segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Justiça é cega e os portugueses também

Alberto de Freitas
Para que se saiba, a Dra. Cândida Almeida, é a Procuradora-adjunta que nos mostrou a verdade: os políticos portugueses são uma cambada de bestas. Bem, poderão considerar que há exagero em tal conclusão, pois não foram essas as palavras da digníssima Procuradora-adjunta. É verdade, pois ela rasgou grandes elogios à classe política, declarando que "não havia políticos portugueses corruptos”.
Quer dizer: todos os contratos denunciados pelo Tribunal de Contas, as razões não são corrupção, mas estupidez.
Pobres debiloides, assinaram contratos que enriquecem os parceiros privados, enquanto encalacram as próximas gerações de portugueses.
E a Senhora Doutora (por extenso, para reprimir a vontade de outros epítetos) Cândida Almeida - tal como a minha falecida avó Carminda me embalava para adormecer – conta-nos uma história: “Portugal não é um país corrupto; os portugueses não são corruptos; os políticos não são corruptos”. E no timbre delicodoce que a caracteriza - numa repetição de palavras e ideias, um pouco patética – culmina com a brilhante definição: "Acontece que as pessoas, de uma maneira geral, sem saber exatamente o que estão a dizer, falam de corrupção num conceito sociológico, ético-político eventualmente, mas falam de coisas que não são corrupção, falam de coisas afins"
É tudo uma questão de “afins”.
É esta a Justiça - com cegueira e afins - com que temos contado. Estamos, não como em tempos italianos, numa “ditadura de Juízes”, mas numa “balda de Juízes”; em que o Legislativo cria Leis de conveniência, que os procuradores interpretam com elevada “bondade”. E o que não se indaga, não se prova e, como não se prova, consequentemente, não existe.
E dizem que a referida senhora pode ser a futura Procuradora. Pode e deve, para que tudo continue na mesma para os portugueses… e afins.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 03-0-2012 

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