Único acesso à base do Cristo Redentor é
por escadaria de 200 degraus
Léo Rodrigues
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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil |
No próximo domingo (12), os
elevadores e as escadas rolantes do Corcovado completarão um mês de
paralisação. A única possibilidade de acesso à base do Cristo Redentor é por
meio dos quase 200 degraus, o que se torna o acesso inviável para muitas
pessoas com mobilidade reduzida.
A interdição dos elevadores e
das escadas rolantes no dia 12 de abril foi determinada pelo Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao
Ministério do Meio Ambiente. O órgão responde pela gestão do Parque Nacional da
Tijuca, que abriga o Corcovado.
De acordo o ICMBio, foram
constatados problemas por falta de manutenção adequada e estão sendo realizadas
tratativas com a concessionária em busca de uma solução. "O laudo técnico
concluiu que é necessário manter a interdição das estruturas até que sejam
realizadas obras de manutenção", informou o órgão.
Não foi divulgada, porém,
nenhuma previsão para normalização da situação. O ICMBio também não esclareceu
se os problemas foram ocasionados pelas fortes chuvas dos dias 8 e 9 de abril
que deixaram 10 mortos no Rio de Janeiro e levaram
ao fechamento do acesso rodoviário ao Cristo Redentor por
duas semanas.
Durante esse período, somente
era possível chegar ao monumento pelos comboios operados pela empresa Trem do
Corcovado. Apenas em 21 de abril, as vans da Concessionária Paineiras-Corcovado
voltaram a trafegar.
Decepcionante
A situação incomoda os
visitantes. A aposentada Maria Vieira de Souza, de 78 anos, viajou de Fortaleza
e precisou do apoio dos netos. "Um local que tem um movimento intenso
desse não pode chegar numa situação como essa", lamentou. Para seu neto, o
técnico de enfermagem, Matheus Cláudio Madeiro, a experiência fica prejudicada.
"Você chega cansado e muda a disposição para tirar foto, para aproveitar o
momento. É decepcionante. Minha avó cansou muito."
Tanto nas páginas virtuais do
Trem do Corcovado e quanto da concessionária Paineiras-Corcovado, há
comunicados informando a situação. Ainda assim, como é possível comprar
ingressos com meses de antecedência, há turistas que são surpreendidos. Foi o
caso do chileno Daniel Paville, técnico de produção de artefatos, que se
locomove com o auxílio de uma perna mecânica.
"Não sabia que estava
assim. Foi uma surpresa quando cheguei. Sem elevador é muito difícil. Imagino
que para alguns é ainda mais difícil e não podem subir. Eu pelo menos posso,
mas é custoso. É fundamental o elevador".
No caso de desistência da
visita, o ingresso para acesso por meio das vans operadas pela
Paineiras-Corcovado pode ser devolvido sem custos. No caso do Trem do
Corcovado, a página virtual apenas informa que "não há prática de
reembolso por motivo de cancelamento, apenas a possibilidade de remarcar o
bilhete".
A Agência Brasil tentou
contato para saber se a paralisação do elevador e das escadas rolantes
alteraram esse procedimento, mas não obteve retorno.
Título e Texto: Léo Rodrigues;
Edição: Fábio Massalli, Agência Brasil, 10-5-2019, 21h20
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