José Manuel
Sete gols, ou mais
precisamente, um gol para cada ano da tragédia a que estamos submetidos por
esse governo que ai está, mas que a partir de agora será muito difícil
continuar a executar o seu plano de extermínio do pessoal do AERUS.
Fizeram de tudo, desde os
gastos monumentais para fazer uma copa em um país carente de tudo, passando
pela promessa do pagamento de R$ 1,2 milhões a cada jogador, reforma do CT da
granja Comari por apenas R$ 15 milhões, mais um rosário de irresponsabilidades
para com o povo, que sofreu um desfalque até ao momento de R$ 27 bilhões, que
poderiam e deveriam ter sido utilizados em obras sociais como habitação,
saneamento e saúde.
Não adiantou, e todos aqueles
que gostam do seu país sabiam que isso iria acontecer mais tarde ou mais cedo,
pois não há mal que perdure.
Só os mal informados de
carteirinha ou os corruptos eternamente de plantão é que não queriam acreditar
que dez anos de esbórnia com o dinheiro público fariam com que o país chegasse
ao estado de caos em que se encontra. Os mal-intencionados achavam que se a
seleção de futebol ganhasse este evento mundial, as coisas iriam continuar como
estão e o povo inebriado pela sensação de euforia de mais uma estrela na
camisa, não iria jamais cobrar nada.
Vai cobrar sim, e tomara que
nós do AERUS sejamos os primeiros a colocar o bloco da desforra na rua. A perda
de uma empresa como a VARIG, jamais iria sair impune. Eles achavam que seria
fácil.
O esfacelamento de seus
empregados que se encontram em situação crítica, não será em vão e nem vai
permanecer como está.
A VARIG foi-se, eliminada do
jogo da vida pela covardia de poucos, pela ausência e ingenuidade de muitos que
não souberam trabalhar e segurá-la em vida.
A Lufthansa prossegue, porque
é organizada, é composta de pessoas que amam o que fazem, e trabalham
tecnicamente com políticas modernas de resultados.
A seleção Brasileira, foi
agraciada com um formidável oba-oba, que vai do espetacular CT, a aviões e
helicópteros fretados para o deslocamento dos jogadores e cartolas.
A seleção da Alemanha, antes
de vir para esta copa, construiu um belíssimo resort para o seu CT, construiu
estradas de acesso, instalou turbinas eólicas no local, mais um moderno campo
de futebol, em cinco meses usando 500 operários da região de Santa Cruz de
Cabrália que vão ficar como legado para a população.
Esse resultado de sete, não é
meramente um resultado de futebol, mas sim o coroamento de algo planejado e
construído desde o zero. Nós usamos e abusamos do chororô e das quedas no
gramado, eles, até marketing fizeram usando uma camisa igual à do Flamengo.
O que aconteceu em Belo Horizonte
não foi a perda de um jogo de futebol, mas sim a salvação de um país e Deus
queira que nós, participantes do AERUS, nos espelhemos na organização, no
método, na simplicidade, na união de forças e no trabalho executado pelos alemães,
para daqui adiante sabermos como enfrentar como um verdadeiro time, aquele
futebol de várzea de Brasília que só pensa e quer nos derrotar.
Aí sim, quem ganhará a
disputa, quem levantará a taça, seremos nós.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante VARIG,
09-07-2014
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