sábado, 8 de agosto de 2015

Que coisa feia, Collor!...

Valdemar Habitzreuter
Nada nos impressiona mais com os nossos políticos brasileiros a não ser que são ‘sujos’ moral e intelectualmente. Moralmente, porque não sabem exercer a política em seu sentido próprio: tratar das coisas da ‘polis’, do Estado, com seriedade e honestidade para que o povo sinta estar representado por gente de bem. Intelectualmente, porque não têm ideias e capacidade de fomentar um debate público que consiga engajar o povo nas discussões de como melhorar a vida de todos numa República.

O que sabem fazer muito bem é apegar-se a conceitos políticos destrutivos e, assim, não chegar a consenso algum. Preferem o azedume político, um contra o outro, ao invés do relacionamento profícuo através de debates de ideias concisas onde possa surgir algo de positivo para a sociedade.

O caos político que atravessamos atualmente é deveras assustador. Ninguém se entende. A mandatária mor da República há tempo perdeu o controle político deixando à deriva a nave Brasil. Seus próprios aliados estão se dispersando em outras direções por não acreditarem mais em sua reabilitação.

Os Congressistas – senadores e deputados – estão em franco descompasso com a verdadeira política. Tem-se a impressão que estão aí para gerar mais confusão do que tirar propriamente o Brasil do atoleiro. Realmente, são intelectualmente ‘pequenos’, não sabem pensar grande, são amebas destruidoras da vida da República.

A era PT parece que destruiu os alicerces da boa política. Introduziu uma nova modalidade de como fazer política: roubar e distribuir para manter-se no poder. Conseguiu isso por longos 12 anos sem que ninguém ditasse um basta. Mas é claro, com tanta distribuição de benesses, o povão estava contente e feliz. A oposição fraca, curta também intelectualmente, não viu o perigo desta política petista destruidora.

A maioria dos políticos, neste período do reinado petista, viu-se acima dos pobres mortais e sentia-se intocável pelas leis, via-se livre e no direito de praticar os malfeitos. A política ficava em segundo plano, primeiro encher os bolsos e depois manipular o povo fingindo que estão trabalhando.

Um Collor, por exemplo: podemos considerá-lo um político? O impeachment como presidente lhe serviu de lição para o exercício da boa política? Infelizmente não. Preferiu continuar a dedicar-se a roubar o povo.

E agora que foi flagrado com a mão na botija, solta impropérios contra o procurador-geral da República que o enquadra criminalmente. A cara de pau de ocupar a tribuna do Congresso e querer defender-se de seus atos ilícitos é subestimar a racionalidade do povo. A sua postura mal-educada ao proferir aquele discurso, intercalado com um fdp ao procurador Janot, é simplesmente lamentável…
Que coisa feia, Collor!...  A cadeia te espera...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 7-8-2015

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