
De facto, a democracia assim
não vai a lado nenhum. Enquanto o povo não for educado ou não se proibir o voto
nos "partidos do Governo" (tradução: na "direita"), de
acordo com o que aconteça primeiro, nunca atingiremos o "domínio da real
alternativa e da construção de uma sociedade mais justa" (decorre do
artigo que o PS, cuja prevista vitória será - cito - "desoladora",
também não serve).
Bem vistas as coisas, o que é
que queremos: uma democracia limitada ou ilimitada? Todos em coro, agora: ilimitada,
claro! Ora então é muito fácil. Basta que os cidadãos abdiquem de votar ou pelo
menos não votem sem antes perguntar ao Sr. Malheiros em qual quadradinho devem
pôr a cruzinha. Parece impossível que ainda ninguém se tivesse lembrado antes
de uma solução tão evidente e capaz de, num ápice, acabar com as injustiças, a
desigualdade, a corrupção, a propaganda, a dívida, o atraso de vida e, de
caminho, a escolha popular, tudo catástrofes que deprimem o pobre Sr.
Malheiros, sinónimo do déspota esclarecido. E esclarecedor.
Título e Texto: Alberto Gonçalves, Diário de Notícias, 18-05-2014
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