Rivadávia Rosa
Nos tempos de deturpação da
linguagem imposta gradativamente pelo socialismo, não custa apontar alguns
‘ajustes semânticos’ignorados por seus críticos impiedosos:
O LIBERALISMO POLÍTICO – preconiza
o Estado de Direito – com distinção entre sociedade civil e Estado,
com uma arquitetura constitucional (constitucionalismo) que garanta o
princípio da separação e equilíbrio dos poderes – sistema de pesos e
contrapesos que limitem os abusos de poder (cheks and balances); princípio
da participação (pluralismo político, social e axiológico) de todos os
cidadãos nas questões públicas, mediante eleições livres, honestas e
equitativas que assegurem a circulação das elites e a mudança
periódica dos governantes; princípio de liberdades públicas e privadas –
que assegure os direitos individuais e proteja o indivíduo do arbítrio ou
abusos da Polícia (da Justiça) ou da burocracia, assim como as minorias
culturais, religiosas ou de opinião contra a perseguição da maioria (tolerância);
a igualdade perante a lei, valorizando o mérito e a capacidade individual;
também é de se anotar que reconhece a legitimidade dos conflitos
sociais regulares, que atuam dentro do marco regulatório do Estado de Direito
constitucional.
Por outro lado, o
LIBERALISMO ECONÔMICO – sustenta a necessidade dos mercados, não de
forma absoluta, mas sem descurar que na dinâmica igualitária nas
sociedades modernas, em que os grupos de interesses tendem a buscar na política
o que não podem obter via mercados; o liberalismo econômico absoluto,
como imaginado pelos socialistas e até por alguns ultraliberais, não
poderia ser aplicado, senão no marco de um sistema político
autoritário.
Para acessar ao PENSAMENTO
LIBERAL – temos alguns ‘provedores’: Barão de MONTESQUIEU, TOCQUEVILLE,
LOCKE que formam o 'trio' de uma boa companhia, lembrando que na raiz
da posição liberal se encontra uma dose inata de desconfiança ante o
poder e sua inerente propensão à violência. Por isso, o primeiro princípio
liberal é o constitucionalismo, ou seja, a necessidade de limitar
o poder, de modo que a concepção liberal por si só elimina a ideia
totalitária.
![]() |
John Locke |
Também não custa nada dar
uma ‘espiada’ na democracia de PÉRICLES e em CÍCERO e
sua idealização da República Romana.
RESUMINDO com Winston Churchill:
"Se
você não é um liberal aos 25, você não tem coração; se você não é um
conservador aos 35, você não tem cérebro".
Uma excelente semana!
Rivadávia Rosa, 05-11-2012
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