Helena Matos
Em 2012, Merkel visitou
Portugal. O BE viu nessa visita uma provocação e exigiu “que o Governo apresente contas sobre o custo financeiro para os contribuintes das medidas de segurança que o Governo está a preparar”
Pelas paredes surgiram pinturas de fino recorte e em frente à AR houve manifestações. Os ativistas do costume fizeram uma carta aberta contra a vinda de Merkel a Portugal , Jerónimo de Sousa garantia «Quem manda em Portugal não é a senhora Merkel» Jerónimo de Sousa diz que quem manda em Portugal é o povo português».
E Mário Soares escrevia esta
espécie de redação: Os portugueses, desesperados, não ignoram a visita. Mas já se percebeu que o povo português não gosta da senhora Merkel nem a chanceler do nosso povo.
“A austeridade cega levará à instabilidade social, à qual os polícias não são alheios” (Paulo Rodrigues, ASPP-PSP)
“Senhora Merkel, aprenda com este povo solidário a solidariedade de que a Europa precisa”
(Vítor Melícias, Padre)
“Frau Merkel: Roubar é crime! Nuremberga pode julgar-te!” (Mário
Nogueira, FENPROF)
“Seria mais proveitoso se fizesse mais na cama aquilo que está a fazer à Europa“ (Vânia
Beliz, Sexóloga)
“[A Alemanha] de tempos em tempos dá-lhe para controlar a Europa ”
(São José Correia, Atriz)
Em 2018 a esquerda está no
poder. Os protestos desapareceram. A austeridade continua, mas agora como a
amêijoa é da boa.
Título, Imagem e Texto: Helena Matos, Blasfémias,
31-5-2018
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