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Foto: Enric Vives/Rubio/Público |
Hugo Torres
O debate televisivo que junta Fernando Rosas e Pedro Santana Lopes, na
TVI24, acabou com o antigo primeiro-ministro “a perder a serenidade”. A
falar sobre “as virtudes de abnegação do povo português”, Santana foi
interrompido com uma observação de Rosas, que considerou estar a ouvir
um algo idêntico ao discurso de Salazar. Santana não gostou da
observação do antigo candidato à Presidência da República.
O programa era o “Prova dos 9”, moderado por Constança Cunha e Sá, que reúne semanalmente Santana Lopes, Fernando Rosas e ainda Francisco Assis. Antes do desentendimento entre Santana e Rosas, a toada do programa era de crítica ao Governo. Mesmo por parte de Santana Lopes, que dizia não gostar da postura professoral do Executivo.
“Parece que chegou agora um contingente de pessoas que traz alguma luz, alguma iluminação providencial, que nós todos seríamos incapazes de ver o caminho sem chegar a providência”, ironizou Santana Lopes. Fernando Rosas acrescentou: “Quando a pieguice das pessoas se transformar em revolta e em protesto, eu quero ver o que é que o primeiro-ministro diz”.
À ideia de revolta popular, Santana Lopes contrapôs: “Acho que estamos numa boa altura para exaltar as virtudes de resistência, de paciência e abnegação do povo português”. Foi este o comentário que levou Rosas a fazer uma observação sobre Salazar, que levou à exaltação de Santana Lopes.
O programa era o “Prova dos 9”, moderado por Constança Cunha e Sá, que reúne semanalmente Santana Lopes, Fernando Rosas e ainda Francisco Assis. Antes do desentendimento entre Santana e Rosas, a toada do programa era de crítica ao Governo. Mesmo por parte de Santana Lopes, que dizia não gostar da postura professoral do Executivo.
“Parece que chegou agora um contingente de pessoas que traz alguma luz, alguma iluminação providencial, que nós todos seríamos incapazes de ver o caminho sem chegar a providência”, ironizou Santana Lopes. Fernando Rosas acrescentou: “Quando a pieguice das pessoas se transformar em revolta e em protesto, eu quero ver o que é que o primeiro-ministro diz”.
À ideia de revolta popular, Santana Lopes contrapôs: “Acho que estamos numa boa altura para exaltar as virtudes de resistência, de paciência e abnegação do povo português”. Foi este o comentário que levou Rosas a fazer uma observação sobre Salazar, que levou à exaltação de Santana Lopes.
O professor de História Contemporânea, antigo candidato presidencial, riu-se mal ouviu a palavra “resistência”. Depois, afirmou: “Parece o Salazar a falar. Desculpe lá. As virtudes da paciência? As virtudes da abnegação?” Santana Lopes levantou a voz: “E você disfarça aqui, todas as semanas, a sua ideologia. A armar em defensor do regime democrático. Eh pá, vá dar lições de democracia a outro. Chamar Salazar? Salazar é a sua tia!”
“Está a perder a cabeça, a perder a serenidade”, lamentou Fernando
Rosas, com Constança Cunha e Sá e Fernando Assis em silêncio. “Você é
ofensivo”, retrocou Santana, ex-presidente do PSD e actualmente vereador
na câmara de Lisboa. É assim que fecha o trecho publicado pela TVI no
YouTube, que pode ser visto abaixo:
Texto: Público, 09-02-2012
Texto: Público, 09-02-2012
Este vídeo foi editado pela TVI
Vale a pena acessar o programa completo, pelo menos os primeiros quinze minutos, para melhor perceber o que se passou e porque se passou. Aqui!
De Alberto, no Diário de Notícias:
ResponderExcluirE fechou muito bem, eu tê-lo-ia mandado à *** em pleno programa. Rosas tem o péssimo hábito de se transformar num insulto vivo quando a discussão descamba um pouco, e tem o tique da superioridade (falsa, claro) moral dos gajos do BE. Santana fez bem, pecou por defeito, às vezes temos de ser mal-educados. O que eu gostava de entender é qual a representatividade do BE na sociedade tuga para que alguns tipos que o representam invadam alguns programas de TV tentando vender o seu peixe (já em muito mau estado, perto de podre) e concomitantemente provocando nos cidadãos uma forte agonia.
Também não entendo, Alberto. Eles perderam feio nas últimas eleições, no entanto continuam com a mesma "representatividade" na... mídia burguesa (!?)
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