quarta-feira, 9 de julho de 2014

A Lufthansa vinga a Varig


José Manuel

Sete gols, ou mais precisamente, um gol para cada ano da tragédia a que estamos submetidos por esse governo que ai está, mas que a partir de agora será muito difícil continuar a executar o seu plano de extermínio do pessoal do AERUS.

Fizeram de tudo, desde os gastos monumentais para fazer uma copa em um país carente de tudo, passando pela promessa do pagamento de R$ 1,2 milhões a cada jogador, reforma do CT da granja Comari por apenas R$ 15 milhões, mais um rosário de irresponsabilidades para com o povo, que sofreu um desfalque até ao momento de R$ 27 bilhões, que poderiam e deveriam ter sido utilizados em obras sociais como habitação, saneamento e saúde.

Não adiantou, e todos aqueles que gostam do seu país sabiam que isso iria acontecer mais tarde ou mais cedo, pois não há mal que perdure.
Só os mal informados de carteirinha ou os corruptos eternamente de plantão é que não queriam acreditar que dez anos de esbórnia com o dinheiro público fariam com que o país chegasse ao estado de caos em que se encontra. Os mal-intencionados achavam que se a seleção de futebol ganhasse este evento mundial, as coisas iriam continuar como estão e o povo inebriado pela sensação de euforia de mais uma estrela na camisa, não iria jamais cobrar nada.

Vai cobrar sim, e tomara que nós do AERUS sejamos os primeiros a colocar o bloco da desforra na rua. A perda de uma empresa como a VARIG, jamais iria sair impune. Eles achavam que seria fácil.

O esfacelamento de seus empregados que se encontram em situação crítica, não será em vão e nem vai permanecer como está.

A VARIG foi-se, eliminada do jogo da vida pela covardia de poucos, pela ausência e ingenuidade de muitos que não souberam trabalhar e segurá-la em vida.

A Lufthansa prossegue, porque é organizada, é composta de pessoas que amam o que fazem, e trabalham tecnicamente com políticas modernas de resultados.

A seleção Brasileira, foi agraciada com um formidável oba-oba, que vai do espetacular CT, a aviões e helicópteros fretados para o deslocamento dos jogadores e cartolas.

A seleção da Alemanha, antes de vir para esta copa, construiu um belíssimo resort para o seu CT, construiu estradas de acesso, instalou turbinas eólicas no local, mais um moderno campo de futebol, em cinco meses usando 500 operários da região de Santa Cruz de Cabrália que vão ficar como legado para a população.

Esse resultado de sete, não é meramente um resultado de futebol, mas sim o coroamento de algo planejado e construído desde o zero. Nós usamos e abusamos do chororô e das quedas no gramado, eles, até marketing fizeram usando uma camisa igual à do Flamengo.

O que aconteceu em Belo Horizonte não foi a perda de um jogo de futebol, mas sim a salvação de um país e Deus queira que nós, participantes do AERUS, nos espelhemos na organização, no método, na simplicidade, na união de forças e no trabalho executado pelos alemães, para daqui adiante sabermos como enfrentar como um verdadeiro time, aquele futebol de várzea de Brasília que só pensa e quer nos derrotar.
Aí sim, quem ganhará a disputa, quem levantará a taça, seremos nós.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante VARIG, 09-07-2014

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