Geraldo Almendra
O Brasil em termos de competitividade industrial e/ou tecnológica deve
está uma ou duas décadas atrasado em relação às maiores economias do mundo.
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Imagem retirada daqui |
Temos um sistema educacional
de ensino básico falido caminhando a passos largos para fazer do ensino
superior do país uma fábrica de diplomas desqualificados, em sua maioria, já
que o mérito estudantil está sendo substituído pela aceitação forçada de alunos
cotistas nas universidades, agredindo frontalmente o princípio constitucional
que todos devem ser iguais perante as leis: para os vagabundos, preguiçosos e
incompetentes um tratamento diferenciado e para aqueles que estudam com
seriedade e tem muito mais condições de promover a revolução tecnológica e o
empreendedorismo industrial restará apenas o caminho do filtro candidato/vaga,
as vagas que sobrarem.
Neste cenário prévio de mais
um estelionato eleitoral socialista, o crédito farto e barato irá impulsionar o
consumo e os investimentos, mas que serão apenas de reposição da capacidade
industrial, sem qualquer conotação de aumento da produtividade ou da qualidade
dos produtos que fabrica.
Agravando perigosamente esta
trilha para a decadência econômica, contrariamente aos discursos levianos e
mentirosos associados a números manipulados, estão os gastos públicos que
remuneram com a maior taxa de juros do mundo os financiadores de uma dívida
pública criminosa e um crescimento econômico fundamentado em uma brutal
transferência de renda assistencialista conjugada com um endividamento
irresponsável da sociedade que já ultrapassou os limites economicamente
aceitáveis.
Junte-se a tudo isso o desvio,
nos últimos vinte anos, de mais de oitocentos bilhões de reais para o ralo da
corrupção e do suborno impunes, um inaceitável custo funcionário público/ano –
incluindo-se ai os custos dos mais caros poderes Republicanos do mundo –, tudo
bancado com uma extorsão tributária sem precedentes para poder pagar um custo
de carregamento de uma dívida pública genocida, porque provoca o esvaziamento
dos investimentos em saúde, segurança, educação e saneamento básico, ou seja,
para enriquecer investidores nacionais e internacionais sem a contrapartida na
economia real, mas tão somente para consolidar os absurdos lucros de um sistema
financeiro especulativo absolutamente calhorda para o qual o mundo bate palmas.
O Brasil segue firme a mesma
direção da crise que se abate sobre comunidade europeia, ou seja, da
combinação, em breve, de uma estagnação da economia combinada com a elevação no
custo do financiamento de uma dívida pública impagável sem ter feito as
reformas estruturais necessárias na economia para aumentar a capacidade
instalada, a produtividade, e a oferta de empregos, com custos de mão de obra
compatíveis com a realidade econômica do país.
Qualquer economista de
botequim sabe perfeitamente o resultado de toda essa sacanagem quando as bolhas
começarem a explodir: superaquecimento, elevação do custo da mão de obra mais
competente inibindo a manutenção do crescimento com qualidade, desaparecimento
do crédito e uma postura dos investidores muito restritiva conjugada a
disparada dos juros para combater inflação em descontrole conjugada com uma
economia em processo de desaquecimento.
É claro que quando a crise
chegar os esclarecidos canalhas corruptos ou corrompidos, subornados ou
subornadores, e seus cúmplices, estarão todos ricos passando para o resto da
sociedade a conta para ser paga, com a queda dos salários, com o desemprego e a
com falência das obrigações sociais do Estado com a sociedade.
Este será o cenário ideal para
o fascismo que já comanda o país colocar em prática uma ditadura para tentar
evitar uma revolução que poderá colocar toda essa canalhada perfilada no
paredão da vergonha.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 12-05-2012
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