: Rodrigo Constantino, 16-01-2012
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